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Guardo o bilhete dentro do armário e pego o livro de Hope. A capa era grossa e o livro pesado, literalmente. Pelo que Hope me disse, ela escreveu um hot camren. Ela é tarada ela.

Coloco o livro em minha mochila do Meu Malvado Favorito e vou até o estacionamento, onde Hope me espera em seu velho Impala 1967. Os cabelos verdes de Hop voavam conforme o vento batia, era médio e ondulado. Seus olhos castanhos escuros brilhavam devido ao sol e seus lábios estavam vermelhos em contraste com seu rosto pálido.

– Onde está? – hope perguntou pelo livro assim que me viu. Tirei da mochila.

– aqui, madame. – entreguei a ela. Hope soltou uma risada baixa e entrou no carro. Dei a volta e entrei no banco do carona.

Hope era um ano mais velha que eu, tinha 16 e estudava na mesma sala que os meninos.

– pra onde vamos? – perguntei colocando o cinto de segurança.

– para onde mais? Vamos para o cais. – hope sorriu, ela amava aquele lugar. Seus dedos fixaram no volante e em poucos segundos já estávamos na estrada a caminho do barco do pai de Hope.

– Marie, eu vi você e o Blake hoje. – ela soltou uma risadinha maliciosa sem tirar os olhos da estrada. Reviro os olhos.

– nada demais... – digo indiferente.

– Qual é, good girl, por que você não gosta dele? – hope perguntou. Eu a chamo de Bad girl e ela me chama de Good girl desde que éramos crianças de 8 anos.

Hope sempre foi diferente das outras garotas, digamos que ela era vida louca demais. Fumava (não mais), bebia, infringia as leis etc... Já cheguei a desconfiar que ela usava maconha, mas estava enganada.

E eu, digamos, sempre fui a certinha, nunca me meti em problemas, chamei palavrão, bebi ou fumei.

– eu mal o conheço. Minha mãe mandou eu odiar ele porque ela e a mãe do Blake se odeiam. – expliquei. Hope me olhou indignada.

– Mas ele não tem culpa de nada... A treta é entre as mães, não vocês, então o trate bem e tente pelo menos o conhecer um pouco. – hope foi sincera, como sempre.

– É... tem razão. – concordei, por fim.