The Midnight Monster

eight

P.O.V Odessa

Paro em frente a uma abertura que dá para entrar na escura floresta, meu coração palpita em meu peito, sinto meu estômago dar voltas, estou nervosa. Estou curiosa.

Dou um passo e em seguida outro, e outro, e outro, quando percebo estou dentro da floresta, não parece assustadora como todos dizem.
Tem pinheiros por todos os lados, musgo no chão, e cheiro de terra molhada e grama, é silenciosa, seria um bom lugar para ler.

Pego uma pedra no chão e caminho até uma árvore fazendo um grande e profundo risco, para marcar a saída.

Solto a pedra e adentro mais a floresta, não a nada de incomum por aqui, vejo algumas lebres que fugiram com a minha presença. Alguns pássaros nos galhos das árvores e outros voando entre as árvores.

Caminho por uns dez minutos, não vejo nada fora do comum, apesar de tudo ser silencioso por aqui, até os animais, não vi nada aterrorizante.

Estou um pouco cansada de caminhar, sento perto de uma árvore e fico olhando para o céu, para a natureza à minha volta, admirando a beleza da floresta.

.....

Abro meus olhos e me assusto, onde estou? Olho em volta e tudo está escuro, oh meu Deus, eu dormi. Não poderia ter dormido. Droga.

Levanto rapidamente do chão, pego meu celular e vejo que está sem sinal, são cinco pra meia noite, Sicília deve estar preocupada.

Ando rapidamente pelo caminho que eu acho que vim até aqui. Merda eu esqueci o caminho.

A floresta fica um lugar assustador durante a noite, estou com medo, parece que a qualquer momento algo pode saltar do meio da escuridão e me matar.

-Gloria, glória aleluiaaa!! - começo a cantar músicas de igreja já que meu medo é enorme, vá que resolva né.

Caminho por vinte minutos e encontro uma casa, bom, não uma casa casa, mas sim uma cabana, é velha e não sei como ainda não caiu. Me aproximo da cabana e o cheiro que sinto é horrível, cheira a podre, azedo, não sei bem que cheiro é esse, mas é horrível.

Sinto como se eu estivesse sendo observada, olho a minha volta não vejo nada além de árvores, sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo, meu medo aumenta, decido entrar na cabana, a porta range quando eu abro.

Sou recebida pela escuridão, ligo a lanterna do meu celular e olho em volta, estou em uma pequena sala, móveis antigos e podres, olho mais a frente e tem uma cozinha, com um fogão velho, enferrujado, uma pia e um armário velho.
Olho para o lado esquerdo e vejo um corredor, decido ficar apenas na pequena sala, sento no sofá, desligo a lanterna e vejo que agora tem sinal no meu celular.

Estranho não tem nenhuma mensagem ou ligação da minha avó, decido mandar uma mensagem pra ela.

"Vovó, estou na casa de uma amiga, irei passar a noite aqui, volto durante a manhã. Xx D."

Não vou dizer à ela que me perdi na floresta, ela ficaria louca.

Ligo novamente a lanterna do meu celular e ela foca em uma parede da sala, ha algo como um quadro coberto com um pano branco, levanto e caminho até lá, tiro o pano e vejo que é um espelho, ele está velho, sujo e riscado, mas não está quebrado, tem algo escrito nele, porém não consigo entender.

Volto a sentar no sofá e sinto um arrepio no meu corpo, me sinto observada, mas parece pior, parece que tem alguém ou algo me olhando de perto, foco a lanterna em todos os cantos, mas não vejo nada.

Até que ouço passos vindo do lado de fora da cabana, corro até a última porta do corredor e me escondo, é um quarto, tem uma pequena cama de solteiro e não vejo mais nada pois desligo a lanterna do celular, ouço a porta abrir, passos pesados andam pela sala, caminho para trás na escuridão, até que meu corpo para ao encostar em algo, ou melhor, alguém.

O pânico é tão grande que não consigo gritar, meu corpo gela. Tento dar passos para a frente, mas esse alguém segura minha cintura pressionando nossos corpos para ficarem juntos.

Os passos que antes estavam na sala agora os ouço no corredor e estão vindo em direção ao quarto que estou. A porta abre e vejo minha avó, o que ela está fazendo aqui?

Ela está com uma lanterna, ela olha para mim, mas parece não me enxergar.

-Quem foi o maldito que destapou o espelho será? - ela pergunta, sua voz não é doce, não parece a amada e carinhosa avó.

-Vovó? - falo e Sicília sai do quarto, fechando a porta.

-Ela não te viu. - uma voz rouca pronúncia perto do meu ouvido, eu tenho vontade de chorar, mas estou tão assustada  que não consigo.

-Q..quem é você? - eu pergunto ainda de costa para a pessoa, nossos corpos ainda colados.

-Harry Styles.