Aposta - Parte II

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(SEM REVISÃO)

Mais do que os outros peões,Luan demorava a autorizar para que abrissem o portãozinho para que o touro saísse pulando.Bruna ao meu lado começava a ficar impaciente.Pelo calor meu corpo começa a coçar e eu a sofrer por antecipação.

  — Ele não vai consegui. —  Disse Lucas apreensivo,que até então não estava ao nosso lado.

  —  Também acho,tem muito tempo que não mont...—  Antes mesmo de Bruna terminar de falar o portão foi aberto bruscamente pelo animal enfurecido.Lucas saiu disparado para dentro da pequena arena enquanto Bruna gritada em choque.

Apesar de todo o desespero das pessoas pela saída dele ter sido brusca,Luan se manteve firme em cima do animal,que pulava para todos os lados de maneira diferente, sacudindo o corpo do peão como se fosse a coisa mais leve do mundo.Luan era grande e pesado,em cima do animal não parecia nada daquele homem imponente que ele demostrava ser.

  —  Acabou.  —  Bruna gritou em pleno os pulmões.

Ela entrou no cercado com o animal ainda dentro gritando algo indecifrável a Luan,que segundos depois pulou do animal em livre e espontânea vontade.Não estava entendo mais nada.Os peões levaram o animal para o cercado e depois foram até Luan,que estava com Bruna agarrada em seus braços,eles os cumprimentaram e só então me caiu a ficha que ele era o vencedor.

Fiquei parada no mesmo lugar,sem entender a didática daquela competição.Ele mal havia montado no touro que já havia ganhado.

—  Isso é roubo,quero meu dinheiro de volta. —  Falei me aproximando. —  Ele ficou muito pouco tempo em cima do animal,até eu conseguiria. — Eu estava debochando da situação,nunca nem chegaria perto daquele bicho.

  — Aurora,oito segundos,lembra ? —  Lembro! Ela havia falado isso.

—  Isso é injusto,é muito pouco tempo. —  Odiava ter que está errada e ser uma perdedora.Isso não era bem visto na família "Matthaus".

— Em oito segundos tudo pode acontecer...—  Luan se intrometeu com um olhar obscuro.

Aceitei que eu havia perdido e dei o assunto por encerrado.Voltei para casa com a derrota nas costas,precisava pensar em outra coisa para fazer Bruna me emprestar o carro.

—  Não achou a Bruna?  —  Encontrei Marizete na varanda,ela varria aquele chão pelo menos umas duas vezes no dia.Não sabia como suportava.Não fiz a menção de responder,afinal a mesma apareceu instante depois. 

  — Aurora,o que acha de mantermos o combinado,o carro pela roupa? —  A ideia de emprestar uma das minhas roupas pra ela estragar era perturbadora,mas eu precisava do carro,precisava saber se tinha dinheiro o suficiente para fugir.Então nem pensei duas vezes e topei.

—  Deixem o passeio para amanhã,o Luan tem folga ,deve sair,assim ele não implica.   — Quando as coisas começavam a ficar do jeito planejado,puf...Tudo ia por água a baixo.Bruna concordou,e eu para não ter que dá com as fuças de Luan,concordei também.

Eu estava inquieta e com muita coceira por conta do calor infernal,decidi ir para o meu quarto para tomar o segundo banho só essa manhã.Só quando tirei a roupa me dei conta do quão grave estava o meu corpo com a coceira,haviam caroços e estava muito avermelhado.Me desesperei e corri para de baixo do chuveiro,que quando abrir não caiu uma gota de água.

Droga.Merda.Inferno...

Sai do quarto enrolada em uma toalha para ir atrás de Marizete,que gargalhava tão alto na cozinha que das escadas se escutava.

Morena proibida - Laçada em oito segundosOnde histórias criam vida. Descubra agora