4° Capitulo

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POV Dinho

Minha mãe era uma simples menina, inocente. Não sabia quase nada da vida. Sonhava em ser advogada, trabalhava pela manhã e fazia faculdade pela noite. Quando terminava sua aula ela esperava pelo "pai" dentro da escola, mas um certo dia a aula terminou mais cedo e ela decidiu voltar sozinha pra casa. Quando estava quase perto de casa, um homem parou ela na rua e deu as cantadas de pedreiro. Ela como não sabia de nada, apenas sorriu pra ele e voltou a andar, mas o cara pegou ela pelo braço e a puxou para um beco e começou a rasgar sua roupa e a estrupou.
Quando chegou em casa foi direto pro quarto, e não falou com ninguém sobre o que aconteceu.
2 meses depois, ela vomitava, sentia enjôos, dores de cabeça, e até desmaios. Seus "pais" preocupados a levaram pro hospital, e descobriram que ela estava grávida. Eles como esperado, não aceitaram a gravidez e a expulsarão de casa. Com apenas a roupa do corpo andou e acabou que parou em frente a Rocinha, um homem a viu lá e resolveu ajudar, mal sabia ela que ele era o dono da Rocinha. Logo os dois se apaixonaram e ele me assumiu como filho e herdeiro da Rocinha. Quando eu já tava com 18 anos, teve uma invasão da polícia aqui no morro e eles mataram meu pai, então eu assumi, mandei minha mãe pra morar no asfalto porque acho mais seguro pra ela.

Depois de alguns anos, eu tava no baile, tava atrás de uma gostosa, de carne nova. Enjoei das putinha daqui. Até que olhei para uma morena gata pra karaio. Hoje essa é minha, ela olhou pra mim e piscou, sorri de volta. Vô me dar bem hoje, olhei pra morena novamente e ela sumiu. Porra, cadê a garota? Olhei pra pista e achei ela, fui até ela, e a mesma continuou dançando. Caralho, assim fica difícil.
- Então novinha... Qual teu nome?
- Flávia e o seu. - respondeu me olhando.
- Kauã Eduardo, satisfação. - então ela sorriu. E com certeza foi esse sorriso que me fez apaixonar por ela.

- Kauã Eduardo? Dinho dono da Rocinha?
- Eu mermo.
- Hmm. - murmurou mas deu pra ouvir.
- Bora lá camarote? - perguntei enquanto ela rebolava a bunda no meu pau.
- Vamos. - peguei na sua mão e fomos pro camarote, ficamos um tempo lá.
- Quer ir lá pra casa. - mordi seu pescoço.
- Vamos. - sorrimos.
Fomos pra minha casa e transamos por horas.
Depois dessa noite, ficamos varias vezes.
Um ano depois começamos a namorar, e logo ela engravidou. Meu primeiro filho, meu herdeiro. Mas acabou que a grávidez não chegou ao fim.

Flashback On

Estávamos tão felizes, meu filho estava chegando. Meu menino, meu Guilherme.
Resolvi fazer um baile hoje pra comemorar. Estava sentando na cama esperando Flávia terminar de se arrumar.
- Flávia, anda logo porra.
- Ai, calma Kauã já to pronta. - saiu do banheiro, e meu Deus que mulher é essa?
- Que isso novinha ? - levantei olhando para aquela deusa.
- To bonita? - deu uma voltinha.
- Bonita? Tu ta é linda e  gostosa. - lhe dei um selinho.
- Vamos?
- Bora. - saímos do quarto e fomos pra sala de mãos dadas. Peguei a chave da minha Santa Fé, e saí de casa. Entramos no carro e coloquei pra tocar Mc Delano - Devagarinho. Logo chegamos no baile, e tava lotado. Fomos pro camarote, ficamos um tempo lá, até a Flávia ir no banheiro.
Ela tava demorando, já tinha uns 15 minutos que ela tinha saido e até agora não voltou.
- A Flávia ta demorando zé. - falei virando o resto da minha bebida.
- Drx, faz um tempo que ela saiu. - Neguinho falou.
- Vo atrás dela. - me levantei
- Vo contigo parceiro. - D2 veio atrás de mim, e logo veio a tropa.
Saí andando pela multidão, cheguei no banheiro feminino e entrei mesmo. Umas mina que tavam lá se assustaram, nem liguei.
Entrei nas três cabine lá, e quando cheguei na terceira meu coração parou na hora.
- FLÁVIA. - gritei e fui até ela.
- Qual foi cara? - perguntou Don Juan se aproximando. - Porra, quem fez isso?
- Eu sei lá caralho. - peguei Flávia no colo, a mesma tava toda machucada, parece que foi espancada.
E quem fez isso eu vo matar, se acontecer algo com meu filho ou minha mulher vai morrer.
- Corre e pega meu carro e deixa estacionado pronto lá pra mim, e não deixa ninguém sair e nem entrar no morro. - foram fazer o que mandei e sai com Flávia no meu colo, fazendo algumas pessoas olharem. - Qual foi caralho, perdeu alguma coisa aqui? - saí da quadra e botei a Flávia no banco de trás e entrei no carro. Corri pro posto aqui do morro, que é 24hrs, eguei ela no colo e vuei pra dentro. - A MINHA MULHER TA GRÁVIDA AQUI, E FOI ESPANCADA CARALHO. ATENDE LOGO AQUI PORRA. SE NINGUEM ATENDER AGORA, TODO MUNDO VAI SER DEMITIDO. - logo veio a metade do posto com uma maca e coloquei ela deitada lá e levaram ela, tentei entrar mais ninguém deixou. Os muleke chegou tudo com as mina.
Depois de 2 hora lá dentro o médico veio.
- Parentes de Flávia Vieira Rodrigues? - levantei na hora e andei até o doutor.
- Eu.
- O senhor é o que...
- Marido, para de enrolar e fala logo o que aconteceu com minha mulher e meu filho, karai. - interrompi o médico num to com paciência pra nada.
- Eu tenho uma noticia boa e uma ruim. Vou começar pela boa, a paciente teve leves fraturas pelo corpo não quebrou nada ela já esta bem. Mas a notícia ruim e que infelizmente... - parou de falar e fez um suspense.
- O buceta dá pra falar logo ou ta difícil? - irritei já com aquele médico fdp.
- Calma senhor. - tirei minha arma da cintura e apontei pra cabeça daquele velho.
- Calma o caralho, fala logo o que aconteceu ou eu vo meter um tiro na tua testa.
- Infelizmente a Srta Flávia perdeu o bebê.

Flashback Off.

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