Cap 10: Olhos

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Moyli narrando:

Fui até meu quarto guardar minha nova "jóia" em minha colecão. Peguei um pote, e escrevi o nome do dono daquele olho. Então ouvi o ruído da porta se abrindo lentamente. Me virei e era Alaym. Imediatamente fechei o armário de madeira antigo que eu guardava aquelas coisas. Não queria que ele visse aquilo. Ninguém sabia que eu guardava aquelas coisas, era um segredo meu. Como eu havia fechado o armário rápido um pote vazio caiu e o vidro se despedaçou no chão, cortando meu pé.

-Porra! Olha o que você fez! -Disse, e meu pé começou a sangrar, sujando o chão.

-Merda! Desculpe! -Disse assustado. Ele se aproximou de mim e me pegou no colo. Comecei a me debater, pedindo para ele me soltar.

-Calma! Se você ir andando vai machucar seu pé.

-É a segunda vez que vou para a enfermagem só nessa semana! Da próxima vez me deixe morrer!

-Você fica tão violenta quando está brava. Fica tão fofinha -disse me provocando.

-Eu não sou fofinha! Quando eu arrancar seus olhos e guardar em minha coleção, você não vai dizer isso!

-Então quer dizer que você gosta dos meus olhos? -Disse ele, dando um sorrisinho de canto.

-Talvez. -Admiti. Ele olhou em meus olhos e ficou me encarando por um tempo.

-Vai ficar me secando ou vai me ajudar? -Disse eu, deixando ele sem jeito. Ele me levou até a sala de enfermagem. A medica disse que provavelmente eu iria sentir muita dor, pois um caco de vidro tinha fincado em meu pé, e o corte feito era profundo.
Alaym segurou em minha mão. Eu não me sentia desconfortável com a situação. Não sentia nada. Olhei para o rosto dele, e pensei que um dia, talvez eu quissesse ama-lo. Mas nem se eu quissesse eu conseguiria. Nunca amei alguém de verdade. Era apenas um sentimento vazio. Gostava de me arriscar, ou ver o que poderia acontecer ao fingir amar alguém. É incrível como as pessoas são hipócritas. O amor não existe. O que existe é que você se sente bem perto daquela pessoa, mas se a pessoa parar de ser "perfeita" para você,  você deixa de "ama-la" pouco se importando com o que a outra pessoa ainda sente. 
A dor que senti foi tão grande que acabei desmaiando.
Acordei em meu quarto, com Gustavo me olhando.

-Porque Moyli? Porque você anda tanto com esse maldito cara? -Disse ele, com cara de bravo. Olhei para o meu pé quê já estava enfaixado.

-Ele fica me seguindo.

-Vou dar um jeito nele.

-Gustavo eu sei me defender sozinha!

-Porque você anda tão seca assim comigo? Porra, eu não te fiz nada! Pelo contrário, eu estou sempre do seu lado.

-Talvez eu não confie em você,  Gustavo! -Disse, deixando ele perplexo. Ele ficou alguns segundos analisando minhas palavras.

-Talvez você não devesse confiar mesmo. -Disse Gustavo, e depois saiu do quarto, deixando uma sensação de culpa por ter tratado ele daquela forma, mais aquelas palavras dele, me fez acreditar que eu realmente não deveria confiar nele.
Me levantei para conferir se algum item da minha coleção tinha se quebrado. Me surpreendi ao perceber um pote novo. Era um olho lindo, um dos mais lindos que já vi. Era cinza, e parecia ser recente. Peguei o pote e percebi que embaixo dele havia um bilhete:

"Não pude dar os meus olhos, mais espero que goste desses. Assinado, Alaym"

Oi gente! Cap curto desculpa. Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam. Até o próximo capitulo.

Sociedade dos assassinos - Os Malum e os PacemOnde histórias criam vida. Descubra agora