Miami
03:40 am - Segunda Feira, 01 de janeiro de 2017.
O cheiro de suor que vinha das pessoas dançando na pista de dança estava invadindo minhas narinas e me deixando completamente excitado. Os corpos se movendo um nos outros e a música misturada com a quantidade significativa de álcool no meu sangue me fizeram perder os sentidos.
Eu a quero. De novo e de novo.
Larguei o copo de tequila que estava na minha mão em cima do balcão e fui em direção à pista de dança, no meio da multidão de corpos. Muitos tiraram os celulares do bolso e começaram a filmar meu rosto mas não me importei. Eu queria achá-la. Precisava achá-la.
As garotas passavam por mim dirigindo-me sorrisos lascivos mas nenhuma me chamava a atenção da maneira como eu queria. No fundo eu sabia que ela não estaria ali nem em lugar nenhum, mas minha mente parecia uma névoa embaçada que não me permitia mais discernir as coisas.
- Olá. - Uma voz feminina soou atrás de mim, perto do meu ouvido.
Virei-me para encarar a moça desconhecida que me lançava um sorriso cheio de luxuria. Bom, pelo menos era assim que eu o via.
Peguei-a pela mão trazendo-a mais para perto.
- Oi. - Falei segurando sua cintura. - O que te traz até mim?
Ela passou os braços pelo meu pescoço.
- Curiosidade? Não sei... será que você é tudo isso que as garotas falam? - Disse ela.
Aquilo me irritou. Uma espécie de desafio combinado com petulância e arrogância?
Minha mão direita subiu até o pescoço dela trazendo seu rosto bem próximo do meu.
- E quem dessas garotas que disseram isso realmente já estiveram comigo? - Perguntei olhando-a no fundo dos olhos.
Ah...
Senti seu corpo amolecer de baixo das minhas mãos. A garota estava ficando excitada.
- Isso importa? Você tem uma certa fama. Isso é o que me trouxe aqui. - Falou ela.
Certa fama. Ok.
Comecei a movimentar meu corpo no dela nos envolvendo em uma dança suave enquanto a levava para a parte mais quieta do local. Ela não percebeu que estávamos saindo do lugar até que eu a empurrei contra a parede.
Seus olhos se arregalaram mas não saíram dos meus.
- Foder? - Falei abaixando a cabeça e beijando seu pescoço. - É isso que você quer de mim?
Ela fechou os olhos e colou as palmas das mãos na parede atras de si.
- É isso o que você quer de mim? - Perguntou ela.
Balancei a cabeça positivamente bem devagar para que ela entendesse o recado.
- Só foder. - Falei.
- Então talvez eu deva te dizer o meu nome para que você saiba o que dizer quando gozar dentro de mim. - Disse ela.
Estreitei os olhos para a garota e pressionei seu corpo contra a parede usando o meu.
Minhas mãos alcançaram seus cabelos e eu os tirei do caminho para que pudesse falar no seu ouvido.
- Não precisa, não me interessa o seu nome. Eu já tenho um nome em mente. - Sussurrei.
Senti seu coração bater fortemente contra o meu peito.
- O que foi? Está com medo?
Não dei a ela tempo para responder.
Mordi seu lábio inferior levemente e puxei sua boca para a minha.
- Tarde demais. - Falei contra sua boca.
Suas mãos agarraram minha camiseta enquanto eu explorava sua boca com minha língua. Fiz questão de espalhar suas pernas e ficar no meio delas para que ela me sentisse por completo.
Eu precisava daquilo. Precisava rápido. Grosseiramente.
Separei nossas bocas e a puxei pela mão.
- Vem.
Subi as escadas e andei pelo corredor do segundo andar procurando por um quarto desocupado. A boate estava lotada e pelo jeito todo mundo tinha resolvido transar por lá no mesmo dia.
A última porta do corredor tinha a plaquinha de desocupada e eu nem pensei duas vezes em entrar.
Tudo o que eu conseguia ver era uma cama e um abajur na mesa de cabeceira, o resto se passou num borrão.Lacei a garota pela cintura novamente e a conduzi de maneira que a parte de trás dos seus joelhos tocassem na ponta da cama, então virei-a de costas para mim e tirei seu cabelo do meio para abrir o vestido.
Ela ficou em silêncio durante todo o tempo.
- Sobe. - Falei assim que seu vestido caiu em volta dos pés.
A garota se virou para mim e subiu de costas na cama, nunca tirando os olhos dos meus. Ela começou a tirar os sapatos mas eu a interrompi.
- Fica assim, não tira mais nada.
Tirei minhas roupas rapidamente e subi em cima da cama ficando sobre seu corpo, os olhos dela sobre mim estavam me implorando por sexo.
Peguei suas pernas as abri, então me posicionei o meio delas e puxei sua calcinha para o lado, apenas o suficiente.
Entrei dentro dela rapidamente e até do fim fazendo-a soltar um grito de surpresa ou de dor, talvez os dois. Ela apertou meus braços com força cravando as unhas na minha pele mas era uma dor boa de se sentir.
Não doía. Nada se comparava com o que eu estava sentindo por dentro.
Continuei movendo os quadris cada vez mais rápido e mais forte enquanto ela me apertava por dentro.
Eu queria sentir aquilo.
Cheguei ao clímax rapidamente trazendo-a junto comigo, ela chamando meu nome quase que incoerentemente e eu chamando o nome que não saía mais da minha mente por um segundo sequer.
- HAILEY.
O nome saiu da minha boca em um grito estrangulado direcionado para alguém, mas ao mesmo tempo para ninguém.
****
Notas da autora: Os capítulos com '(extra chapter)' no título serão sempre pov's do Justin e são elementos chaves para entender a história, além de serem bem mais curtinhos que os outros. Em breve vocês entenderão o porquê desse capítulo extra ;) Até o próximo que sairá em breve!
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Remember Me
Fanfiction"A linha do horizonte me distrai... dos nossos planos é que tenho mais saudades, quando andávamos juntos na mesma direção. Aonde está você agora além de aqui... dentro de mim? Agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou. Vai ser difícil sem vo...