Acordei meio tonta, ainda estava jogada no chão, minha cabeça doía e a energia já havia voltado, me levantei tentando lembrar do que tinha acontecido, olhei para a sacada e ainda estava aberta mas não tinha ninguém lá, me lembrei da criatura horripilante que eu tinha visto, quem era? O que queria? Me sentei na cama estava com uma dor de cabeça horrível, provavelmente devido a queda, mas por que eu tropecei? Olhei para o chão e havia um piso de madeira meio levantado, ajoelhei e o levantei por completo, tinha uma espécie de esconderijo secreto, dentro havia muita terra e algo enrolado num pano preto que eu não tinha ideia do que era, peguei o objeto e fechei o piso, passei a mão para tirar um pouco da terra coloquei em cima da cama e fiquei observando por um tempo, me assustei com minha mãe me chamando no andar de baixo.
— Ashley querida chegamos! — Dei um pulo da cama.
— Estou aqui em cima mãe, já desço. — Coloquei o embrulho embaixo do meu travesseiro e desci para a cozinha, meu pai ajudava minha mãe com as compras enquanto ela colocava ração para o Salem.
— Oi mãe, oi pai.— Ashley tudo bem filha? Busquei sua mãe no mercado por isso demoramos, como foi seu dia?
— Primeiro dia de aula em uma nova escola sabe como é né. — Respondi desanimada.
— Não se preocupe filha, logo você terá novos amigos. — Minha mãe disse me abraçando — Já comeu?
— Não mãe, mas comecei a ficar com fome agora.
— Vou preparar algo bem gostoso pra você querida
— Obrigada mãe, vou ficar lá em cima.
— Ok daqui a pouco te chamo.
Subi novamente para o quarto, a curiosidade estava me matando, fui ate a minha cama e peguei novamente o estranho embrulho, virei e desamarei o nó que havia, abri o pano e uma brisa gelada passou por mim, e senti algo tocar meu rosto confesso que dessa vez fiquei muito assustada. Abri a ultima dobra do pano e havia uma espécie de livro ou diário, com uma capa preta e com um L em dourado na capa. Tentei ansiosamente abrir o diário porem havia uma pequena fechadura ao lado, procurei a chave no pano que o diário estava embrulhado, mas não tinha nada, joguei o diário na parede mas a fechadura não se abria, tentei de tudo clips, grampos mas nada adiantou, fiquei decepcionada pois queria muito saber o que estava escrito nele. Joguei o diário de lado e deitei na cama olhando para o teto e fiquei pensando em como seria minha vida dali pra frente, por mais que eu demonstrasse que estava bem, eu não estava, minha vontade era de sair correndo e sumir, mas eu sabia que isso era loucura. Desci para jantar com meus pais e resolvi questionar sobre o cemitério que havia atrás da casa.
— Pai, por que tem um cemitério nos fundos da casa?
— Então filha a casa como pode ver é antiga, e muitas famílias tinham o habito de enterrar os familiares num cemitério no quintal mesmo, é estranho porem é normal, ficou com medo?
— Não pai claro que não, você sabe que não tenho medo dessas coisas, só achei meio peculiar
— Não se preocupe que ninguém vai puxar seu pé a noite. — Meu pai respondeu rindo
— Até que seria legal um novo amigo puxando o meu pé.
— Ashley querida eu sei que se sente sozinha, mas logo terá amigos e eles serão muito legais com você. — Minha mãe veio ate mim e me abraçou.
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O Diário de Lucy
HorrorUm diário Uma garota morta Um pacto mortal. Ashley muda-se para a Transilvânia devido a transferência de emprego de seu pai, o que ela não sabia é que sua vida mudaria totalmente. Logo nos primeiros dias em sua nova casa coisas estranhas começam a a...