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Noora

2 de outubro, mandag

O dia de hoje irá ser o começo de uma das etapas mais importantes da minha vida. Hoje eu e William vamos à primeira ecografia, para tentar perceber se tudo está bem com o nosso bebé.

"Nervosa?" - William sussurra atrás de mim e aceno rapidamente.

"Tenho medo." - encosto a minha cabeça no seu ombro.

"Porquê baby?"

"Imagina que algo de mal acontece a este bebé? Ou... Se ele tiver algum problema?"

"Noora, nada de mal vai acontecer a este bebé, tu alimentas-te bem, fazes exercício físico, não bebés e nem fumas! Se ele tiver algum problema genético? Okay, nos vamos amar este bebé à mesma e vamos apoiá-lo em todas as suas decisões." - começo a sentir os meus olhos picarem e abraço-o com força.

"Nunca pensei vir a ser pai, muito menos com esta idade, mas garanto-te que vou dar o meu melhor, eu já amo este pequeno feijão." - arregalo os olhos e começo a rir.

"Feijão? Tu começaste a chamar o nosso filho de feijão." - bato-lhe levemente no braço.

"Sim e daqui a uns tempo é do tamanho de uma manga." - ri e morde a curva do meu pescoço.

"Depois vai ser um melão é isso?"

"Bingo!"

"Eu amo-te." - sussurro e beijo-o suavemente.

"E eu amo-vos." - pousa a sua mão na minha pequena barriga e volta a beijar-me.

Passo o meu nariz suavemente na sua bochecha e mordo-a em seguida.

"Temos de ir." - aviso-o.

Visto uma gabardina e calça umas botas. Hoje o dia está péssimo, está um dia chuvoso e William quer a todo o custo que eu fique agasalhada.

"Vamos?" - profere calmamente e assinto.

Assim que o meu namorado fecha a porta do seu apartamento, dirigimo-nos até ao seu Porsche.

"Tenho de mandar uma mensagem aos meus pais. Apesar de só falar com eles uma vez por mês, eles são meus pais e precisam de saber." - aviso-o e William analisa-me.

"O que achas que vão dizer?" - assim que o carro arranca, uma música suave ecoa pelo carro.

"Tendo em conta que eles não se importam minimamente comigo, um neto não lhes vai fazer diferença." - digo com desdém e encosto a cabeça no vidro do carro.

"O nosso filho vai ter uns avós de merda, mas sei que vai ter os melhores pais do Mundo." - sorrio suavemente e pouso a minha mão sob a sua.

"Agora a sério, tenho mesmo de lhes mandar mensagem."

Pesco o meu telemóvel da minha bolsa desarrumada e procuro rapidamente o nome da minha mãe.

"Precisamos de falar. Logo podes falar por facetime?"

Carrego no botão enviar e bloqueio o telemóvel, começado a rodeá-lo entre as minhas mãos.

"Enviei. Pedi-lhe para falarmos por video-chamada mais logo. Provavelmente só me vai responder no próximo mês." - reviro os olhos e consigo perceber que nos estamos a aproximar do hospital.

"Eu também vou falar mais logo com o meu pai." - o moreno afirma e assinto.

"Estou a ficar nervosa." - sinto as minhas mãos a começar a suar.

"Pode não parecer, mas eu estou muito pior." - ri-o suavemente e dou-lhe um muro no braço.

"Vamos lá, ver como está o nosso feijão." - estaciona o carro e após alguns passos entramos no edifício.

Depois de falarmos com a recepcionista sentamo-nos nos bancos desconfortáveis do hospital.

"Já imaginaste uma casa enorme, um quarto enorme só para nós e um quarto para o nosso bebé? Eu já consigo imaginar o quarto cheio de brinquedos. Eu iria comprar-lhe todos os brinquedos que ele quisesse, ia mima-lo tanto." - o meu namorado diz pensativo e uma enorme gargalhada escapa dos meus lábios.

"Quem és tu e o que fizeste ao badboy William?" - brinco e o moreno trinca o meu dedo levemente.

"Estou a falar a sério, eu ia fazê-lo merecer tudo aquilo que ele iria ter, mas quando ele fosse um recém-nascido iria comprar tudo."

"Porque não poderia ser o teu apartamento?" - questiono-o e o rapaz ao meu lado revira os olhos.

"Fácil, aquele apartamento só tem 2 quartos e um deles é meu e o outro é muito pequeno. O nosso feijão merece espaço. E quero uma casa nossa, não só minha, quero que seja decorada por nós."

"Estas mesmo a assustar-me, este não é o meu William." - rio e continuo. - "Sabes que agora vai ser complicado mudar de casa, vamos ter um bebé, vai gastar imenso dinheiro."

"Tu sabes perfeitamente que eu tenho milhares, se tenho dinheiro para a porcaria de um Porsche, tenho dinheiro para uma casa para o meu bebé."

"Will! Para sentir que a casa é nossa eu preciso de participar nas contas."

"Podias pagar as contas da luz e da água e eu comprava a casa." - o meu namorado sorri-me apaixonadamente eu reviro os olhos.

"Depois logo se vê." - resmungo e suspiro de alívio quando ouço o meu nome ser chamado.

"Vamos lá, ver o nosso feijão."  - os seus braços rodeiam a minha cintura e caminhamos até à sala.

"Boa tarde." - um médico profere e eu sorrio nervosa.

"Boa tarde." - sussurro e aperto a sua mão estendida.

"Sou o doutor Marcus, pelo que posso perceber você é o pai correto?" - William acena e aperta a sua mão.

"Bem... menina Noora pode ir vestir esta bata para depois ser mais fácil." - assinto e encaminho-me até a um pequeno vestuário.

Após estar com aquela bata estranha vestida volto ao gabinete.

"Já tenho o creme! Está preparada?" - suspiro profundamente e murmuro um pequeno sim.

Depois do procedimento habitual, sinto o gel frio e uma pequena máquina em contacto com a minha barriga.

Passado longos segundos o médico aponta para o ecrã.

"Como podem ver, o feto ainda é muito pequeno. Estas movimentações são do vosso filho."

Os meus olhos enchem-se de lágrimas e a ficha cai-me.

Eu vou mesmo ter este bebé. Ele está dentro de mim. Ele mexe-se. Wow...

"Por enquanto tudo está a correr bem mas como é natural tem que fazer uma alimentação saudável, beber muita água e fazer exercício físico."

"S-sim." - profiro chorosa e o meu namorado apressa-se a abraçar-me.

"Eu prometo que vou ser o melhor pai do Mundo, meu amor."

All the love Xx

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