35. Hospital.

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Guto narrando...

  Eu ficava me perguntando o que eu tinha na cabeça pra ter contratado aquela menina.

  Sério, eu, Gustavo Martins, mereço um troféu de idiotas. Por que eu fui contratar logo a Bia pra ser minha secretária? Que tipo de idiota contrata a ex, a garota que você amou por dias, meses, anos?

Eu sou esse tipo de idiota.

Quando peço para Cláudia avisa-la que foi contratada, eu saio para beber, se fosse em outro tempo, eu chamaria o Tiago também, mas agora ele era cristão. Eu também deveria ser, mas eu fui babaca o sufiente para deixar o mundo me levar.

  Na quarta é o primeiro dia da Bia, eu tinha acordado com ressaca e estava bem cansado, ontem no bar eu encontrei com a Claire, eu estava irritado e não queria a companhia dela, mas acabamos a noite no meu apartamento.

  De manhã, assim que acordo, eu peço para ela ir embora, eu não gostava de acordar com alguém do meu lado, eu normalmente me desfazia da pessoa no meio da noite mesmo, mas eu estava bêbado e não podia levar Claire embora e ela não quis pegar um táxi.

  Quando chego na empresa, a primeira coisa que me chama atenção é uma morena. Ela estava de costas e os cabelos cacheados caíam em suas costas, o vestido era justo ao corpo, o que evidenciava o corpão de violão.

  A segunda coisa que me chamou atenção foi a conversa que essa morena estava tendo, Eduardo claramente estava dando em cima dela. Chego para atrapalhar tudo. E, quem diria....a morena gostosa era Bia.

  Essa menina tinha mudado mesmo. Eu ainda não havia me acostumado muito ao cabelo preto. Antes de se mudar, Bia tinha o cabelo castanho avermelhado, e agora....ele era preto! Bem preto mesmo. Eu confesso que agora ela tinha mais cara de mulher, mas.....eu precisaria me acostumar com isso.

  Durante o dia eu fiquei me perguntando porque eu não tirava meu palitó e dava para ela se cubrir. Como eu era alto, ia cubrir tudo. Ou eu simplesmente pedia para ela trocar de roupa.

  A semana foi um saco, todo dia Bia chegava com uma roupa diferente, algumas bem justa ao corpo, Eduardo e todos os outros homens não mediam esforços para ficar olhando quando ela passava.

  Quando ela estava comigo, indo em reuniões e entregando relatórios, eu podia perceber que eles não tiravam os olhos dela, e eu fechava ainda mais a cara.

  Acho que os funcionários daquela empresa nunca ne viram tão arrogante e estressado, Bia percebia e na maioria das vezes recebia o meu veneno, as vezes eu via que ela engolia para não me dar uma mal resposta.

  Eu pensei que tinha superado, mas Bia continuava me deixando louco.

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  Havia um churrasco na casa de Claire no sábado e ela havia me convidado, eu fazia negócios com o pai dela, e era sempre bom manter contato. Então fui.

  Foi chato, bem chato, a mãe de Claire só falava de casamento, esperando a todo momento que eu fosse me ajoelhar e pedir a mão da filha dela em casamento. Já o pai dela só queria falar sobre negócios, ignorando o pit de sua esposa. Claire ficava com um sorriso enorme no rosto, me abastecendo de cerveja e churrasco.

Depois fomos embora, eu queria passar na casa da minha mãe, Isa andava bem triste esses últimos dias, eu sentia que estávamos bem afastados, e fiquei me perguntando se era por causa disso.

  Além delas, tinha Manu, eu gostava de ver minha pequena crescer.

   Como eu tinha ido a pé, Claire fez questão de me acompanhar até lá, ficamos passeando pela praça, até que vejo uma cachorrinha cheirando o mato. Olho para os lados e não vejo ninguém conhecido. Olho bem e como eu não vi ninguém, assobio, chamando atenção da cachorrinha, ela levanta a cabeça, olhando para os lados.

Mudado em uma Aposta [ Completo ]Onde histórias criam vida. Descubra agora