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Noora

5 de outubro, torsdag

Pouso a bolsa no sofá da casa de William e vejo a mensagem da minha progenitora.

"Podemos falar hoje à noite. Só não me ocupes muito tempo."

Suspiro e respondo um rápido okay marcando a hora.

"Logo vou falar com os meus pais." - murmuro e o meu namorado beija-me suavemente.

"Não penses nisso agora. Apenas relaxa." - o seu nariz acaricia a minha bochecha lentamente e sorrio.

"Obrigada por teres aparecido na minha vida." - beijo os seus lábios enquanto nos deitamos no seu enorme sofá.

Tiro o casaco e os sapatos, deixando-os no chão da sala e espero que William nos cubra com uma manta.

"Obrigada tu, por teres aparecido na minha vida." - afirma e coloca o seu braço em volta do meu pescoço.

"O que achaste assim que me viste pela primeira vez?" - ri-o e mordo o seu pescoço suavemente.

"Quando te vi pela primeira vez, começaste logo com aquele discurso que me deixou de boca aberta. Na hora eu não olhei realmente para ti, só pensei no facto de teres sido tão corajosa ao ponto de enfrentares o tão famoso William e claro de defenderes aqueles que mais gostavas. Depois de ter sido muito gozado pelos rapazes, comecei a prestar mais atenção em ti e fodasse tu eras uma bomba. Eras tudo aquilo que eu procurava numa rapariga a nível físico, eras alta, loira, com o corpo mais bonito que eu alguma vez tinha visto. E para completar tinhas uns olhos azuis maravilhosos."

"Depois disto apaixonei-me mais um bocadinho por ti." - coloco a minha mão dentro da sua camisola e acaricio a sua barriga.

"Sabes qual foi o momento que soube que estava completamente apaixonado por ti?" - "Foi quando caíste na aula de educação física, eu senti o meu coração a apertar tanto e só conseguia pensar que ia matar aquele cabrão que te tinha feito cair. E foi aí que me apercebi que nunca tinha ficado tão preocupado com nenhuma mulher e então no momento em que eu te beijei para te acalmar, deu-se aquela explosão e percebi que estava louco por ti."

"Isso já foi à tanto tempo." - murmuro surpresa. - "Juro-te que no começo achei que só andavas atrás de mim para dormires comigo e depois me largavas, para assim poderes dizer aos teus amigos que eu tinha reclamado mas tinha dormido contigo."

"Eichh... Tinhas uma ideia tão má assim de mim?" - ri-o e fico por cima do seu corpo.

"Tinha uma ideia péssima sobre ti mas não posso dizer a mesma coisa agora!" - mordo-lhe suavemente o pescoço e puxo a pele branca.

"Estás a ficar muito provocadora." - as suas mãos descem até ao meu rabo e beija-me.

"São as hormonas baby." - brinco e encosto a minha cabeça à curva do seu pescoço.

"Estou nervosa para falar com os meus pais." - suspiro.

"Apenas lembra-te baby, eu estarei sempre aqui!"

"Olá!" - murmuro para os meus pais que estão do outro lado da tela.

"Olá Noora! O que quer que nos tenhas para dizer, espero que sejas breve, temos um jantar de negócios para ir." - a minha mãe afirma e eu assinto.

"Não se preocupem, eu vou ser o mais breve possível! Primeiro queria dizer-vos que estou a namorar. Anda cá baby." - peço-lhe e puxo-o para se sentar ao meu lado no sofá.

"Wow, finalmente começaste a namorar. Isso sim, é uma grande novidade. Por momentos pensei que fosses para freira." - nunca vi uma pessoa lançar tanta ironia numa só frase.

"Olá sou o William!" - diz com um tom firme, quase parecido ao antigo William.

"Digo-te, até tens uma ótima aparência. Por momentos pensei que fosse um nerd, tal como tu Noora." - o meu pai pronúncia se pela primeira vez e reviro os olhos.

"O ponto não é esse pai! Se fosse por mim, vocês nunca saberiam que eu estava a namorar. Só vos contei porque isso leva ao tópico principal." - suspiro - "Estou grávida."

"TU O QUÊ? És do 8 ao 80, vais de uma puritana a puta?" - o meu pai grita e eu estremeço, agarrando a mão de William com força.

"Desculpe, mas enquanto estiver na minha presença, não vai tratar mal a minha namorada. Ainda para mais estando ela, grávida!"

"Agora podem-me explicar como pensam sustentar esse ser?" - a minha mãe diz com repugnância.

"Não se preocupe com isso! Eu já sou maior de idade e posso dizer-lhe que tenho dinheiro que chegue e sobre para sustentar o meu bebé!" - rosna e acaricio a sua mão levemente.

"Mas a Noora ainda não é maior de idade, por isso ou fazes um aborto ou entregas essa criança para adoção! Quando fizeres 18 anos vens trabalhar para o pé de nós e assinto resolvido. Era preciso mais alguma coisa?"

"Quando eu fizer a merda dos 18 anos já vou ser maior de idade e não preciso de seguir as vossas regras nojentas. Depois já não posso fazer um aborto e mesmo que pudesse não o faria. E por último, não eu não vou entregar o meu bebé para adoção. Não vou passar por todas as dores para no fim entrega-lo a uma instituição." - grito e lágrimas começam a brotar nos meus olhos.

"Primeiro diminui esse tom de voz Noora! Tu não és ninguém para estar a discutir connosco! Tu tens uma vida pela frente, não vais ter isso na tua vida. Tudo bem, não podes abortar? Então conheço tantas famílias que vêm aqui ao consultório e não podem ter filhos e tu pelos vistos estas perfeitamente apta."

Sem conseguir lágrimas escapam sem parar do meu rosto. Não são eles que têm de decidir, sou eu.

"Vocês não vão ser os filhos da puta que vão fazer essa escolha. Eu já sou maior de idade, sou rico e o meu pai é um dos melhores advogados do país, então nem tente ir com isso para tribunal, porque é uma perda de tempo! Depois ambos sabemos que ela, que por acaso é a pessoa que está a carregar a criança, é que tem a decisão final. Sendo ou não maior de idade, segunda a justiça norueguesa é ela, que tem a decisão final. Peço imensas desculpas mas quanto a isso vocês não poderão fazer nada." - nunca vi o meu namorado tão revoltado, por isso apenas puxo a sua mão e pouso-a na minha barriga.

William parece acalmar-se e olha para a sua mão com ternura.

"Quem é o teu pai?" - o meu pai questiona.

Ele só se focou nisso?

"Otávio Magnusson." - os olhos de ambos os meus pais arregalam-se e uma gargalhada escapa da boca do meu pai.

"Desculpa, tens razão tu não vais dar esse bebé para adoção, tu vais vir viver imediatamente para o pé de nós. Não te quero nem mais um minuto ao lado de um Magnusson." - Assim que vejo que a chamada encerrou, senti-me a pessoa mais impotente do Universo.

"Eu não te vou perder a ti e ao nosso bebé, nem que para isso, eu vá até ao fim do Mundo." - William sussurra com a voz embargada e abraça-me com força.

IM BACK BITCHESSSS!'

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All the love Jeni Xx

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