Bia narrando...Assim que eu pisei em solo francês pela primeira vez, meu primeiro pensamento foi: "Meu Deus!"
O segundo foi: "Tô com fome!"
Depois veio a enxurrada de pensamentos, dúvidas e medos. O povo falava e eu mal entendia, encontrar a minha tia foi um custo.
Mas graças a Deus deu tudo certo. Pelo caminho eu tirei diversas fotos diferentes. Minha tia, como era brasileira, no começo conversou comigo em português. Mas eu pedi a ela para podermos conversar inglês, porque eu precisava praticar.
O primeiro dia na escola foi o mais difícil, a maioria dos alunos só falavam francês, eu era a barata tonta, a estrangeira. Até poder me acostumar, minha tutora me apresentou o seu sublinho, que seria o meu colega dali em diante e o pediu para se certificar que eu me daria bem naquele País.
Justin era loiro, alto e tinha aqueles olhos azuis que me deixaram assustadas. No início, pra mim, ele era apenas um bad boy mal humorado que só estava ali por obrigação.
Ou talvez o problema estava em mim, devido ao meu término inesperado, eu vinha sendo grossa com os caras, coração fechado. Mas aí, um dia, Justin simplesmente olhou pra mim e deu um sorriso relaxado, estendeu a mão e me fez uma proposta.
-Eu te apresento a um igreja. E você faz as pazes comigo.
-Eu não tenho nada com você! -rebato. Mas fico ansiosa com a esperança de poder congregar de novo.
-Só tô pedindo uma trégua. Vamos ser amigos, e aí eu te apresento algumas igrejas.
-Fechado. -estendemos a mão e com um aperto e um sorriso, celamos o acordo.
Veio até aquela nostalgia, como se eu já tivesse vivido esse momento antes, quando as lembranças me invadem, eu simplesmente bloqueio meu pensamento.
Com Justin, a gente ficava mudando, como ele também era brasileiro, uma hora falávamos francês, inglês ou português.
Mas eu deixava o português para as ligações com minha familia. Eu, Priscila e Isa trocávamos mensagem todo dia. No começo, Isa brigou comigo, me chingou e ficou brava por que o irmão estava um caco. Eu não a julguei nem por um minuto, eu também estava quebrada em mil pedaços, e eu a entendia. Se fosse com meu irmão, ou alguém da minha família, eu também iria virar uma leoa.
Mas no fundo, Isa me entendeu. Me pediu desculpas e voltamos a conversar como sempre, eu amava aquelas garotas, e os áudios de cinco minutos comprovavam isso.
Minha mãe teve que fazer whatsapp só por causa das ligações. Escutar a voz dos meus pais era um alívio, eles com certeza eram meu porto seguro.
Todas as noites, depois que orava, eu tentava não pensar no Guto e na nossa história, mas as vezes, isso era impossível. Lembrar tudo aquilo me machucava, mas orar por ele e conversar com Deus era o melhor remédio.
No culto, eu acabei conhecendo Carol, minha ruivinha linda. Através dela, eu conheci a Sam, uma loirinha cheia de curvas. Carol me proporcionou um emprego, o que me gerou uma renda.
Nos fins de semana, quando eu não estudava, eu, minha tia Judith e minha prima Sandra íamos procurar aventurar essa cidade linda.
Eu só sabia de uma coisa, Paris era realmente incrível!
Por onde eu andava, minha companhia era minha querida câmera. Quando minha tia perguntou: "Qual o primeiro lugar que você quer conhecer?" Já gritei a plenos pulmões " Torre Eiffel."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mudado em uma Aposta [ Completo ]
RomantikSegundo Livro da duologia "Mudado"❤ ------- Uma Aposta, -Fechado? -ele cospe na mão e estende, dou uma risada mas também cuspo em minha mão aceitando o desafio. -Fechado. -Tá preparada pra perder uma aposta? -ele zomba. -Ai queridinho, você não a...