Capítulo 4

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Minha respiração descompassada fez ele rir me olhando novamente soltando as mãos da minha boca, senti um frio quase que de imediato quando as mãos quente cessaram o contato com meus lábios. Mas esse frio foi completamente deixado de lado quando ele começou a apertar meu pescoço fazendo-me sufocar. Olhei em seus olhos e por um momento vi seu olhar mudar e suas mãos laragarem de meu pescoço o que me fez tossir agoniada buscando o máximo de ar possível.

Devido o susto recente minhas pernas fraquejaram e me permiti deslizar pela parede fria sentando no chão ainda tossindo, enquanto o outro estava à minha frente com as mãos nos bolsos do casaco. Levantei meu olhar para observá-lo. Usava uma máscara, então não pude detalhar cada traço que ele possuía, mas sua pele clara e seus olhos calculistas eram algo bastante notável naquele beco assim como suas roupas, por um segundo senti que não era o mesmo garoto que estava me sufocando minutos atrás.

Quando ele se virou e começou a andar em direção contrária à mim meu coração voltou a bater normalmente e minha respiração voltou a funcionar como deveria, mas a sensação terrível do medo ainda predominava me impedindo de levantar e meu pescoço se encontrava dolorido e com uma leve ardência.

Peguei meu telefone ligando para Taehyung, não demorou muito e o mesmo atendeu.

- Alô? _______? - Nunca estive tão contente em ouvir a voz grave de Taehyung do que agora.

- T-Tae. - Minha voz saiu falha e tossi um pouco quando minha garganta começou a irritar. - Você está ocupado?

- O que aconteceu _______? - Sua voz demonstrava preocupação. Assim como sua respiração acelerou um pouco.

- Por favor só vem para cá. - Disse chorosa e ele pareceu entender.

- Onde você está? Está na boate? - Ouvi algumas portas sendo abertas, supus que ele estava saindo da delegacia.

- Não eu estou... - Olhei ao redor. - Eu estou perto, mas não sei exatamente como explicar.

- Tudo bem eu já estarei aí. - A ligação encerra e a calma finalmente toma conta de meu corpo.

Me apoio em uma das pernas e me levanto com dificuldade, passo a mão pelo pescoço sentindo a ardência aumentar um pouco. Apoiando-me pelas paredes consegui sair daquele beco sujo, fiquei parada no mesmo lugar por alguns minutos analisando o lugar. Mesmo tendo saído a poucos minutos, não havia ninguém na rua, nenhum resquício de que suga esteve aqui. Ele conseguiu ser discreto e indiscreto ao mesmo tempo. E o pior era que ele estava ali na minha frente e eu não fiz exatamente... nada.

[...]

- ________! Você está bem? - Assim que Taehyung me achou foi direcionada à mim várias e várias perguntas.

- Sim Taehyung eu estou bem. - Menti. Minha mente não estava nada bem.

- Vamos. - Taehyung pegou minha mão e começamos a andar pelas ruas agora completamente vazias da cidade.

- Tem certeza que está tudo bem? - Assenti vendo Taehyung destravando seu carro, ele me olhava duvidoso.

- Taehyung o meu carro está ali... - Ele olha na direção em que eu apontava.

- Vamos no meu hoje, amanhã de manhã pegamos ele.

O caminho foi silencioso, mas o que mais me perturbava era a leve sensação que ainda sentia dos dedos sendo pressionados em meu pescoço e a respiração fria que havia sentido em meu ombro. Levei os dedos ao pescoço e Taehyung analisou meus movimentos por alguns segundos. Ele parou o carro de repente.

- O que aconteceu com seu pescoço _______? - Ele me olhou seriamente.

- Nada. - Desviei o olhar. - Absolutamente nada.

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