Acordo atordoado em uma sala com várias camas que agora estavam ocupadas com meus amigos, procuro por todo lado alguém conhecido que posso me explicar algo, mas só consigo ver algumas enfermeiras, e uma delas vem em minha direção.
-Senhor, por favor deite-se - ela me pede
-Você pode me dizer onde Helena está, o que aconteceu - pergunto
-Senhor, acalme-se, não estou autorizada a ter essa conversa, você deve repousar agora - ela responde injetando um líquido no meu braço direito.
- Mas...
Desisto de tentar perguntar algo, ela parece decidida demais a não mencionar nada sobre o que aconteceu, apenas deito novamente desconfortável com a dor da agulhada em meu braço e quase como se fosse instantâneo fico sonolento e minha visão escurece.
Acordo de novo, mas desta vez nem tão desperto, apenas fico deitado esperando que alguém perceba e talvez venha me dar mais uma agulhada. De soslaio percebo que a sala não está mais tão cheia como antes, ou o restante do pessoal recebeu alta ou... Decidi não pensar nisso agora. Sinto uma mão tocar a minha e eu apenas tento virar na direção da pessoa.
-A enfermeira disse que você já está melhor - fala Julia com um olhar alegre.
-Julia, se eu pudesse eu te abraçava, como você está? Onde está Will? Quanto tempo você está aí? - Pergunto
-Não precisa fazer esforço, vim pela manhã tentar visitar você, mas você não acordava, a enfermeira pediu para mim voltar outra hora, e aqui estou, acabei voltando agora depois do jantar, só mais algum tempo aqui e você vai estar novinho em folha e enquanto a Will ele está bem, no momento ele está em uma cama ali no canto ainda repousando.
-Parece que a coisa foi pior para mim - digo um tanto melancólico.
-Nem tanto, esse tempo aqui é mais para se ter certeza que alguns ossos seus voltaram para o lugar - ela me diz
- Você está me dizendo que alguns ossos meus estavam fora do lugar e isso não foi nenhum pouco preocupante?
-Não é isso bobo, é que repouso significa você grudado a uma cama, ou a recuperação não seria nenhum pouco recuperadora.
-Ah, jura que a recuperação é para ser recuperadora - pergunto em um tom de escárnio
-Você estendeu Carl – ela respondeu rindo
Tudo parecia tão confuso até receber a visita de Julia, a presença de um conhecido me deixou bem mais confortável, mas para ser sincero não queria voltar a ficar sozinho ali, não sem os meus amigos, e em especial com Julia sentia que podia contar com ela para levantar meu astral de vez enquanto.
-Você e os outros meninos deveram passar a noite, e não me pergunte por que, são ordens médicas, e a propósito você fico aqui por dois dias.
-Dois dias, e o dia da certeza? – Pergunto preocupado
- Eles adiaram, é para ser amanhã, domingo de manhã, mas você não vai acreditar, outros ônibus chegaram depois do nosso, com escolta é claro, eles nos disseram que o incidente foi pela falta de manutenção dos ônibus.
- Mais algo veio e atingiu a lateral do ônibus Julia, e não veio debaixo, eu senti - respondo
-Foi tudo tão rápido Carl, você deve estar confuso, mas agora vou deixar você descansar, a enfermeira já está me chamando, descanse, lhe vejo de manhã - ela me diz, me dá um beijo na testa e vai embora.
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Outside
RomanceHouve uma tentativa fracassada de criar em laboratório genes humanos. Genes que fizessem com que o DNA humano fosse modificado, fazendo com que pessoas nascessem com habilidades sobre-humanas para trabalhos específicos na sociedade em que viviam. Es...