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O caminho até o carro foi silencioso, blake talvez esperasse uma palavra vinda de mim, mas eu apenas mantive o silêncio.

Falar sobre meu pai trazia lembranças horríveis sobre minha infância, eu odeio pensar naquilo... Odeio pensar nas vezes que ele me culpou pela morte da minha irma mais nova.

– Marie?

– Diz. – digo olhando para o chão.

– sinto muito. – blake foi sincero.

– Não quero falar sobre isso. – tento desviar o assunto.

Chegamos ao carro, Blake entrou no lugar do motorista e eu no do passageiro.

– vamos falar sobre outra coisa. – ele propôs ligando o carro.

– Por mim tudo bem. – sorri leve, ele começou a dirigir rumo à minha casa.

– Então... Qual é o seu cantor favorito?

– Justin Bieber, ele é realmente muito importante pra mim. – digo sentindo meu sorriso aumentar.

– O meu também. – ele soltou uma risada baixa.

– Filme favorito?

– As patricinhas de Beverly Hills. – respondo.

– Toy Story. – eu ri dele.

– Qual é? Ao infinito e além. Simplesmente épico. – ele responde com um ar divertido sem tirar os olhos da estrada.

– não vou discordar.

Blake finalmente parou em frente à minha casa.

– Obrigado por me trazer. – agradeço colocando o cabelo atrás da orelha.

– de nada. – ele da um sorriso.

Saio do carro, destranco a porta de casa e entro torcendo pra minha mãe não ter nos visto.

– O quê você estava fazendo com o filho daquela cachorra? – minha mãe pergunta com braveza na voz.

– Nós andamos saindo como amigos, nada demais. – digo dando de ombros.

– EU JÁ DISSE PRA VOCÊ FICAR LONGE DESSA MERDA DE FAMÍLIA. – ela grita, descontrolada.

– Mãe! Eu só estou sendo amiga dele! O blake não tem nada a ver com a treta de vocês, muito menos eu. – digo alterando o tom de voz.

– Não grita comigo, cadela! – sinto meu rosto arder quando sua mão com anéis entra em contato com o mesmo. Ela me deu um tapa certeiro.

– Se eu pegar vocês dois juntos, eu te quebro na porra. Entendeu, Mariella?

– s-sim... – murmuro quase inaudível.

– ENTENDEU? – ela grita novamente.

– Sim. – respondo, soluçando baixo.

– Ótimo.

Ela sai da sala, eu não tinha palavras para descrever o que acabara de acontecer. Eu estava com raiva, ódio de mim, tudo que queria era um simples abraço.

Pego meu celular e mando uma mensagem pro blake, na esperança que ele me ajudasse. Eu sei que é errado, mas não consigo evitar que nossa proximidade ultimamente tem me feito bem e não quero ficar sem ele.

marie: blake, eu preciso de você... Me tira dessa casa

blake: você quer que eu te leve sair amanhã à noite?

marie: tipo um encontro?

blake: sim... Quer?

marie: eu amaria :) boa noite, loirinho

blake: boa noite, snow hair sz

Largo meu celular com um sorriso nos lábios, Blake me fazia soltar os maiores sorrisos. Fecho meus olhos e durmo.