Não deu menos de 2 meses meu pai já tinha voltado para casa.
Foi quando eu conheci uma pessoa virtualmente, ele entendia meu lado filosófico, amava minhas poesias, e aceitava minha doença. Eu estava completamente apaixonada, pela primeira vez na vida, sonhava com ele todas as noites. Até que um dia ele sumiu.
Com a volta do meu pai a primeira atitude dele foi me matricular em uma escola diferente, eu não era conhecida, foi até que fiz o melhor amigo de minha vida, finalmente tudo dava certo, eu era bonita magra, me descobria como mulher, tinha amigos, até o dia em que eu procurei o Jorge, o meu amor virtual, ele namorava, e deixando claro para mim disse: "Eu realmente não a amo, mas é o meio de esquecer você, porque realmente seria impossível algo".Em casa sempre tinha muitas cordas, então amarrei em meu pescoço e me joguei, enquanto o ar saia de mim, cada suspiro, uma dor. Minha garganta queimava, meu olhos saiam água, a visão ficava turva, o mundo acabava, minha vida se esvaia, foi quando ouvi um grito do meu pai, ele me pegou e desamarrou a corda do meu pescoço e me abraçou enquanto chorava. Eu entrei para dentro de casa e meu pai chorando saiu de casa. Ele foi avisar a minha avó do que eu tinha feito, ao contar para meu avô ele segurou seu peito, ele teve um infarte e a culpa tinha sido minha, meu pai me buscou em casa gritando muito comigo, a culpa era minha, eu matei meu herói, eu matei o homem que me fez mulher, eu desmontei uma família, meu avô no quarto de operação pediu para me ver, passou a mão no meu pescoço marcado pela corda alisou meus cabelos e deixou cair uma lágrima. Eu segurei sua mão firmemente contra meu rosto, chorei e pedi perdão, perdão, perdão. Era tudo que saia da minha boca, eu me humilhava, logo eu sempre tão orgulhosa, talvez meu orgulho tivesse quebrado junto ao espelho.
Uma amiga minha que odiava o Jorge foi contar o que eu tinha feito por culpa dele, e ele disse: "Pelo menos não tenho que fingir que me importo." E tudo perdia o sentido, talvez ele nunca estivesse presente.
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A Colina Da Pequena Rosa
RandomEra uma rosa qualquer Uma que conta sua história Você vai conhecer suas pétalas, mas vai também conhecer seus espinhos