Capítulo 3

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Quando acordei no dia seguinte havia lembrado que devido ao trabalho excessivo estes dias, não pude fazer as compras. Resumindo tudo. Minha geladeira estava vazia assim como o armário também estava.

- O jeito é comer mais tarde. - Digo me sentando no sofá ligando a TV esperando Taehyung chegar com os papéis. O que não demorou muito.

- Aqui estão todos as informações que precisa. - Taehyung me olhou entregando aquela pilha infinita de papéis finos. - Poderia te ajudar, mas Namjoon me pediu para ajudar ele em algumas coisas na delegacia.

- Não tem problema. - Sorrio para ele que sorri, saindo em seguida.

Quase havia me desequilibrado quando entrei em casa, aquilo estava pesado. Mas, tinha o que queria em mãos.

- Vamos ver. - Peguei o primeiro papel, continha um nome lá. - Kim Jun.

Não tinha nada de interessante nos primeiros papéis sobre Kim Jun, mas algumas páginas adiante encontrei o que não esperava.

- Kim Jun matou sua mulher por dinheiro e fugiu logo depois, o corpo de sua mulher havia sido esquartejado e esfolado. Kim Jun morreu no dia 12 de agosto de 2016 às 10 horas, encontrado mutilado e esfolado na porta de sua casa. - Arregalei os olhos e suspirei. Algo estava errado aqui muito errado.

Peguei todas as fichas e as olhei rapidamente. Todas as vítimas eram homens. Então resolvi pegar a ficha que se encontrava no final que seria a primeira pessoa a ter sofrido nas mãos de suga.

- Lee Chang. Acusado de estupro e declarado inocente por falta de provas foi encontrado esfaqueado e totalmente desfigurado em um beco próximo à um bar bem visitado de Daegu.

Peguei as outras fichas e olhei uma por uma. Em todas os assassinados tinham cometido assassinatos ou estupros.

Suspirei surpresa. Todos haviam matada e todos haviam morrido. O primeiro caso chamou minha atenção iria perguntar para Namjoon algo relacionado a ele.

A fome se fez presente e a recordação de que não havia nada de comestível em minha casa me fez ter a decisão de ir à um café próximo de minha casa.

Fui com as roupas que já trajava que consistiam em uma calça jeans e uma blusa caída de um lado, calçada com um tênis. Uma roupa normal para mim.

Não andei muito, apenas alguns minutos e já estava no café onde costumava vir quando voltava do trabalho. Quando cheguei lá percebi estar completamente cheio, não havia nenhuma mesa vaga.

- O café está lotado hoje, mas se quiser pode dividir uma mesa com outra pessoa. - A atendente me diz olhando para os outros ali presentes, andou até um rapaz que estava de costas e conversou com ele, ela sorriu e veio até mim. - Ele disse que não se importa de compartilhar a mesa, venha.

- Obrigada por compartilhar a mesa. - Disse à ele assim que me sentei, ele me olhou e por alguns segundos fiquei presa no olhar dele.

- Não tem problema. - Ele disse com a voz baixa e grossa voltando a tomar o café. - Você trabalha na delegacia, não é? - Estranhei a curiosidade e a forma repentina que ele perguntou.

- Não na delegacia, apenas estou ajudando o delegado com alguns assuntos. - Disse. - Qual é seu nome? - Perguntei.

- Min Yoongi. - Olhou para mim, mas desviou o olhar. - E o seu deve ser ________. - Mais uma vez achei estranho a forma como esse garoto sabia das coisas.

A atendente trouxe meu café. Felizmente de tanto eu ter vindo aqui eles já sabiam exatamente o que eu iria pedir. O que facilitava mais as coisas.

- E você o que faz? - Perguntei e ele me olhou sério.

- Nada de interessante. - Disse normalmente. - Desculpe a intrusão, mas o trabalho que está fazendo tem algo relacionado aos assassinatos que estão ocorrendo ultimamente?
- Não posso lhe informar -Disse seriamente desconfiada, não entregaria fatos a qualquer um que fosse, mesmo que não tivesse nada a ver - E por quê a curiosidade? Como sabe dessas coisas, afinal, como me conhece? Poderia saber?

