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Noora

24 de outubro, fredag.


Assim que William abre a porta do apartamento, entro e sento-me no sofá espaçoso

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Assim que William abre a porta do apartamento, entro e sento-me no sofá espaçoso.

"Queres alguma coisa?" - nego e permaneço a olhar para a televisão desligada.

Se William pensa que simplesmente pode trazer-me e achar que vai ficar tudo bem, ele está muito enganado.

"Descansa, eu vou trazer-te alguma coisa para comeres."

A antiga Noora provavelmente, por orgulho, negaria até à morte comida. Infelizmente esta nova Noora está faminta, então permaneço calada.

"Hey... Olha para mim."

"Não preciso que finjas que te preocupas comigo."

"Achas mesmo que não me preocupo?"

"Neste momento? Acho!" - resmungo e cruzo os braços junto ao peito.

"Então o que achas que estás aqui a fazer?" - interroga confiante e reviro os olhos.

"Não vamos ser hipocritas William! Tu estás preocupado com o bebé, não comigo, se não fosse aquela tontura ainda estarias amuado. Tu sentiste-te culpado e com medo que algo lhe acontece-se, então resolveste falar comigo!" - disparo e todas as palavras saem da minha boca.

"Sim é verdade Noora! Eu estou muito preocupado com este bebé." - pousa uma mão na minha barriga. - "Mas antes de existir este bebé, existias tu e eu sempre me preocupei e vou preocupar contigo Noora." - suspiro e reviro os olhos.

"Mas já que estamos numa de falar abertamente vamos já esclarecer o assunto-"

"Antes que comeces a atacar-me espero que entendas o meu lado! Eu acredito que o melhor deveria ter-te contado, mas eu não o fiz, o erro já está feito! Então podes, por favor, tentar entender o meu lado? Eu estava aterrorizada, eu ainda nem uma adulta sou e estava grávida! Sabes como me estava a sentir?" - olho-o nos olhos e William baixa a cabeça lentamente.

"Depois existias tu! Eu de maneira alguma, queria que tu desistisses dos teus sonhos por minha causa, por causa dele. Mas claro que eu te ia contar William, estava nos meus planos dizer-te, seria incapaz de esconder esta gravidez de ti. Eu só queria organizar a minha cabeça, tentar resolver toda a porcaria em que a minha cabeça estava." - respiro fundo e preparo-me para continuar.

"Eu iria contar-te naquele dia, eu sabia disso. Mas pelos vistos outras pessoas anteciparam-se e resolveram estragar tudo e tu ao invés de tentares pedir explicações, acusaste-me com sete pedras na mão." - termino de falar e um enorme alívio percorre-me.

"Eu estava irritado, eu não conseguia lidar com os meus sentimentos. Tudo batia certo na minha cabeça, depois da Vilde me contar eu apenas me lembrei da tua ida ao médico e como saíste de lá e não me disseste nada! A minha cabeça relembrava-me vezes e vezes sem conta que tu nunca me irias contar." - mordo o lábio nervosa.

Eu sou uma idiota por ter tentado fazer as pazes com a Vilde.

"Eu compreendo o teu lado William, eu só gostaria que tu entendesses o meu."

"Acredita Noora, agora eu entendo. Desculpa-me." - sou puxada contra o seu peito, enquanto as suas mãos afagam os meus cabelos.

"Desculpa-me também." - murmuro desajeitadamente e abraço-o com força.

"Eu prometo que nunca vou sair do teu lado, que vou acompanhar a tua barriga a crescer, que vou acompanhar os primeiros passos do nosso bebé, vou acompanhar tudo. Eu prometo!" - lágrimas começam a salpicar os meus olhos e uma raiva súbita surge.

Porque tenho de andar sempre a chorar? Porcaria de hormonas.

"Eu odeio andar tão sentimental." - profiro baixinho e ouço a gargalhada do meu homem.

"Eu gosto desta Noora sentimental."

"Esta Noora sentimental gosta quando tu lhe fazes o comer." - lanço-lhe um sorriso doce e William suspira.

"O que a menina deseja?"

"Eu queria gelado e uma sanduíche enorme cheia de molhos." - sorrio e o meu namorado assente, beijando-me os lábios docemente.

"Agora descansa um bocadinho." - assim que um cobertor é posto sob o meu corpo encosto a minha cabeça ao sofá e fecho os olhos.

Fazer uma sesta nunca fez mal a ninguém.

Acordo passado alguns minutos e espreguiço-me lentamente. Esta pequena desta soube-me mesmo bem.

"Will?" - profiro com a voz rouca e o mesmo desvia os olhos da televisão.

"Isso é que foi dormir! Já são 19:40." - os meus olhos arregalam-se de espanto.

Eu. Devia. Ter. Terminado. O. Trabalho.

"Eu não podia ter dormido tanto! Eu preciso de terminar um trabalho e era muito importante, era uma notícia." - digo atrapalhadamente e William sorri.

"Eu sei, calma. A Sana mandou-te uma mensagem a dar alguns tópicos para essa notícia. E antes que comeces a discutir comigo, eu apenas vi porque apareceu no ecrã bloqueado. A partir dessas mensagens eu consegui fazer o trabalho, eu não sei se está ao teu gosto, mas eu fiz o meu melhor!" - um sorriso enorme forma-se nos meus lábios e beijo-o rapidamente.

"Tenho a certeza que está maravilhoso baby! A sério, muito obrigada William!" - abraço-o e encosto a minha cabeça no seu peito.

"Vê isso como um pedido de desculpas da minha parte. Agora vamos alimentar esse pequeno monstro." - o meu namorado brinca e assinto risonha.

"Olha que acho que este bebé já está faminto." - ri-o e vou atrás dele até à cozinha.

"Já que querias um gelado e uma sanduíche enorme, aqui está baby." - agradeço e rapidamente ataco a comida à minha frente.

"Tu já pensaste como vai ser quando o bebé nascer?" - o moreno pergunta-me e encosta-se ao balcão.

"E-eu não sei, isto foi um choque!" - suspiro e pouso a colher. - "Eu primeiro, preciso de contar aos meus pais. Mas acho que não devíamos estar separados, acho que não ia ser bom para o bebé andar de um lado para o outro." - suspiro e observo-o.

De um momento para o outro um sorriso forma-se nos seus lábios e aproxima-se de mim.

"E se viesses morar comigo?" - mordo o lábio e analiso-o atentamente.

"Agora?"

"Quando tu quiseres. Eu prometo que faço tudo o que quiseres." - beija-me lentamente o pescoço e arrepio-me. - "Eu quero passar todos os momentos contigo. Quero sentir os pontapés, quero ver a barriga a crescer, quero beijar-te a toda a hora, quero fazer amor contigo e se tu não morares comigo isso não vai ser possível."

Suspiro e permaneço de olhos fechados por alguns segundos.

"Faz isso por mim, pelo nosso bebé." - as suas mãos vão de encontro à minha barriga.

"William, eu preciso de tempo para pensar! Nos acabamos de sair de uma briga, não quero apressar as coisas. Por favor?" - o meu namorado suspira mas acaba por assentir.

"Como tu quiseres."


All the love Xx

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