Missão em Nova York

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Cailin saiu de seu ponto de início, hesitante, notava que já estava começando a escurecer, e se a noite chegasse, ficaria mais difícil achar seu oponente, passou com cuidado pela caverna a sua direita, e não notando ninguém, andou em direção à ponte com cuidado, ao perceber movimento abaixo dela, notou que seu oponente passava por baixo da ponte, esgueirou-se pelo buraco, e caindo por trás do homem, disferiu um corte em suas costas deixando-o sangrando.

- Maldita! – exclamou o homem se virando para ela que o olhava com firmeza.

O homem correu na direção dela, que fez o mesmo, deslizando logo em seguida por baixo de suas pernas. A morena o agarrou por trás e derrubando-o, esfaqueou o homem sem hesitação, o sangue que jorrava em seu rosto não a atrapalhava para terminar o ato. De repente Cailin se estatiza, fica olhando o que acabara de acontecer em sua frente.

O corpo do homem desapareceu? Pensou. Até o momento, para ela, era algo considerado impossível, mas como se tratava de uma realidade virtual era melhor não questionar.

Mais tarde Cailin voltou a Ryan, seu instrutor, e relatou o que havia acontecido. Ryan explicou que por se tratar de uma realidade virtual os sobreviventes só deveriam se preocupar com suas vidas quando lutassem com os zumbis. Explicou que os zumbis podem sofrer mutação de acordo com o tempo, o que fez Cailin se preocupar e perceber que sabia muito pouco sobre a era na qual vivia.

Mas não era hora de questionar a realidade, as pessoas da vila estavam começando a cobrar mais de Cailin a medida que a menina se fortalecia, certo dia ela patrulhava um local ao sul da cidade. Era um lugar perigoso que já fez partes de uma das maiores cidades do mundo, Nova York. Agora estava abandonado de forma assustadora, Cailin empunhava sua Sub Machine quando ouve passos pesados vindo em sua direção. A morena caminhou por entre os prédios, ouvindo os passos pesados passarem lentamente. Chegando a um prédio de não mais que cinco andares, subiu rapidamente as escadas e observou. Estática, encarava o monstro na rua. Era um humanoide indescritível, com dois metros e meio de altura, forte, carregava consigo um lança foguetes, não havia percebido sua presença. Ao longe Cailin viu aquele menino que havia encontrado meses antes, ele corria de um grupo de agentes da AAC, armados até os dentes. O menino sorriu quando avistou o monstro, sacou uma Shotgun e disparou contra suas costas. A criatura urrou e virou-se para trás apontando o lança foguetes para ele e disparando, o moreno saltou para o lado escondendo-se atrás de um prédio a tempo do tiro atingir uma parte do grupo da AAC, os que sobraram atiravam no monstro, enquanto ele corria em direção ao prédio que Cailin se encontrava.

- O que faz aqui? – perguntou ela num tom de crítica.

- Eu estava caçando aquele Shellper, quando fui encontrado por aquele grupo.

- Então isso é um Shellper?

- Exato, é um monstro modificado pela ação do tempo, porta consigo um lança-foguetes e é extremamente forte.

O Shellper tentava atacar os agentes, mas era lento demais para a velocidade deles.

- Tenho uma ideia. – disse ele sacando uma Sniper – Pega o Rifle e mira no cara da esquerda, e quando eu disser já, você atira.

Um pouco hesitante, Cailin aceitou. Deslizou a mão pelo Rifle em suas costas e apontou para o homem da direita enquanto o moreno apontava para o da direita, Cailin se concentrou e esperou até que seu parceiro estivesse pronto, ele sacou a Sniper e mirou direto no homem que atirava concentradamente no Shellper pela esquerda. Os dois ficaram sem silencio por um momento até que a paz se quebrou ao som da voz do menino:

- Fogo!

Cailin puxou o gatilho e os tiros atingiram em cheio a perna do homem, supostamente Cailin mirara na cabeça, porém seu nervosismo e os movimentos do agente a fizera errar o alvo. Já o único tiro do moreno atingiu a cabeça do agente da direita, que bateu contra a parede do prédio, silenciado.

O Shellper se virou para o homem ferido na perna, que estava no chão se preocupando com a dor, e com um disparo, explodiu o corpo do que era, há poucos segundos, um agente da AAC.

O Shellper se virou para a direção deles e apontou o lança-foguetes.

- Fodeu.

Cailin e o moreno correram pelo telhado, na direção de um prédio próximo, os dois saltaram com precisão e caíram rolando no telhado do prédio vizinho ao que fora atirado. O Disparo não era poderoso o suficiente para derrubar o edifício em que estavam, mas foi feito um estrago bom.

- Tem alguma ideia, de como destruir esse cara? – perguntou Cailin.

- Uma, mas é arriscada – respondeu o garoto – Confia em mim?

- Nem um pouco.

- Ótimo, fica com minha Shotgun, e me empreste seu rifle. – Disse o garoto pegando uma corda que encontrara momentos antes de se deparar com Cailin – A propósito, meu nome é Devon.

- Prazer, mas qual é sua ideia?

Devon contou sua ideia a Cailin, ele mencionara que não tinha certeza se daria certo, mas seria impossível derrotar o Shellper nas condições em que os dois se encontravam.

- Você só pode ser louco, – disse a menina em meio a um sorriso sarcástico – mas eu gostei da ideia.

Cinco minutos depois, o Shellper circulava mais calmamente, Cailin e Devon voltaram para o prédio anterior, Devon amarrara a corda que achara numa viga que sustentava o edifício recém destruído, e amarrara a outra ponta em volta de Cailin, ele apontava o rifle para o Shellper de um lado, enquanto Cailin aguardava em outro.

- Pronta? – dizia sorrindo para a menina.

Ela assentiu receosa.

- Vá.

Cailin pegou impulso na direção da beira do prédio, e sacando a Shotgun, saltou. Devon atirou no Shellper pelo lado esquerdo, o monstro virou-se para ele e mirou. A menina caia silenciosamente, pairando com velocidade pelo ar silencioso da ex-Nova York. A criatura tentava acertar um tiro em Devon em varias tentativas falhas, ao perceber a aproximação da menina o monstro se virou e apontou o lança foguetes para a direção da morena.

Tarde demais.

Cailin havia chegado perto o suficiente para apontar a Shotgun na cabeça do monstro e apertar o gatilho bem em frente à cara deformada da criatura, o tiro ecoou pelas ruas, deveria ter chamado a atenção de outros zumbis por ali por perto. Mas a preocupação do momento era o Shellper que havia caído silenciado no asfalto quente num dia de verão.

Ofegante, Cailin desceu da corda e entregou a Shotgun para Devon, que devolveu seu Rifle. Os dois sorriram um para o outro num momento passageiro de felicidade.

Realmente passageiro.

De repente, um grupo de agentes da AAC apareceu na frente deles, apontando suas armas para os dois, ordenando para que os dois ficassem parados. Seria esse o fim?

Não graças aos os dois semblantes que derrubaram dois dos agentes que os apontavam com facadas nas costas, um casal, também usando uniformes da CFA, portando Shields, pistolas com escudos, e Miniguns. A menina era loira e tinha olhos verdes, os cabelos longos sendo levados pelo vento enquanto esfaqueava o agente da AAC. O homem era moreno e tinha olhos azuis, cabelos curtos e porte físico considerável, era rápido e astuto, sua faca deslizava pela garganta do inimigo. Os dois pareciam ter por volta de vinte anos e não pareciam brincar enquanto lutavam, mas se divertiam em meio a um sadismo nato.

- Estão esperando serem convidados a nos ajudar? – a menina perguntou, sua voz era intimidadora, com um toque de mistério.

Devon sacou a Sniper e derrubou um agente que vinha ao longe, Cailin deslizou a faca contra um morto vivo que vinha atrás deles, ao notar a horda que se aproximava, Cailin apontou o rifle para trás e começou os disparos, os outros três fizeram o mesmo por segundos até o chão ceder e os quatro caírem numa estação de metrô abandonada de Nova York, ao levantarem, notaram os trilhos, junto com os bancos e lojas abandonados junto a um fedor podre que exalava dos túneis, ainda era possível ouvir disparos vindos da superfície, o que indicava que os agentes ainda estavam vivos.

Cailin virou-se na direção do túnel e arregalou os olhos com a visão que estava tendo, os outros tentavam achar alguma coisa naquele lugar onde a luz do sol mal batia.

- Essa não...

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The Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora