💋 Capítulo 6 💋

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Maceió, 21 de julho de 2017💆

Olá, querido Darcy!!!

Há quanto tempo, né? As coisas no escritório andaram bem movimentadas. Tenho gastado todas as minhas energias por lá. Nada de interessante tem acontecido. Mark já voltou pra sua terra, o novo sócio ainda não apareceu e o casal de amigos está cada vez mais apaixonado.

Quando eu digo que nada de interessante tem acontecido, eu não estou sendo exatamente sincera.

Você se lembra daquela rosa que apareceu na minha mesa? Pois é! Tem aparecido outras.

Todo fim de tarde, para ser mais honesta. Vermelha, amarela, branca...

A cada dia, um mimo para me deixar mais intrigada. Ainda não consegui descobrir o remetente, mas também não saí perguntando quem foi.

Alguns colegas andam desconfiados. Os rumores já começam a aparecer. Sempre que eu chego do fórum ou de alguma audiência, lá está ela em seu esplendor: fresca, perfumada e linda...

As rosas conseguem transmitir recados, mensagens, declarações... Mas as minhas só trazem dúvidas. Quem está fazendo isso comigo?

O Bruno entrou na minha sala para me convidar para um café e olhou para as rosas. Elas estavam em um vaso na mesa de canto.

— É impressão minha ou essas rosas aumentam a cada dia? — Ele perguntou passando o indicador e o polegar pelo queixo.

Resolvi ser sincera.

— Não é apenas impressão, Bruno. Tem chegado uma rosa a cada dia para mim.

— E quem é o admirador?

— Confesso que ainda não sei.

— Como assim? Quem entrega? — Ele ergue uma sobrancelha.

— Quando eu chego da rua, ela já está aqui me esperando.

— E você não perguntou nada a ninguém? Isso pode ser perigoso, Vê!

— Que nada! Não se preocupe. Na verdade, eu já perguntei discretamente, mas ninguém sabe de nada.

— Vou ficar atento. Se for preciso, checarei as câmeras.

— Não é para tanto, Bruno. Fique tranquilo. Agora, se me der licença, preciso sair.

— Vai viajar de novo?

— Sim. Preciso terminar de arrumar minhas coisas.

— Dessa vez, você vai contar para onde vai? Ou vai subir do mapa como fez da outra vez?

— Acho que eu vou sumir do mapa. — Ri muito com a cara de preocupado do Bruno.

— E se precisarem de nós para uma reunião de urgência? Você sabe... Estamos na iminência de conhecer o novo sócio...

— Não se preocupe. Não irei tão longe...

— Você que sabe... A Lu tem reclamado da sua ausência. Ela acha que você está distante.

— Ah! Finalmente, vocês resolveram prestar atenção no resto do mundo? — Cruzei meus braços e olhei para meu amigo fazendo cara de birra. Queria ver até onde ia a paciência dele.

— Como assim? Você quer dizer que...

— Não quero dizer nada, Bruno. Relaxa! Vá namorar que eu também preciso espairecer um pouco. A audiência final para o caso dos Silva e Silva é semana que vem. Precisamos entrar com tudo. Tchau! — Despedi-me já fechando a porta da minha sala e saindo apressadamente.

A HORA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora