Moyli narrando:
Acordei, olhei o relógio e era 5 hrs da manhã.
Lavei meu rosto e parei para me observar no espelho. Olhos azuis como o mar, nem demonstravam a maldade que havia em mim. Meus cabelos eram loiros, mais eu os pintava de pretos. Curtos, na altura do queixo. Pele morena clara.
Sai para a varanda, observar a lua. Meus pensamentos estavão turbilhados como sempre. Olhei para baixo, e havia um rapaz de costas, que parecia estar observando o mesmo lugar que eu. Tinha as costas largas e o cabelo era levemente ondulado. Fiquei muito curiosa para saber a face do tal rapaz.
Como ele não olhava para o lugar que eu estava, resolvi tussir para chamar a atenção dele. Hahaha sempre funciona. Ele olhou para a minha direção e pude descobrir como ele era. Os olhos eram profundos e negros, e os cabelos estavam bagunçados. Ele tinha traços definidos. O encarei por uns dois segundos séria, e ele deu um sorriso tímido. Eu continuei séria e retornei para o meu quarto.
Não sei porque mais o rapaz havia me deixado curiosa. Parecia que já o conhecia faz tempo, mesmo sendo a primeira vez que eu via ele. Precisa descobrir de que tribo ele era.
Como sempre me perdi em meus pensamentos, e quando percebi era hora de me trocar para começar o dia agitado.
Coloquei um vestido vermelho longo, que lembrava muito esses que as mulheres usavam em épocas medievais. Passei lápis preto no olho, e manteiga de cacau nós lábios.
Desci para o primeiro andar, e estava começando a nossa reunião. Os Pacem de um lado e os Malum de outro, e o Regem posicionado no meio.
Avistei Stela na primeira fileira de pessoas e sentei ao seu lado:-Olá Stela
-Oi Moyli! Você ficou sabendo da Vic?
-Não, o que aconteceu?
- O pecador de que ela estava cuidando, se soltou e a matou com um golpe de facada no peito. -Disse, friamente.Vic era muito próxima minha, mas eu não me abalei muito. Quando alguém daqui morrem eles queimam o corpo da pessoa publicamente como uma forma de homenagem.
Então era esse o motivo do alvoroço todo. A morte da Vic.
Em pouco tempo nos reunimos para fora, e a amarrarao em uma estaca de madeira. Um dos serviçais jogaram álcool nela, e quem acendia o fósforo era a pessoa mais próxima. Seria eu. Me aproximei dela e seus olhos estavam abertos. Vidrados para o nada. Como se estivessem perdidos em outra dimensão. Fechei seus olhos e disse adeus a ela.
Acendi o fósforo e observei o corpo dela se queimar, e as memórias nossas juntas se passaram em minha cabeça, enquanto ela ia embora para sempre, junto com a fumaça negra de seu corpo.
Eu senti um vazio dentro de mim. Observar o corpo dela se queimar aos poucos, me acalmava. Como se agora ela estivesse indo embora com o vento. Para sempre.
Eu não estava triste. Apenas me sentia vazia. Incompleta.
Esperei todos irem embora, e fiquei ali por um tempo.
Quando estava voltando dei de cara com o rapaz daquela hora. Ele se aproximou e puxou conversa:
-Meus sentimentos - Disse olhando para mim, enquanto andávamos para dentro da sociedade
-Seus sentimentos não vão a trazer de volta - Disse curta e grossa.
- Eu entendo como está se sentindo. Indignada com o destino. - Disse suspirando
-Eu não acredito na porra do destino - Disse olhando para baixo
-Mas está indignada com a vida então. Não quer aceitar a realidade. Está queimando por dentro.
Suspirei e balancei a cabeça afirmando.
-Eu vou vingar a morte dela, daquele filho da puta que a matou! - Exclamei, furiosa
- Como os meus sentimentos, isso não vai a trazer de volta.
Na hora, soube que ele era um Pacem. Senti um ódio tremendo dentro de mim.
- E a merda da sua opinião, não vai mudar as minhas ações - Disse com o tom voz elevado, e sai batendo o pé.
Entrei para o meu quarto, fiz um cappuccino, e fui tomar um banho gelado para esfriar minha cabeça. Não parava de pensar no que iria fazer com aquele pecador, e o rapaz que eu nem descobri o nome, me deixou furiosa.Olá! Espero que gostem e não se esqueçam de votar!
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Sociedade dos assassinos - Os Malum e os Pacem
Mystery / ThrillerSomos uma sociedade totalmente secreta. Quem entra aqui, não sai mais. Somos assassinos que fazem a justiça. Temos duas tribos: Os Malum e os Pacem. Os Malum não acreditam nunca em segunda chance, e não tem um pingo de piedade. Os Pacem são o contr...