Cold Bloodesd

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   Eu deveria estar feliz, mas não estou. Estou na cidade em que tive minha primeira missão, e ela deveria me trazer boas lembranças, mas não. Mesmo milhares de quilômetros longe de Raphael, eu ainda penso nele. Droga, Izzy! Sento na cama que dormirei pelos próximos dias e respiro fundo. Ouço passos e então vejo Amália me encarando na porta.

-Precisa de alguma coisa? -pergunto para a figura de dezesseis anos na minha frente. A Clave tinha que envolver a menina nessa bagunça?

-Quero saber o que pretende fazer hoje. -ela diz se apoiando na parede.

-Bom, que tal a gente ir atrás do tal bando que vai nos ajudar? -digo levantando da cama.

-Pode ser.

-Vou trocar de roupa para nós irmos. -ela sorri.

-A parte mais difícil pra você vai ser abrir mãos dessas roupas, né?! -olho para mim e observo minhas roupas. Com certeza vai ser muito difícil abandonar as roupas decotadas e curtas.

-Sim. Quem te contou isso?

-Seu irmão. -ela diz dando de ombros. -Te espero na sala. -então ela sai.

   Observo minha imagem no espelho. Blusa de manga comprida, calça jeans e botas de salto alto- não posso deixar de usar meus sapatos também. Passo maquiagem no pescoço para tampar minha runa e então boto uma peruca de um cabelo liso castanho claro. A franja que ele possui está um pouco grande e incomoda os meus olhos, então eu corto um pouco. Pronto. Vou na direção da sala e vejo Amália sentada no sofá me aguardando.

-Como se sente? -ela pergunta.

-Muito estranha. -digo passando a mão pelos braços. -Estou tão bizarra como me sinto?

 -Estou tão bizarra como me sinto?

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-Não. Eu acho que mesmo se você se vestisse com aquelas roupas ridículas de cachorro-quente para propaganda você continuaria bonita.

-Obrigada, fofinha. Mas agora vamos.

-Vamos. -temos um bando para conhecer. Espero que seja fácil lidar com eles.

   Chegamos no endereço e eu me mantenho alerta pelo lugar não ser muito agradável. É escuro e não tem ninguém ao redor. É uma enorme porta, e me faz pensar que o local seja um galpão.

-Fica atrás de mim. -digo para Amália, que também está alerta.

-Pode deixar. -ela parece assustada. Bato na porta e segundos depois ela é aberta. O lugar é bem vazio, a não ser por um sofá bem lá no fundo e várias pessoas em volta de uma mesa no centro. Todos voltam seus olhares para nós. O lugar está um pouco escuro, então não enxergo direito as pessoas. Entramos devagar, mas então luzes são acesas. Amália treme, pois se assusta.

-A pessoa é um lobisomem, mas não sabe consertar algo tão banal como isso. -um menino diz aparecendo atrás de nós. É um adolescente. Na verdade, todos eles são adolescentes. Será que estou no lugar errado.

Mundo das Sombras (Abandonada) Onde histórias criam vida. Descubra agora