O MURCHAR DA ROSA

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Tudo tinha gosto ruim, tudo dava errado novamente, para mim parecia que Deus me usava como marioneté, eu era o entreterimento dele, meu fracasso o satisfazia. Minha mãe traia meu pai, meu pai também traia minha mãe, só que a amante dele não era uma qualquer, a amante dele era da sua família, sua tia, ela tinha um fetiche pelo meu pai desde quando ele era criança, ela tinha prazer em pegar ele em seu colo, sua paixão era desde a infância, ela era muito rica, seu marido era envolvido com o crime. Foi então que ela fez uma proposta para meus pais: Eu pago para ele uma quantia valorosa e ele dorme comigo." Não pensaram duas vezes em aceitar.

         Esse relacionamento levantou suspeitas no marido dela, ele estava nervoso, o dinheiro dele sumia calorosamente, sua esposa também. Com o dinheiro que ela fornecia para meu pai ele começou um novo negócio, uma academia, ele sempre foi apaixonado pelo próprio corpo. Ao criar a academia minha mãe recebeu uma notícia de que meu pai teria passado 90% da academia para o nome da sua amante, minha mãe ficaria sem nada, e logo o escândalo apareceria. Ela pegou o carro e foi para lá, começou a gritar que tinha sido traída e começou a quebrar todo estabelecimento, meu pai pegou suas malas e fechou a academia, ele foi embora com a sua amante. O ex marido dela estava furioso, todas suas suspeitas eram verdades, minha mãe pegou o telefone dele e os dois começaram a ter um caso, dia após dia os dois saiam juntos, ele enchia minha mãe de presentes. Em uma manhã em que ele telefonava para minha mãe eu ouvi a conversa, os dois tinham feito uma emboscada para meu pai, eu como filha sai louca para avisa-lo, deu tudo certo, não pegaram meu pai.

       Minha mãe chegou nervosa, xingava e gritava, ela me segurou pelo cabelo e disse: "Como sempre estragando tudo não é?!" Eu não chorei, me dirigi ao quarto. Quando chegou às férias fui passa-las com meu pai. Minha nova madrasta é um tanto quanto psicopata, racista, homofóbica. Ela sentia ciúmes dos meus abraços e chamegos com meu pai.
       Saímos para o mercado, meu pai desceu do carro para abrir o portão, assim que ele desceu apareceu um homem com um revólver apontado para a cabeça do meu pai, meu pai também andava armado, minha madrasta pegou debaixo do banco a arma apontou para ele e disse:"quem mata morre?" Então o homem soltou meu pai e fomos para uma roça. Deu o dia de meu pai nos devolver. Eu sabia que ela estaria muito nervosa. Assim que eu entrei minha mãe me segurou pelo pescoço contra a parede. Um ódio imenso me tomou e me encheu de prazer, aquela maníaca podre, colocaria a mão em mim de novo? Não... chega... eu dei chute na boca dela então ela caiu, assim que ela caiu segurei as mãos dela e disse:" eu nunca tive ódio de você por nada agora chegou sua vez." Comecei a relembrar tudo o que ela avia feito em voz alta e ela começou a chorar, chorava muito, eu abaixei meu rosto perto do dela, ela olhou bem nos meus olhos, ela pode sentir minha dor, eu a soltei ela levantou me abraçou, gritava, pedia perdão. Eu levantei firme, ela se ajoelhou nos meus pés e chorou.

        0:30 a campainha toca, era a polícia, nossa briga não ficou somente entre nós, pelo visto os vizinhos estavam bem cientes. Esperei as viaturas irem embora olhei para minha mãe e disse: "acabou, agora faça suas malas e saia daqui." Três da manhã estávamos na rodovia, recebemos uma ligação, era meu pai nos ameaçando, logo depois, o novo amante da minha mãe, ela entrou em estado de choque, chorava, fomos para uma fazenda, vi o sol nascer, aonde eu realmente desisti de ser alguém, desisti das opiniões, desisti de mim, dela, de um tal de nós, não sei afirmar para quem lê, se isso é um fim, um ponto, uma vírgula, provavelmente continua, e de uma flor morta outras nascerão.

-Fim

A Colina Da Pequena RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora