Moyli narrando:
Ele retirou os dedos sujos de sangue da minha pele, e os colocou sobre sua própria boca, lambendo o sangue.
Me aproximei do seu rosto, e olhei fixamente em seus olhos, e disse:-É bom você não se aproximar mais, Alaym. - Disse de forma sarcástica seu nome, em um tom desafiador.
Sai daquele lugar com minha maleta, e fui para meu quarto. Tomei um banho rapidamente, e fui ver aqueles números aleatórios da agenda.
"6-21-1O-1"
A primeira coisa que veio a minha cabeça foram substituir os números pelo alfabeto.
Seis era f no alfabeto. Vinte e um, era u. Dez era j. E um era a.
Fuja! O que ela quis dizer com aquilo?? Fuja do que, de quem?
Folhei sua agenda, e nas últimas páginas havia a frase:Está mais perto do que você pensa.
Meu coração palpitou. O que ela estava querendo dizer com aquelas mensagens? Será que ela estava paranoica, e havia se tornado como uma psicótica esquizofrenica?
Fiquei um tempo parada pensando, totalmente confusa.
Folhei atentamente cada uma das folhas, mas não havia mais nada.
Eu não ia contar nada disso para ninguém. Vou guardar sò pra mim, ninguém precisa saber.
Havia sò uma pessoa agora, que eu gostava de conversar as vezes. O Gustavo.
Decidi ir até seu quarto para ver como estava. Ele não havia ido ver Victória. Ele era muito próximo dela, como eu.
Bati na porta e esperei. Ninguém respondeu. Bati com mais força, e recebi o silêncio novamente.-Gustavo? Gustavo, abre essa merda dessa porta!
-Eu quero ficar sozinho, Moyli! Desculpa, outra hora a gente conversa.
-Gustavo, eu não perguntei se você quer ficar sozinho, ou não, eu mandei você abrir a porta!Ouvi ele bufando vindo em direção a porta. Ele a destrancou, e eu a abri.
-Oi.. Seria uma pergunta irônica perguntar como você está.
-Seria. Estou frustrado. Por que com ela? Por que tem que ser assim?
-São perguntas sem respostas.
-Eu sò quero me vingar por ela, fazer ele sentir cada último segundo de dor! Matar aquele filho da puta!Sentei em uma poltrona que havia em seu quarto, e comecei a falar:
-Eu já comecei a torturar ele. Não aguentei esperar até amanhã. Como foi eu que queimei o corpo da Vic, será eu que cuidará do filho da puta que a matou. Mas se quiser, pode escolher a forma que quer que ele morra.
-Da forma mais lenta e dolorida.
-É claro.
Ficamos conversando por um tempo, depois decidimos sair para fora tomar um ar. Ele era mais alto que eu, magro, branco, cabelos negros lisos. Seus olhos eram azuis, como o meu. Ele era como um irmão para mim. Nós conhecíamos desde quando entramos ali. Ele foi o primeiro que falou comigo. Eu sentia confiança e segurança nele.
Ficamos em baixo de uma árvore, conversando sobre vários assuntos.
Decidi falar sobre Alaym:-Você já ouviu falar sobre um tal de Alaym, dos Pacem?
-Não, quem é esse?
-É um babaca que vem me atormentando. Parece que quer me provocar.
-Como ele é fisicamente?
-Hum, cabelo curto ondulado, moreno, e tem os olhos negros, os mais profundos que já vi..
-"os mais profundos que já vi" - Disse, zoando com a minha cara. -Ta apaixonadinha ta? - Completou dando risada
-Eu?! Apaixonada por um Pacem babaca? Nunca!
-Huum sei sim
-Vai se ferrar vai, Gustavo!
-Tem um carinha te observando lá longe, tem as mesmas descrições que você deu.
-Não pode ser.. -olhei para trás, e era ele. Mas que merda. Estava olhando fixamente para mim. Dessa vez estava mais sério que o normal. O encarei com um olhar de raiva, e me virei.-Me abraça
-Que?
-To falando pra você me abraçar, Gustavo! Coloca o braço nos meus ombros.
-Ta tentando provocar ele?
-Talvez.
-É sério isso?
-Quem sabe isso afasta ele!Gustavo revirou os olhos, mas fez o que eu pedi. Me senti desconfortável, mais acho que isso pode afastar um pouco o babaca do Alaym.
Depois de um tempo, voltei ao meu quarto, e pensei em revirar os livros que Vic tinha me dado. Balancei eles, e de apenas um havia um papel que estava entre as páginas. Pareciam códigos binários:
000000000000011000000000000001
0010000000000000010000000000000100000100000000100001Olá! Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar! Abraço!
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Sociedade dos assassinos - Os Malum e os Pacem
Mystery / ThrillerSomos uma sociedade totalmente secreta. Quem entra aqui, não sai mais. Somos assassinos que fazem a justiça. Temos duas tribos: Os Malum e os Pacem. Os Malum não acreditam nunca em segunda chance, e não tem um pingo de piedade. Os Pacem são o contr...