Vivendo Sobre Escolhas

SE PASSARAM ALGUMAS SEMANAS

No decorrer dessas semanas, percebi algo de diferente nos meus pais. Eles não se falavam mais, eram grossos um com o outro, sem contar que o meu pai passava um bom tempo fora de casa. Ele falava que ia ver jogo na casa de uns amigos, mas como das outras vezes ele não demorava tanto?
Como eu ficava sozinha em casa, pois minha mãe vive para o trabalho e o meu pai saia, eu chamei a Giovana, minha melhor amiga. Para a gente assistir um filme. Mas ela notou que havia algo de diferente comigo. E resolveu perguntar, eu disse o que havia acontecido, e ela chegou em uma conclusão que eu não queria acreditar, que acredito que todos você sabem qual é! É. A gente foi ver se realmente ele estava traindo a minha mãe.
Primeiro, pegamos a agenda telefônica. Depois, fomos ligando para os amigos do papai e perguntado se ele estava lá. É, ele não estava em nenhum deles!
Depois, minha amiga pediu para eu pensar em vários lugares que o papai poderia estar, a gente pegou nossas bicicletas e fomos. Fomos ao campinho, no trabalho dele, na livraria, no bar, e nada!
Na volta para casa, resolvemos passar por uma rua diferente, só para ter certeza que fomos em todos os lugares. Quando estávamos no finalzinho dessa rua avistei o carro do papai! Adesivo do flamengo, adesivozinho da nossa família, e um arranhado que eu dei aos 5 anos de idade. Mas o que me chamou a atenção nesse carro, não foi isso! Eu não fiquei feliz em ter encontrado ele, pois tinha gente lá dentro, e não era só o meu pai, tinha uma mulher lá! Beijando, abraçando, cheirando ele. Foi... Um baque na hora! Eu tinha vontade de jogar uma pedra na cabeça deles. Ele não me viu. E eu não quis ir lá! Nós fomos para casa. E... Eu chorei bastante com a minha amiga! Mas aí, eu lembrei do que o Caio disse. Pediu para eu ser forte, e aguentar qualquer coisa que vier, e não deixar ninguém me abalar! E foi isso que eu fiz! Meus pais chegaram, nem se falaram, e eu, agi normalmente!