Muitas pessoas gostam de contar histórias e muitas lendas sobre um mundo sobrenatural que acreditam que existe, um mundo fictício, cheio de magia, criaturas de outros universos, espíritos e entidades, mas será mesmo que esses mundos existem? O que é real? De tudo que nos contaram até hoje, em que devemos acreditar? E como saber se realmente estão nos dizendo a verdade ou mentindo?
Todos precisam ter fé e acreditar em algo que os faça seguir em frente e que os motive a continuar. Muitos dizem não existir nada para acreditar, mas eu discordo. Nós temos algo em que acreditar, todos têm. No entanto, a maior parte de nós se recusa a acreditar.
Tudo isso é consequência do medo de que algum fracasso possa acontecer, pelo fato de se acreditar que somos capazes de algo.
Por isso eu vivo cada minuto como se não fosse haver um amanhã, pois pode ser que realmente não exista.Tudo depende de nossas escolhas, nossas decisões e tudo aquilo que faz parte de nossa vida. Depende do que nós fazemos, do que nós dizemos, do que nós sentimos.O que nos constrói, até certo ponto, são nossos sonhos. E eu sempre tenho os mesmos sonhos todas as noites. Sonhos que me incomodam e que, aos poucos, também acabam me mudando. Eu sonho com pessoas que nunca vi, com vozes de pessoas que nunca encontrei e, às vezes, meus pais acham que estou delirando.
Por mais que isso me incomode, tudo o que quero saber é por que eu sonho com tantas coisas estranhas todas as noites.
E não são sonhos com perseguições ou histórias de amor mal resolvidas. Pelo contrário: são histórias que parecem mesmo ter acontecido. Mas eu sempre digo que sou um tanto descrente de coisas assim. Nenhuma parte dos sonhos faz sentido para mim.Minha mãe, de vez em quando, me diz que é o destino me mostrando a verdade. Mas eu não acredito em destinos. Não acredito em lendas, mitos e todas estas coisas superficiais.
Por mais intensos que sejam meus sonhos eu não acredito nesse tipo de coisa. E, mesmo não acreditando, às vezes tenho medo que tudo com o que sonho se torne real.
Existem muitas coisas em minha vida que eu não consigo compreender. Não são dúvidas que uma garota adolescente deveria ter. Não são questionamentos que alguém como eu deveria ter.
Sou uma adolescente. Eu não deveria ter comportamentos em minha vida como estes e quando digo como estes, me refiro às perturbações, ataques de pânico e fobias.
Meus pais dizem que certas coisas não devemos saber para o nosso próprio bem. No fundo, no fundo, eu tenho todo o direito de saber, já que é sobre mim.
Afinal, nem tudo na vida é coincidência, para tudo existe uma causa, para tudo há uma explicação, cabe a cada pessoa querer encontrá-la.
Meu nome é Harriet Montgomery e eu tenho uma daquelas vidas aconchegantes e estabilizadas, ou como todos chamam... monótona.
Não sou uma garota comum na minha idade, pois sou albina. Tenho a pele, meus cílios, cabelo, pelos e sobrancelhas completamente brancos. Minha mãe e meus pais também são albinos, mas não tanto quanto eu; sou quase transparente.
Estou rodeada de pessoas que cuidam de mim, em que confio extremamente e que sei que nunca me decepcionarão. Todos são muito sinceros e preservam o fato de que família deve vir em primeiro lugar.
Desde que me tornei adolescente, esqueci tudo o que passei com meus pais quando era criança. É como se tivesse sofrido de amnésia ou algo parecido. Eu deveria lembrar-me de muitas coisas que passei quando mais nova, mas não consigo.
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A Phoenix - O Legado Maytreel Livro I (Degustação)
FantasyEste é o primeiro livro da trilogia O Legado Maytreel, narrando a história de Harriet, que está completando seus dezesseis anos de idade, tendo sua vida equilibrada como sempre desejou, e após seu décimo sexto aniversário, se dá conta de que há algo...