Capítulo [2]

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-Harry

  "Zayn eu não posso beber...Como é que voltamos para casa, os dois, bêbados?" - indaguei como se fosse óbvio mas o mesmo não se deve ter apercebido do que eu tivera dito uma vez que já ia no 5º ou 6º shot.

  "Sim, como se te fosses..." - acompanhado pelo seu riso, veio o cambalear das suas pernas - "como se te fosses..." - o mesmo não conseguia terminar a frase mostrando assim, o seu estado de embriaguez.

  "Vês são as figuras que tu estás a fazer que eu estou a tentar evitar... Anda meu, vamos para casa" - levei-o pela cintura até à saída e ao chegar ao exterior notei uma mudança de temperatura, significativa.

  "Harriet, meu amor, sabes que sempre te considerei o meu urinol?"

  "Foda-se cala a boca." - disse tentando parar o riso compulsivo do meu colega de quarto.

  "Mas amigo, aqui o zézinho" - disse apontando para o seu membro - "tem de ir fazer uma mijinha rápida"

  Bati com a mão na testa pensado numa maneira suficientemente normal de o levar a fazer as suas necessidades sem que ele acabe por molhar os pés.

  "Zayn?" - chamei-o, tendo a sua plena atenção - "Tu consegues mijar sozinho certo?"

  "Oh caralho eu estou bêbado, não senil..." - deslargou-me caminhado, ou melhor, arrastando-se até uma parede.

  Pouco tempo depois juntou-se a mim, com o intuito de regressar-mos a casa. O meu carro tinha ficado estacionado junto ao edifício o que nos facilitava a caminhada. Durante a curta viagem o Zayn já tinha vomitado, tropeçado e gritado para um poste. Assim que avistei o meu carro reparei que estavam lá encostados dois homens.

  "Harry, o gordo que estava lá dentro a lamber a velha da cabeça aos pés está a esfregar os colhões no teu carro, meu"

  Garrafas estavam ao redor deles, o cheiro a cigarros estava presente assim como o da colónia barata e um olhar de raiva estampado na cara, pouco lavada, de um dos homens após o comentário do Zayn.

  "O que é que disseste?"- levantaram-se caminhando na nossa direcção. Vagarosamente fomos dando passos para trás.

  "Desculpem, ele está bêbado" - tentei persuadir um dos homens.

  "Eu também, por isso devo ter alguma desculpa" - e com isto um murro foi de encontro á minha face, assim como à de Zayn, que pelo que pude reparar voltou ao seu estado de lucidez após o ato. Murros, pontapés, murros e outra vez pontapés, mas o ultimo pontapé não foi sentido, devido a uma dormência por mim sentida. E deixei-me cair...

Algum tempo mais tarde...

  Lentamente fui abrindo os olhos, e com a pouca luminosidade pude calcular que ainda não era de manhã. Ainda estava no chão. Ao redor ouvia várias vozes e sirenes da policia. Tossi de forma desesperada, e pude notar que as atenções foram redireccionadas a mim. Ouvi passos e esforçei-me para me levantar, mas sem sucesso.

  Zayn chegou perto de mim, com o braço ao peito, pedindo repetidamente desculpa, mas a única coisa que passava pela minha mente eram os acontecimentos passados. Ajudou-me a levantar, encaminhando-me a uma ambulância para assistência médica. Após algumas perguntas e um pouco de gelo, um policia veio falar connosco.


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