Ele me olhou seriamente, como se quisesse me ler de alguma forma, sabendo de seu fracasso suspirou.

- Jornal. -Rio - Todos estão falando sobre isso, fiquei curioso somente.

- Ah! - Me senti envergonhada, me esquecia às vezes que o caso de Suga não era segredo e que todos sabem o que ele fez e muitos têm medo do que ele pode fazer. - Desculpe a grosseria.

- Tudo bem. - Tomou seu café o terminando e saindo do café após ter pago.

Suspirei colocando as mãos na testa, estou tão envergonhada. Terminei o café e fui ao caixa pagar. Iria à delegacia falar com Namjoon sobre a primeira vítima de Suga.

[...]

- Você está me dizendo que não há nada? - Olhei incrédula para Namjoon.

- Além do local e a forma do assassinato? Exatamente nada. - Namjoon continuava sério e por um momento me perguntei se ele nunca mudava de expressão.

- Mas, como isso é possível? - Ele suspirou dava para perceber pelas olheiras fundas e o rosto abatido que Namjoon estava exausto.

- Simples _______, o corpo de Lee Chang demorou para ser encontrado quando o encontramos, o corpo já estava em estado de decomposição. - Escutava com atenção cada palavra que saia dos lábios avantajados de Namjoon. - Então todas as digitais no corpo de Chang haviam sumido e a arma nunca foi achada e supomos que assim como as outras armas.... Ela esteja completamente inutilizável.

- Já estava ficando feliz por achar que minhas teorias estavam fazendo sentido. - Namjoon me olhou confuso. - Mesmo assim muito obrigada Namjoon.

Sai de lá dando de cara com Taehyung que estava entrando na delegacia. Ele me olhou confuso e se aproximou mais sorrindo.

- O que faz aqui ______?

- Estava esclarecendo uma coisa com Namjoon. Taehyung você havia lido todos os papéis sobre os assassinatos, certo? - Ele assente. - Então você sabia que os mortos haviam feito coisas bastante ruins antes de morrerem, não é?

- Sim, mas queria que você visse por conta própria, sugiro que você avance mais nessas informações, eu ajudaria, mas tenho uma coisa mais importante para fazer agora, nos vemos depois. - Ele diz sorrindo entrando na sala principal a qual eu tinha acabado de sair.

Entrei em meu carro só agora percebendo que havia anoitecido, mais uma vez meus pensamentos haviam perdido seu rumo me fazendo pensar em várias coisas totalmente alheias umas das outras. Bufei irritada socando o volante fazendo eu sentir uma pequena dor suportável.

A coisa que eu mais odiava era ficar de mãos atadas, como eu estava agora. Não sabia como dar o primeiro passo, não sabia mais nem o que pensar disso tudo, minha vida no final das contas tinha se tornado mais difícil do que antes, mas era um difícil que eu adorava viver.

Resolvi voltar a boate, a cena de crime mais recente de Suga, eu ainda possuía muitas dúvidas que não podem esperar. A noite se encontrava mais fria que as anteriores a ponto de minha respiração ser vista à minha frente. Havia estacionado o carro um pouco longe da boate o que me fez andar algumas ruas. Os becos escuros estavam me dando calafrios e por alguns segundos senti estar sendo seguida, mas não liguei muito para esse detalhe. Poderia ser um gato solitário ou alguma outra coisa se arriscando na noite.

Mas eu estava errada.

Bastou poucos segundos para sentir uma mão macia e grande cobrir minha boca com força e uma outra mão agarrar minha cintura me empurrando para um dos becos escuros da rua vazia. Por um momento me vi solta, mas no momento seguinte minhas costas bateram na parede com força, suas mãos voltaram a pressionar minha boca com mais força quando pensou que eu iria mordê-lo. Arregalei os olhos ao ver aquele rosto pálido se destacando no escuro e os olhos pequenos se encontrarem com os meus. Suas mãos cobriam minha boca com brutalidade. Pude ver no escuro daquele beco seu olhar profundo. Ele se aproxima de meu rosto e o medo que sentia aumentara aos poucos.

- Se me procurar. - Ele ri rente ao meu ouvido causando arrepios em meu corpo. - Eu também vou procurar você.

The white mindOnde histórias criam vida. Descubra agora