Oie, tudo bem?
Vamos conhecer um pouco mais da nossa turminha?
Beijos e boa leitura!
ALICE
Me levanto da cama num salto. Estou parada no meio do quarto olhando para a porta.
Quando dou por mim, percebo que o barulho que me acordou e ainda está tocando é meu despertador, e não o homem no quarto ao lado colocando minha porta no chão com um chute.
Sorrio, com essa ideia. Minha imaginação está fértil. Corro desligar essa droga de despertador. Não sei por que ainda continuo com essa coisa velha e barulhenta.
Respiro fundo e tento fazer meu coração sair da garganta e voltar para o lugar dele.
Outro dia para começar.
Afasto a poltrona com esforço. Essa droga é muito pesada.
Pego minha roupa e uma toalha de banho e abro a porta devagar, quase em silêncio. Olho pela fresta aberta e noto que a porta do seu quarto está aberta. Saio devagar do quarto e entro rápido no banheiro. Fecho a porta com o trinco e olho em volta. Nada indica que um homem nojento usou meu banheiro, pelo contrário, o banheiro está impecável e cheira a perfume masculino, aquele mesmo que senti ontem de manhã quando eu o conheci.
Faço minha higiene e saio devidamente vestida do banheiro e me dirijo a cozinha.
Tudo continua do modo como deixei ontem. Nem mesmo um copo fora do lugar. Ele não tomou café da manhã, com certeza pelo fato de não termos discutido o que ele pode ou não fazer na minha casa.
Faço um café e com a xicara nas mãos vou para o quarto dele. Deve ter saído cedo. Chegou tarde e saiu muito cedo, pois ainda são sete da manhã.
A cama está arrumada. A janela está apenas dois dedos aberta. A única coisa que vejo dele no quarto é uma mochila que está em cima da cadeira. Nada mais de malas, ou sapatos jogados ou roupas sujas. A mochila é a única coisa que indica que ele mora aqui. Abro a porta do meu antigo armário de roupas, e verifico que está do mesmo modo que deixei, gavetas vazias e algumas peças de roupas de cama que deixei para meu futuro hóspede.
Fecho tudo novamente, e me viro para sair, mas vejo a toalha branca pendurada no cabide da parede. Passo a mão nela, ainda está úmida. Não resisto e sinto seu cheiro por um momento. Afrodisíaco.
Solto rapidamente e saio do seu quarto com um frio na barriga.
— Está na hora de ir trabalhar, dona Alice.
Saio rápido de casa, como se tivesse aprontado alguma coisa errada, como se ainda fosse uma adolescente.
Quando chego na mercearia, encontro Rosane que já a abriu e está varrendo o chão.
— Olá — beijo sua face. — Como estão as crianças?
— Graças a Deus você chegou — ela coloca a mão no peito se sentindo aliviada e me abraça.
— Por que aconteceu alguma coisa? — Pergunto aflita.
— Você não tem ideia de como estava preocupada de você dormir sozinha com um desconhecido, e além do que nem podia pedir ajuda para o Levi, pois você mentiu a ele.
— Por favor, Rô. Você me assustou — jogo minha bolsa para dentro do balcão. — A noite foi calma, ele chegou tarde. Não o vi, e saiu antes que eu me levantasse.
— Definitivamente, você é louca, Alice — ela volta a varrer o chão.
— Vamos começar o dia, irmãzinha. Tenho certeza que será um belo dia.
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BILLI (Somente degustação)
RomanceUm anúncio de jornal faz com que Billi, um homem misterioso que ganha seu sustento dentro de um ringue arriscando a vida em lutas livres sem regras, se envolva com a vida de Alice. Ele não gosta de criar raízes por onde passa, evita a todo custo não...