Cap 6: Adeus

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Sófia narrando:

-Você não viu nada. - Disse, séria olhando para o meu desenho no chão.

-Quer dizer que você pensa em suicídio? - Disse ele provocativo como sempre.

-Eu penso em várias coisas. Mas não vou me matar. Não tão cedo. - Disse e me surpreendi com minhas próprias palavras. Pelo jeito Alaym também, pois parecia surpreso.

-Nossa. Pela primeira vez você falou normal comigo, e abertamente dessa forma. -Disse com a mesma Expressão que eu.

-Estou assustada com minhas próprias palavras. Acho que acabei pensando alto demais.

-Você parece meio cabisbaixa. O que aconteceu?

-Eu não estou cabisbaixa nem triste, sò estou pensando! Que droga!

-Ok, ok desculpe. Parece que você está querendo se proteger de algo o tempo todo, sempre na defensiva. Por que é assim? Só quero conversar.

-Por que você fica enchendo meu saco e querendo conversar comigo? Somos totalmente diferentes, sò de olhar para sua cara já tenho vontade de cravar uma faca em você! -Disse e sai de perto dele.

No dia seguinte, acordei cedo e logo fui para o primeiro andar fazer o ritual de juramento. E descobrir se o novo membro havia passado nos testes.

-Olá meus queridos assassinos. -Disse o Regem, que sempre parecia orgulhoso de nós.
-Temos um novo membro. Comprimentem o André Puccel! Novo membro dos Malum. - Tanto o Regem como esse tal de André pareciam orgulhosos. André observava todos, com um olhar superior. Ele era muito branco e pálido. Gostaria muito de ver sua pele suja de sangue. Suas mãos nem pareciam de um assassino. Pareciam de porcelana de tão delicadas e brancas. Ele olhava atentamente para cada pessoa, parecendo analisar cada detalhe daqueles diversos rostos. Até que seu olhar parou sobre mim. O encarei, e levantei uma sobrancelha. Ele fez o mesmo. Pelo jeito sua marca havia sido embaixo dos olhos, pois o lugar estava coberto com gazes.
Era hora de começar o juramento. Todos levantaram a mão esquerda e com a direita seguraram sua faca. Então em sincronia todos começaram a falar:

-Eu juro, pela minha vida e pela minha morte, pelos que amo e pelos que eu odeio, pela tortura e pelo prazer, ser um membro fiel da sociedade, até o último dia da minha vida. -Depois de dizer isso, colocavamos nossa faca sobre a palma de nossas mão, e fazíamos um corte diagonal. Depois jogávamos álcool e enfaixavamos nossa mão. Cada mês fazíamos isso em uma mão para a outra ter um tempo maior de cicatrização.

Depois que o ritual se finalizou, ele veio falar comigo.

-Olá minha torturadora. -Disse mexendo em seus cabelos lisos que iam até o ombro.

-Bem vindo a sociedade, novo torturador. - Disse dando ênfase ao dizer torturador.

Vi Gustavo observando a cena, e lembrei que tinha algo importante a dizer para ele.

-Até logo, novato.

Fui em direção de Gustavo , enquanto ele ainda me observava.

-Que cena mais fofa que acabei de ver em? - Disse Gustavo, brincando com a minha cara.
-Ah vai cagar, seu babaca! - Disse, dando risada
-O que tu queres? - Gustavo sempre falava assim quando queria me irritar.
-Eu fui ver o filho da puta que matou a Vic está madrugada, e o estado dele está horrível. Acho que ele tem imunidade baixa ou algo do tipo, por que está quase morrendo. Achei que seria mais resistente. E se ele morrer sem sofrer o tanto que deveria, eu vou me culpar pelo resto da minha vida, então é melhor acabarmos com isso hoje. E eu gostaria que você participasse. -Disse e ele ficou boquiaberto.
-Mas eu não posso! -Normalmente era proibido duas pessoas matarem juntas.

-Eu conversei com o Regem, e ele autorizou.

-Certeza? Não sei se quero...

-Você está de brincadeira comigo??? Por que não quer se vingar daquele babaca? O que deu em você?? -Disse indignada.

