💋Capítulo 2💋

26 6 0
                                    


Maceió, 01 de julho de 2017💖

Eu falei que não ia dar certo, Darcy. Eu falei. Mas ela não quis me ouvir. Ela me chama de teimosa, mas ela é teimosa ao cubo. Ou mais.

- Compra essa roupa agora! Ela ficou perfeita, Verônica! Além do mais, quando Bruno te convidar para sair, hoje, você não ficará com tanta dúvida! - Luciana confirmou com tanta convicção que o Bruno ia me convidar para sair, que eu titubeei, mas, infelizmente, acreditei.

- Fala pra mim, de novo, como você chegou a essa conclusão, Lu.

- Vê, eu já te falei. - Ela disse impaciente. - Eu o ouvi dizendo ao telefone que precisava muito falar com você, que era uma decisão importante, tal...

Então, Darcy, eu comprei a roupa. Ficou linda mesmo. Um vestido vermelho, na altura do joelho, com um decote maravilhoso nas costas e, no busto, nada exagerado, mas suficiente para destacar meus seios fartos.

A propósito, Darcy, querido, hoje é sábado. Acordei animada. Fiquei superexcitada com essa notícia que a Lu me falou pelo telefone. Resolvi ir com ela a uma butique de uma amiga: a Luxus. A Lu aproveitou e comprou um vestido lindo também. Dificilmente, saímos de lá sem comprar algo. A Joelma, dona da Luxus tem um ótimo gosto. Dá vontade de comprar a loja toda.

Saímos de lá e fomos ao shopping ver sapatos e bolsas. A manhã passou rapidamente junto com a nossa busca.

Aproveitamos e almoçamos no shopping.

Voltei para casa muito ansiosa, esperando pela ligação do Bruno. Não tirava os olhos do aparelho.

Para falar a verdade, Darcy, não sabia o que esperar daquilo tudo. Era estranho ver um amigo com outros olhos. Porém, o Bruno era um cara legal, gente boa, bonito e amigo.

Fiquei um pouco com vergonha de mim mesma e resolvi ler um livro para disfarçar. Mas, a cada linha, meus olhos traidores se desviavam para o aparelho ao meu lado.

Nem eu mesma sabia que eu estava tão ansiosa (ou tão solitária!).

Fui para a cozinha fazer um lanche. Como eu ia bater um suco no liquidificador, segurei o aparelho nas mãos, para não correr o risco de tocar e eu não ver.

Nada.

O tempo passou lentamente. Cruelmente. Ordinariamente.

Eu fiz meu lanche. Eu o comi. Eu limpei a bancada. Eu lavei a louça. Eu escovei os dentes. Eu coloquei o aparelho pendurado no porta-toalhas, bem na minha frente, e tomei um banho rápido e com um olho aberto.

Nada.

Exatamente às 18 horas, o bendito tocou. Meu coração estava tão descompassado, Darcy, que eu resolvi não atender de imediato para não dar tanta bandeira.

- Oi! - Atendi.

- Vê, você tem um minuto para falar comigo? - Eu juro que o Bruno exalava uma mistura de nervoso e dengo.

- Claro, Bruno. Pode falar! - Tentei ser o mais natural possível. Como sempre fui.

- É que eu gostaria de saber sua opinião sobre um assunto. Mas... É muito particular, Vê...

- Pode falar. - Eu o incentivei.

- Jura que não vai rir de mim?

- Vou tentar... - Falei rindo, tentando levar na esportiva.

- Verônica! - Ele me cortou.

- Deixa de rodeios, Bruno. Fala logo. - Eu estava quase perdendo a paciência. A gente já era amigo há algum tempo, não havia motivos para tanta aflição. Além do mais, quem começou a perceber o "interesse" dele por mim foi a Lu. E ela disse que sempre que ele estava com a gente, ele agia de forma diferente.

A HORA CERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora