Chapter XV

833 76 30
                                    

Nem revisei o capítulo direito, tá feliz Valéria?





- Clarke?!

A loira respira pesado, seus olhos quase transbordando lágrimas focam de forma desejeitada a figura pequena à sua frente. Ela podia sentir suas mãos trêmulas, assim como pôde sentir a mão de Anya apertando um pouco mais forte sua cintura – uma tensão foi estabelecida no momento.

Os olhos da ômega estavam cintilantes, um azul fortificado do qual costumava-se ver quando misturado com as lágrimas. Partes de seu rosto possuíam um tom avermelhado a mais, denunciando a irritação nessas partes por conta do choro engolido.

- Clarke! – chamou novamente, agora com a voz mais firme e um olhar quase desacreditado.

- Oi, meu amor. – encontrou palavras para responder, olhando fixamente para o menino bem arrumado. – Sou eu, de verdade.

Ele arregalou os olhos azuis, correndo sem hesitação em direção à irmã, seus braços pequenos já abertos para receber a loira que o apertou forte no encontro, o carregando do chão. O menino tinha lágrimas grossas descendo pelas bochechas gordas, tinha fechado seus olhos para aproveitar o momento e o abraço do qual sentia falta de dar todos os dias. O pequeno alfa mal acreditava estar vivendo a realidade, seu coração pulsava desesperadamente em emoção.

- Eu senti sua falta. – sussurrou abafado. – Eu te amo muito.

- Oh, Riley, eu te amo muito mais. – apertou a criança em seus braços. – E eu também senti sua falta.

A ômega passa os dedos pelos fios loiros escurecidos do menino, os olhos quase idênticos ao da mesma lhe trouxe uma mistura de sentimentos; ela sentia muita falta da família, apesar das indiferenças de idéias, do quanto sentia-se sufocada por vários motivos, ela não podia imaginar outro lugar para chamar de casa.

- Promete que nunca mais vai embora? – perguntou rapidamente, soltando-se do contato que tinha com a ômega.

Clarke piscou, abrindo e fechando a boca.

- E-Eu não posso prometer isso agora, amor. – diz enxugando o rosto do menino. – E eu não posso voltar.

- Por que?!

- Mamãe não pode saber que você falou comigo, certo?

- Mas... Mas mamãe sente sua falta também.

Clarke engole em seco, piscando mais algumas vezes ao sentir uma angústia em seu estômago.

- Mas ela não pode saber, meu amor. Você promete não contar?

- Eu sinto sua falta, eu não quero mais você longe!

- Eu também, eu juro que quero estar com você, mas mamãe e papai e mandaram pra escola longe, lembra? – perguntou mexendo nos fios da franja de Riley. – E eu saí de lá, mas eles não podem saber.

- Por que você saiu? Eu posso pedir pra eles te buscarem!

- Não, não peça, por favor. – ela fecha os olhos, respirando fundo antes de ajoelhar-se. – Olhe – pediu, chamando a atenção do alfa para sua barriga, um pouco evidente por cima do vestido. – Você consegue ver ou sentir?

- É estranho.

- O que?

- Você não cheira como antes. – diz confuso.

- Não... – ela ri baixo, pegando a pequena mão do menino e a levando para o seu estômago. – Agora, o que você acha?

- Continua estranho. – sua testa está franzida, a irritação na criança é percetível. – Eu não entendo. Você está gorda.

UnexpectedOnde histórias criam vida. Descubra agora