46. Hospital

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Guto narrando

  Eu estava na sala quando Priscila e Isa chega, cumprimentando seus "amores". Olho confusa pra elas.

-Cadê a Bia? -Isa sorri pra mim.

-Lá fora. Ela foi responder a mensagem da mãe dela. -me levanto.

-Vou lá -as meninas me lançam aquele sorrisinho e os cara só riem as minhas custas.

  Quando chego no portão, Vejo Bia com um olhar distante, chego perto dela preocupado.

Bia narrando...
 
-Baby.....o que aconteceu? Você está com a cara horrível. -nem consigo responde-lo, com as mãos tremendo eu o entrego meu celular.

  Ele olha confuso pro meu celular e quando vê a mensagem ele me olha com os olhos arregalados.

  E quando ele me abraça..... É como se ele estivesse segurando todo o meu conforto naqueles braços.

   Ele beija minha testa.

-Eu vou pedir o carro do Tiago emprestado, em um minuto estaremos lá. -ele volta dois minutos depois, trazendo todo o pessoal.

   As meninas vem correndo e me abraçam aflitas.

-Vai ficar tudo bem Bia, vamos te levar lá.

   Dentro do carro todos estavam conversando e eu não sentia vontade de abrir a boca, eu estava nervosa e com.... medo. Guto fez questão de ir ao meu lado, e durante todo o caminho ele manteve o braço sobre meus ombros e acariciando minhas mãos frias. Eu não tinha nem força e nem ânimo para afasta-lo de mim.

  Quando chegamos, eu sou a primeira a descer, tinha uns vizinhos na porta e antes que todos descessem a vizinha me disse que meus pais estavam no hospital e me informou que hospital era. Quando entrei no carro novamente, o silêncio era fúnebre e eu sentia uma dor enorme no peito, eu não sabia explicar porque.

    Quando nos aproximávamos do hospital, eu percebi que era a mão do Gustavo que estava gelada, e não a minha. Quando o carro parou, eu desci e esperei ele descer. Mas ele não se moveu.

-Guto...

-Eu vou ficar no carro, você se importa? -olho confusa pras meninas que fazem questão de não me olharem.

-Eu....eu...-Eu não estava preparada pra esse dar pra trás tão de repente, e Gustavo não costumava ter medo de hospitais.

-Você precisa de mim, eu vou -diz de repente, ele tenta disfarçar, mas eu percebi o leve tremor em sua voz e reparei nos olhos cheios de medo....mas de que?

  Tiago o olha surpreendido e posso perceber o olhar tenso que eles trocam.

  Ele pega em minha mão e as entrelaça, eu queria afasta-lo e voltar a ser arrogante e distante, mas....eu não conseguia.

   Gustavo levemente se encolhia em cada corredor que passávamos, a mulher deixou apenas quatro pessoas esperar na sala de espera, eu, Guto, Priscila e Tiago. Pois Isa não gostava de hospital e Miguel ficou fazendo companhia pra ela.

  Gustavo para igual uma pedra ao meu lado quando chegamos na sala de espera, ele estava tenso e levemente encolhido, e eu queria muito saber o motivo.

  Quando ergo meu olhar encontro uma mulher de cabeça abaixada sobre as coxas, como se estivesse chorando, o rabo de cavalo descendo sobre os ombros. Era minha mãe.

-Mãe -corro e ela ergue o olhar, como eu suspeitava, o rosto todo cheio d'agua. Meus olhos enchem d'agua e eu a abraço apertado.

-O que foi mãe? O que aconteceu?

Mudado em uma Aposta [ Completo ]Onde histórias criam vida. Descubra agora