Prólogo

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Maldito anúncio

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Maldito anúncio.

Não consigo deixar de me repreender mentalmente enquanto observo esse homem sentado em minha frente, segurando um copo de água que eu ofereci.

Me sinto exatamente como esse copo: fria e molhada.

Juro que quase não o deixei entrar. Quando fui abrir a porta para ver quem tocava a campainha, dei de cara com ele, mas quando disse que veio por causa do anúncio, achei que fosse para a irmã, namorada, ou sei lá.

— Não imaginei que houvesse problema — sua voz forte ecoou na sala após beber a água e colocar o copo sobre a mesa de centro.

Ele passou a língua nos lábios um tanto demoradamente demais, meio que saboreando a água sem sabor e eu tento disfarçar que notei esse gesto que julgo apelativo.

— É que...

— No anúncio isso não estava especificado — ele me interrompe.

— Sim — me mexo incomodada no sofá. — Hã... na verdade admito que fiz o anúncio um pouco sem pensar... e... — Esboço um sorriso forçado e envergonhado.

— Entendo — ele continua sério. — Você queria uma mulher para alugar o quarto, mas te digo que sua casa é excelente para mim. A localidade é muito boa, e garanto que fico muito pouco tempo aqui durante o dia, você praticamente não vai cruzar comigo e sei ser muito discreto também.

— Bem... é que... — pare de gaguejar sua imbecil. — Isso é novo para mim — dou uma risada idiota. — Preparei o quarto, vamos dizer que em estilo feminino, até e...

— Eu não ligo — ele insiste. — Como disse, vou ficar poucas horas por dia aqui. Trabalho como segurança de boates e bares, e passo muito tempo fora. Já te dei alguns números de telefones, pode se informar sobre mim, tirar minhas referências — ele sorriu pela primeira vez.

Um sorriso muito divertido para meu gosto. Parece até mesmo que podia ler no meu rosto todo meu desespero de ter um homem como ele querendo morar comigo. Nossa como isso soa estranho.

— E também posso pagar o aluguel adiantado — ele curvou o corpo para frente apoiando os cotovelos no joelho. — Que tal três meses, e em dinheiro?

Falou a palavrinha mágica, não podia perder essa oportunidade, tudo isso era por causa do dinheiro mesmo, caso contrário nunca teria feito aquele anúncio, na verdade isso foi praticamente um ato de desespero. Fecho os olhos por um momento, antes de responder.

— Tudo bem. Eu aceito — meu coração acelera como num alerta, mas me levanto muito constrangida e ele faz o mesmo. — Venha vou te mostrar a casa.

Ele é muito alto, forte, mas sem exagero, cabelos castanhos, barba rala, olhos também castanhos e muito expressivos, e quando sorri sua boca entorta um pouco para a direita, se tornando muito sexy.

BILLI (Somente degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora