(SEM REVISÃO)
Aurora
Quando acordei do sono pesado que tive ainda no galpão onde Luan havia me deixado,eu estava em um lugar completamente diferente,deitada em uma cama com o colchão fino e muito duro,olhei ao redor e notei que as paredes estavam pintadas de um branco amarelado e o mofo ocupava o lugar do papel de parede. Era uma quarto desorganizado,onde ao meu lado havia uma outra cama que parecia que também tinha sido ocupada,por seus lenções estarem bagunçados.
Ouvir um baque, vindo da porta a fora,que me assustou e em seguida uma voz desconhecida.Eu estava descoberta pelos lenções e pelo meu vestido,eu estava usando uma camisa vermelha grande,não o suficiente para cobrir a metade das minhas coxas.
Fleches da noite passada tomaram conta da minha mente causando-me desconforto.Lembro-me que estava toda suja por ter caído em uma poça de lama e agora eu estava limpa e perfumada...perfumada com loção masculina barata.
— Luan,preciso falar com você. — Fiquei imóvel ao escutar Amarildo.
Ainda deitada na cama,sozinha no quarto,e ainda dolorida nas pernas,escutei mais passos do outro lado da porta.Eu não sabia onde eu estava,mas sabia que Luan e Amarildo estavam por perto.
Decidida a tomar parte da situação,levantei da cama com um pouco de dificuldade e fui até a porta,abrir uma fresta a tempo de vê os dois se encarando,como se estivessem prontos para disputar o território como dois animais.
postura de babacas
— Eu já sei muito bem sobre o que você quer falar,a resposta é: não quero ouvir.
— Não seja imaturo. — Amarildo estava inquieto enquanto Luan apreciava sua normalidade e sarcasmo como se não estivesse ninguém a falar com ele. — Quero que me dê as armas,você não tinha o direito. — O pai rugiu para o filho.
— Não vou te dá coisa nenhuma. — Luan era firme na sua decisão.Pelo o pouco que eu havia conhecido dele e pelo o que havia percebido; se entregar facilmente a uma disputa não era uma coisa que o estimava.
— Duas pessoas saíram daqui feridas,vitimas de balas...
— Nenhuma das duas eram inocentes que saíram de suas casas do meio da noite com medo de serem queimados vivos,dentro da sua própria casa.
A situação era mais grave o possível,e mesmo sabendo disso meu pai havia me deixado aqui a merecer da morte.
— Eu vou ter que avisá-lo,ele não vai gostar nada disso,ele pode te colocar pra fora.Livre-se disso Luan.
— Foda-se o que ele pensa,colocou a própria filha em risco ,se não fosse por eu...Merda. — Pela primeira vez o vi tão perturbado.
Amarildo tinha que avisar o meu pai,talvez se ele soubesse do acontecido ele poderia voltar para me buscar.Era mais uma esperança.
— Se o contatar eu vou embora e levo minha mãe e a Bruna junto.Não vou sair e deixa-las aqui com suas vidas em risco dependendo de uma merda de cerca elétrica.Estou avisando. — Amarildo parecia transtornado,eu sabia que ele não suportava ideia de ficar longe da família.
Aquilo me doeu na alma,ao contrario do meu pai ele amava a família e a tinha como prioridade.Ao fazer as vontades de meu pai ele estava os perdendo aos poucos.
Assim como Augusto Matthaus fazia com a família dele.
Por mais que isso me doesse,pelo meu pai,eu não poderia fazer nada.Eu só queria ir para casa e esquecer tudo isso.
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Morena proibida - Laçada em oito segundos
FanfictionUm lugar distante e esquecido pela modernidade,Seriama, cidade localizada no centre-oste do país,era onde um veterano em montaria de touro vivia repleto de sonhos e autoridade.O lugar era pequeno e rodeado de mato,sonho de qualquer caipira que preza...