Essa não é uma carta de amor
Esses versos representam minha dor
Querida lhe peço perdão
Já não há redenção
Ao decorrer da noite ouvi um som
Um estralo cujo o ar dissipava
Antes do estralo veio um clarão
Mas primeiramente uma visão
Eu não fui capaz de entender
Muito menos pude crer
O que estava prestes a ver era surreal
Pra ser sincero, irreal
Aquele som não rasgou apenas o tempo espaço
Dia daquela luz me tornei cego
Cego de visão
Me abri para outra dimensão
Quando me dei conta, lá estava eu
Ensanguentado sobre o asfalto
Mas dor eu não sentia
Estranho não?
Tentei socorrer aquele individuo ferido
Mas não fui capaz de tocar meu próprio corpo
Pois já não me pertencia
Havia me livrado de minha carne
Me tornei algo etéreo
Além da própria imaginação
Foi nesse momento então que eu havia entendido
Já não estava mais vivo
Ou será que estou?
Tire sua própria conclusão
Adeus
Ou até breve...

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O Poeta Vive
Poésie''No abismo do ininteligível, brilhou aos olhos o invisível...'' ''O Poeta Vive, A Poesia Revive'' É um livro de Poesias onde mergulho a realidade sobre o abstrato, buscando demonstrar o quanto a Poesia pode refletir a arte de uma forma critica e ao...