-Ok, me desculpe, não sei o que se passou na minha cabeça. Sò estou confuso.

-Então vamos logo. Eu quero acabar com ele agora. -Falei autoritária.

Fomos até a sala, e ele estava pior do que eu havia descrevido. O cheiro estava horrível, e ele até parecia morto. Gustavo parecia apreensivo e nervoso.

-Como você quer fazer isso? - perguntou Gustavo

-Com o método da Serra. -Eu disse, e ele afirmou sério com a cabeça.

Fiz o pegador engolir a própria carne, e ele quase vomitou. Suas olheiras estavam tão profundas a ponto de assustar. Seus olhos mal conseguiam a abrir.
Tirei a faixa de sua boca, e então se esforçando muito, ele ergueu a cabeça, e avistou Gustavo atrás de mim. Ele arregalou os olhos e abriu a boca.

-Foi ele! Ele que me..-Disse e Gustavo logo o interrompeu dando um soco em seu rosto.

-Seu desgraçado! - Gustavo gritou.

-Ei! O que você ia falar? Foi ele que o que? -O pecador abriu a boca para dizer algo, mas Gustavo o interrompeu novamente.

-Ele está pirando, Moyli! Não de atenção ao que ele diz! - Gustavo disse exaltado, e concordei com ele. Nada que aquele homem diria seria veridico.

Peguei um pote grande e coloquei abaixo de seus dois pés. Tirei as faixas ensanguentadas, e coloquei acido sulfúrico em seus pés. Ele gritava o máximo que podia, apesar de não estar mais gritando igual antes, por estar sem forças. Eu e Gustavo começamos a dar risada juntos. Observamos aquela cena, e escutavamos aqueles gritos, era como se aquilo nos completasse.
Peguei uma faca, e ranquei toda a pele superficial de seu joelho.
Depois deixei Gustavo se vingar um pouco. Gustavo gostava de usar as próprias mãos como armas, para descarregar o ódio.
Quando Gustavo terminou, decidi que seria a hora. Pois eu estava me retorcendo de ansiedade para acabar com aquele cara maldito.
Eu e Gustavo o amarramos de cabeça para baixo, e tiramos toda sua roupa. Pegamos uma Serra Grande. Ele segurava de um lado e eu de outro. O pecador não parava de gritar por ajuda. Dei um chute em sua boca. Eu e Gustavo nós olhamos, e contamos até três. Então comecamos a cortar aquele corpo. O sangue jorrava em nossos rostos, e nós davamos risada como dois psicóticos. Pareciam duas crianças saboreando seu doce favorito.
Aquele método era um dos meus favoritos, pois cortava a vítima desde suas partes genitais até sua cabeça. E em grande parte do tempo, ele sentia tudo, enquanto o sangue descia por sua cabeça.
Então quando ja estava dividido até a altura da barriga, mais ou menos, decidi que ia botar fogo nele. Ia acabar com o restante de sua vida de uma das formas mais angustiantes ainda. Gustavo apenas concordou com aquilo.
Joguei álcool em seu corpo, e peguei uma caixa de fósforo. Acendi um fósforo enquanto escutava seus gritos apavorados de dor. Olhei pela última vez para seu corpo, e disse:

-Adeus Edson Ferraz. - E joguei o fósforo sobre seu corpo. Sai dali logo, pois apenas queria deixar aquilo em meu passado o quanto antes possível. Quando segui meu caminho, parecia que ainda conseguia sentir seus olhos me observando. Era doideira da minha cabeça, é claro.
Tomei um banho, e fui ao quarto de Vic.
-Oi. Onde quer que você esteja, saiba que ela está morto. Eu e Gustavo acabamos com ele. Pra ser sincera, fui mais eu que o fiz sofrer, é claro. -Disse me gabando. - Então, adeus Vic -Então, quando disse isso, o único quadro da parede dela, feito por ela mesma, caiu. O vidro se despedaçou no chão. Peguei o quadro, e percebi que atrás dele havia algo escrito com números:

15 - 20 - 19 - 15 - 16 - 15

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Abraço!

Sociedade dos assassinos - Os Malum e os PacemOnde histórias criam vida. Descubra agora