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Se estás a ler isto, obrigada desde já e bem vindo(a) à minha primeira história aqui no Wattpad. Em princípio não será a minha última mas vamos com calma, certo? Não te vás já embora porque assim vais perder a melhor parte que por sinal vem já a seguir! Queria dizer que a história é original. Tudo veio da minha cabecinha por isso todos os direitos estão reservados e se virem alguém a escrever uma história igual por favor digam-me. Indo ao que interessa, espero, sinceramente, que gostem (se gostarem não se esqueçam de clicar na estrelinha)! Beijinhos,

Malia

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Ainda faltavam 10 dias, mas eu já tinha as minhas malas prontas como se a viagem em que eu e a minha melhor amiga íamos fosse já amanhã. Eu estava a morrer de tanta ansiedade que sentia no meu corpo mas não era a única. Eu e a Luísa fazíamos a contagem decrescente dos dias que faltavam para o mais esperado do ano. Foi muito difícil convencer os nossos pais mas com um pouco de trabalho, esforço e dedicação lá conseguimos obter a resposta que queríamos.

   3 meses antes...

«Português, Inglês, História da Cultura e das Artes e Desenho» pensei enquanto fazia a mochila para a escola. Estava atrasada para apanhar o autocarro (tive a brilhante ideia de começar a ver uma série antes de ir para a cama) por isso tomei um banho de 5 minutos, vesti a primeira roupa que me apareceu, umas calças brancas, um top justo preto que eu nem gostava muito e as minhas vans pretas, já muito antigas mais felizmente ainda em bom estado, lavei os dentes e saí de casa às 8:10. Uma vez que o autocarro chega à paragem às 8:15 e eu demorava 7 minutos a chegar lá, apressei o passo para chegar a tempo. Consegui apanhar o autocarro embora, para tal, tivera de acenar ao motorista para não seguir caminho pois só me faltava correr uns metros para o alcançar.

Ter entrado na escola foi como se tivesse entrado num ambiente de agitação e stress. Bem-vindos à minha escola! Estávamos no mês de abril, o mês em que todos começam a ficar fartos da escola e só falam das férias de verão. Agora só me faziam perguntas do tipo "Vais a algum sítio este verão?", "Já tens planos?", "Vais sair de Portugal?", "Temos de combinar ir a praia juntas e passar lá o dia!" e diziam-me isto como se eu gostasse de praia! Eu limitava-me a dizer que sim, que seria divertido pois achava um pouco rude dizer à minha colega que a última coisa que me apetecia era passar um dia na praia! Mas adiante... ainda faltava muito para o verão mas acho que era a única que via isso.

A primeira coisa que fiz ao entrar na escola foi dirigir-me ao bar. Avistei-o logo. Todos o tratavam por Rafael mas eu gostava de o chamar por Rafa. Todos os dias, antes das aulas começarem, combinávamos tomar o pequeno-almoço juntos no bar. Já fazia parte da minha rotina. E posso dizer que graças àquilo os meus dias começavam sempre bem!

- Ei! - chamou-me assim que me viu. Estava tão bonito como nos outros dias todos que eu o via. Tinha vestido uns calções de ganga e uma t-shirt que lhe assentava na perfeição. Já estava sentado numa mesa à minha espera e reparei que em cima desta encontravam-se um croissant um com queijo e fiambre e um compal de manga para mim e outro croissant com manteiga e uma ucal para ele. Era o que nós costumávamos pedir.

- Oh, obrigada! - ele sorriu o que também me fez sorrir. Cumprimentei-o com dois beijinhos e depois sentei-me na cadeira livre à sua frente.

O Rafael estava no mesmo curso que eu, artes, mas éramos de turmas diferentes. Conhecemo-nos numa visita de estudo em que todas as turmas de 10º de artes iam. Fomos a um museu e quando o nosso guia pediu a algumas pessoas para dizerem o que viam em certos quadros, apercebemo-nos que tínhamos imensas coisas em comum: as mesmas opiniões e os mesmos gostos em músicas, filmes, etc. Era um ano mais velho, mas nunca tinha chumbado. Inicialmente, tinha escolhido economia e no final do ano decidiu repetir o ano, mas desta vez em artes.

Falávamos sobre tudo e mais alguma coisa, o que, honestamente, me surpreendia. Tínhamos sempre alguma coisa para dizer ao outro e assim, a conversa nunca tinha aqueles momentos silenciosos super constrangedores.

   -A Luísa andava à tua procura. Parecia um pouco preocupada. Ligou-te umas 15 vezes mas tu não atendeste em nenhuma das vezes... - Abri logo a minha mochila para pegar no meu telemóvel mas não o encontrava.

-Deixei-o em casa! Estava com tanta pressa hoje de manhã que acabei por me esquecer dele. É melhor ir ter com ela.

- Liga-lhe do meu – ofereceu enquanto estendia a sua mão com o telemóvel já aberto no contacto da Luísa. Os seus olhos olhavam diretamente para os meus e só aí é que percebi que a cor dos seus olhos não era um castanho normal. Era uma junção da cor de avelã com a cor do mel e a contornar o olho, um amarelo muito suave. Eram tão belos. Parecia que a cor estava viva e por uns momentos senti-me hipnotizada.

Abanei um pouco a cabeça para deixar de focar os seus olhos e liguei à Luísa. Atendeu logo no primeiro pip. Pelo seu tom de voz consegui perceber que tinha estado a chorar... O que é que aconteceu? Não foi por eu não ter atendido as chamadas pois não? Não, não é por causa disso... Pediu-me para ir ter com ela o mais depressa possível.

- Onde estás? - perguntei mas ela já tinha desligado a chamada. Devolvi-lhe o telemóvel e despedi-me dele. Não queria ir embora mas a Luísa precisava de mim.

Why Don't We go on a trip?Onde histórias criam vida. Descubra agora