Segundas Feiras

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  E ai galera, eu voltei com mais uma fic e dessa vez eu juro que vou continuar.

Eu espero que vocês leem até o final e comentem para eu saber se posso continuar, caso contrário eu desisto muahuaha

A foto é da nossa Lolo :D Boa leitura!  


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POV Camila

Jacksonville, Carolina do norte, 07:40 da manhã.

" – Ah." Suspirei encantada com o doce cheiro de oxigênio sem nenhuma partícula de poluição no meio. " – O mais puro ar de Jacksonville."

Me afastei da janela larga do meu quarto e dei um giro com os braços abertos. Oh Happy Day tocava no rádio velho que comprei na lojinha ao lado de onde eu trabalho e eu não poderia estar mais contente.

" – Oh Happy Day..." Cantei dançando. " – Oh Happy Day."

Hoje era segunda - feira e eu creio que a minha alma deveria ser a única na terra cujo esse dia poderia se tornar tão feliz.

Para mim, segundas feiras demonstravam o início de uma semana que eu teria pela frente para sorrir, comemorar e ajudar os outros.

" – La, la, la, la."

Continuei cantando me aproximando do espelho e requebrei meu quadril animadamente no refrão. Eu amava dançar, cantar e tudo mais, todos a minha volta me definiam como uma mulher encantadora.

" – Está faltando alguma coisa." Pensei alto, batucando meus dedos em meus lábios.

Analisei meu reflexo observando saltos combinando com a minha saia vermelha bem apertada e a minha blusa fina de mangas compridas da cor preta. Esse era o meu uniforme, mas estava faltando algo.

O que seria...

" – É claro." Sorri, vasculhando o guarda roupa do meu quarto.

Encontrei meu laço vermelho na parte de cima dele, e por ser de um tamanho médio, precisei ficar na pontas dos pés para conseguir alcançar. Com muito custo, agarrei algo e puxei de uma vez.

Cai no chão graças a várias caixetas que vieram junto com meu pequeno laço e eu gemi de dor, massageando minha testa.

Eu não deveria ter ficado tanto tempo sem faxinar esse quarto, desde que minha mãe morreu, eu estive completamente sem tempo.

Isso por que eu era filha única, a minha única heroína, a única pessoa que eu poderia contar, minha amada mãe, falecera por um ataque de tubarões em uma das ilhas que visitamos meses atrás.

Sua morte estava recente e o meu coração enchia de dor ao lembrar dos nossos momentos de mãe e filha, eu a amava com todo o meu coração e ela foi tirada de mim por dentes enormes de tubarões, eu nunca perdoaria esses seres marinhos.

Limpei uma lágrima que escorreu do meu olho e torci para que minha maquiagem não houvesse manchado. Peguei meu laço e passei por minha cabeça, prendendo.

Iria deixar para arrumar a bagunça que fiz para depois, quando percebo que parte da caixa havia se aberto e pela pequena fresta eu conseguia enxergar algo prateado de lá.

Me inclinei e peguei o material de dentro, que brilhava. Estranho. Eu nunca havia encontrado isso por aqui. Era um caderno pequeno, provavelmente um diário, estranhei pois eu nunca tinha escrito em um desses, nem na infância.

Olhei para os lados e aproveitando a música de suspense que começou a tocar na rádio, mexi meu corpo no ritmo da música e fechei um dos meus olhos. Uma espiadinha não faria mal não é?

Minha Irresistível Mãe - Lia JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora