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31 de agosto, torsdag

Noora

As mensagens entre nós continuam e apesar de o tentar ignorar na maioria das vezes é um pouco difícil de me manter afastada dele.

Primeiro, Vilde não se consegue conter e está sempre a falar dele.

Segundo, William está constantemente a mandar-me mensagens, diz que quer encontrar-se comigo novamente ou como sou bonita.

E terceiro, a minha mente não consegue parar de pensar nele.

Bufo e volto a correr quando o professor me lança um berro por ter parado.
Estou tão desconfortável por saber que o William está nas bancadas a observar a nossa aula e isto está a irritar-me.

"Agora quero que façam equipas de seis elementos vamos jogar futsal." - o professor grita e procuro por Eva mas a mesma é puxada para completar uma das equipas.

Fico ao lado dos outros integrantes da minha equipa e visto um colete amarelo.
Suspiro quando o apito inicial soa e fico mais afastada dos outros elementos da equipa. Odeio futebol, odeio qualquer desporto que tenha uma bola.

"Noora mexe-te." - o professor grita e quero tirar-lhe os olhos.

Começo a andar apressadamente e um dos meus companheiros de equipa lança-me a bola e apetece-me estrangula-lo. Corro até à baliza adversária e quando tento rematar, um rapaz faz me uma rasteira e um grito de dor sai dos meus lábios.

Trinco o lábio inferior com força para as lágrimas não caírem e Eva ajoelha-se ao meu lado.

"Noora olha para mim." - olho-a e a ruiva pousa a minha cabeça nas suas pernas.

"É proibido fazer rasteiras Alex, ainda para mais a uma rapariga." - o stor grita e sinto alguém a tocar no meu tornozelo e gemo de dor e escondo a minha cara com os braços.

"Tu deves ser parvo meu, onde já se viu fazer uma rasteira a uma rapariga." - escuto a voz de William demasiado perto de mim e finalmente olho-o.

"Foi sem querer! D-desculpa Noora." - o rapaz murmura mas estou com demasiadas dores para conseguir responder.

"Posso levá-la à enfermaria stor?" - o moreno pergunta e quando o professor me deixa sair Eva ajuda-me a ficar em pé.

"O resto continuem o jogo!" - o homem barbudo grita.

"Consegues andar?" - William puxa-me pela cintura e sussurra junto ao meu ouvido.

"N-não preciso da tua ajuda." - William ri e quando me larga quase caio.

Quase porque ele agarra as minhas cochas e pega em mim ao colo.

"Podes por-me no chão eu consigo ir sozinha." - reclamo e William ri, ignorando-me.

"Deixa de ser teimosa." - baixo o olhar e permaneço assim até entrarmos na enfermaria.

"Temos aqui um problema." - William fala e a senhora olha-me preocupada.

"Deita-a aí." - a senhora aponta para uma maca e o rapaz deita-me delicadamente, beijando-me depois a testa.

"Já podes ir." - murmuro.

"O teu namorado pode ficar se quiser." - preparo-me para dizer que ele não é meu namorado.

"Okay então eu posso ficar aqui." - um sorriso enorme preenche os seus lábios e reviro os olhos.

"Isto pode doer um pouco." - a mulher avisa e quando toca no meu tornozelo, afasto-me para trás.

A mão de William agarra a minha mão e aproxima-se de mim.

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