ROSÉ
- 2 anos atrás –
Os dois nos encontrávamos sentados frente a frente naquele café. Os meus olhos encaravam os seus. Os dois estávamos sérios. Um silêncio abismal circundava o ambiente daquela mesa. Eu não gosto de silêncio.
— Então não vais dizer nada? – Cuspi quebrando o gelo.
— Não tenho nada a dizer. Na verdade, ainda não entendi porque me seguiste. – Ele começou a mexer no copo de água à sua frente sem interesse. – A que fez aquele escândalo todo foste tu, não eu.
Suspirei. – Não sentes nem uma pontinha de remorso?
— Pelo quê? Eu não fiz nada de errado.
Eu levei a mão à cara. – Trair alguém é errado sabias. Principalmente se lhe juraste o teu amor.
— Eu alguma vez te jurei amor? – Ele bebeu um pouco de água, pousando o copo encarou-me.
— Como?! – Não podia acreditar no que acabara de ouvir.
— O que ouviste. Eu amava-te, isso é certo. Mas... - Ele olhou para a distância, para a cidade que fervilhava por detrás daquelas janelas.
— Mas não me amas mais... - Eu fitei o tampo da mesa. – Mas quem raios eu estou a enganar... Porque me estou a fazer de surpreendida...
— De que estás a falar?
— Eu já sabia que me estavas a trair muito antes do que aconteceu no clube... - Eu o encarei. – A maneira como dizias o meu nome... Quando me beijavas, o beijo não sabia da mesma forma, como se ali não houvesse mais sentimento.
— Chae... - Uma aura de pena começou-o a evadir, podia ver desde o meu lugar.
— Deixa-me terminar. Quantas vezes eu não me perguntei se estava a ficar louca com o ciúme. Nós estivemos dois anos juntos, eu sabia que algo não estava bem de há uns meses para cá... Eu sempre tive curiosidade em saber com quem saías à noite tantas vezes, esses tais amigos que eu nunca via. E quando chegavas ao teu apartamento bêbado e te deitavas ao meu lado a cheirar a um perfume estranho, e as vezes que te ouvi sussurrar o nome dela enquanto te abraçavas a mim... Eu tentei ignorar tudo isso por meses, a pensar que talvez eu estivesse a ter alucinações. – Ele continuava a me encarar com uma expressão nula em sua face. – E eu aposto que ela tem tudo, que ela é linda, que nem tu... Que eu sou um fardo que tens de carregar, alguém que não descartas por pena.
— Por favor, Chae...
— Eu disse para me deixares terminar! Ela deve-te deixar completamente louco como tu me deixas a mim... Mas eu nunca vou esquecer todas aquelas vezes que te beijei e podia sentir o saber do batom dela. E por algum motivo eu imagino-a deitada sobre o teu peito enquanto a acaricias. – As lágrimas começavam-me a invadir os olhos e as palavras começavam a ficar embrulhadas no nó que se formava na minha garganta. – Eu sinto a distância quando me beijas e te lembras dos lábios dela. Se calhar o problema é meu... Talvez eu devesse ser mais como ela? Eu não sei... Mas suponho que ela seja perfeita para ti.
— Chae-Young...
— Tudo bem, espero que sejas feliz, e que nunca mais apareças à minha frente. – Levantei-me e abandonei aquele café. No caminho de volta para a casa, relembrei uma vez mais aquele clube, e todo o que levou a nós os dois nos encontrarmos à meia-noite num café.
— Tens a certeza que é isto que queres fazer? – Perguntou Ji-Na, antes dos dois entrarmos no club onde Woo-Sung se encontrava.
— Eu tenho de saber, Ji-Na. – Disse passando pelos guarda-costas que me deram acesso ao grande salão que fervilhava de energia.
Ao fundo nos sofás pude avistar Woo-Sung e os seus amigos. Atravessei a direito pela multidão perdendo Ji-Na. Eu queria saber, eu queria ver. Queria me mostrar a mim mesma que ele não me havia mentido, que tudo não passava de uma paranoia minha. E então vi-a, a rapariga de cabelos loiros, a beijar-lhe o pescoço enquanto ele bebia um copo de whisky.
Afinal eu não estava a ficar louca. Eu não pensei, apenas avancei de cabeça quente. – Woo-Sung?!
Ele parecia surpreendido, a rapariga olhou-me de cima abaixo. – Quem é esta? – Perguntou a Woo-Sung, que simplesmente respondeu com um abanar de ombros.
— Agora finges que não me conheces é? – Eu estava completamente fora de mim. Cheguei à beira da rapariga e agarrei-a pelos cabelos arrastando-a contra vontade até à saída do clube noturno.
— Rosé pára! – Pediu Woo-Sung agarrando-me, eu atirei com a rapariga contra uma beira e tentei-me afastar dele, ele correu até à beira da rapariga.
— Ha-Ni, estás bem? – Perguntou ajudando-a a levantar-se. Ela assentiu positivamente.
Então Woo-Sung aproximou-se de mim, agarrou-me pelo braço e arrastou dali para fora parando apenas naquele maldito café onde nos havíamos conhecido, há três anos.
Sentei-me num banco de jardim, apenas encarando as estrelas. Não tinha mais forças para andar.
— Eu sou tão idiota! – Gritei puxando meus próprios cabelos.
Foi naquela noite que me prometi a mim mesma que jamais amaria de novo. Porque no fim, todos acabamos traídos de alguma forma.
♡♡♡
Olá pessoal~
Espero que tenham gostado do capítulo! Não se esqueçam de deixar as vossas opiniões nos comentários~~
Amo vocês~
Até à próxima!
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girl squad | blackpink × bts
FanficEste é um grupo para miúdas. Única regra: não se apaixonar. Relações humanas são complicadas. Ninguém o sabe melhor que Jennie, Jisoo, Rosé e Lisa. São amigas desde infância, o que têm em comum? Um coração partido. Fizeram uma promessa, não se apai...