Capítulo 30: "Go all the way "

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Louis P.O.V

Eu e Harry passamos o dia todo juntos. Um dia tranquilo. Excitante. Até que alguém bate na porta.
"Louis? Louis é o Niall"Olho para Harry que me encara, respiro fundo andando até a porta abrindo a mesma, Niall sorri mas seu sorriso vai fugindo do rosto, assim que ele vê a figura de Harry.
"Oque ele está fazendo aqui?" A voz de Niall esfria.
"É, bom, eu vou estar no quarto" Harry foge, eu tranco a porta e Niall me olha sem expressão.
"Pode me contar" Diz enquanto se senta no sofá, eu me sento na frente dele. Conto tudo do começo ao fim, Niall me olha e eu engulo em seco.
"Olha Louis, eu não concordo com isso..." Niall diz.
"Niall..." O interrompo.
"Não, Louis. Me escuta. Harry errou feio, errou mesmo, não estou aqui para julgar ele, mas Louis, você tá fazendo a mesma coisa que ele, tá traindo o Ed, um cara incrível, alguém que eu acho assim como você, não merece ser traído, não é uma boa dor" Sinto meus olhos se encherem de lágrimas recapitulando tudo, é uma dor horrível.
"Eu acho que você deveria dizer tudo a Edward, eu não vou te julgar, eu sou seu melhor amigo, melhor do que ninguém eu sei oque você sente por Harry, mas porra Louis, o cara te humilhou, você sabe o quanto é horrível, eu sei que errar é humano, mas continuar no erro é burrice" Me encolho no sofá lembrando de tudo.
"Mas Louis, eu estou com você, não concordo com isso, mas eu sempre vou estar com você, sou seu amigo, eu te digo e continuo com você, sempre" Niall beija a minha testa e sai pela porta, Harry aparece se ajoelhando na minha frente, passando a mão sobre minhas lágrimas.
"Lou, oque ouve?" Lou. Edward, eu sinto sua falta. Quando você me chamava assim. Volte.
"Harry, eu posso ficar sozinho? Eu te ligo mais tarde okay?" Digo mais calmo, Harry assente, beija meu rosto e sai pela porta, todos se vão. Me arrasto até o pequeno bazar que Edward mantinha. Edward. Despejo o whisky velho no copo de cristal, chorando, prestes a beber, desisto, não posso fazer isso assim. Corro até o celular, disco o número do amor da minha vida, seco minhas lágrimas, ele atende no terceiro toque.
"Louis?" A voz grossa do meu Edward. Ed.
"Ed? Oh Edward, sinto sua falta amor" As lágrimas correm mais calmas.
"Lou, está tudo bem, doce?" Lou. Doce. Por favor Edward, não diga isso, eu sou horrível.
"Não, não está. Edward eu sou horrível, você devia me odiar" Choro, agarro meus cabelos.
"Não, não Louis, você é incrível, eu amo você, não diga isso" Diz e eu choro mais ainda. Me odeie.
"Ed. Volta por favor" Digo e Ed suspira.
"Eu vou voltar meu amor, em um mês, eu prometo, nós vamos nos casar, teremos muitos filhos juntos, e você vai comprar muito viagra porque seremos velhinhos transões" Ed diz me fazendo rir enquanto choro.
"Ed, só você mesmo" Ele ri do outro lado, eu amo essa risada.
"Só eu mesmo, e Lou, não diga que você é horrível meu amor, eu amo você e te perdôo" Ed diz me fazendo engasgar.
"Que tal uma citação de Charles?" Eu sorrio.
"Porra, por favor" Imploro e escuto Ed limpar a garganta.
"Sua vida, é sua vida" A voz grossa de meu noivo toma meus ouvidos.
"Não deixe que ela seja esmagada pela fria submissão" A voz dele me inerte, sinto o vento bater no rosto.
"Esteja atento.Existem outros caminhos. Existe luz, em algum lugar.Pode não ser muita luz, mas, ela sempre vence a escuridão. Se você vai tentar, vá até o fim.Caso contrário, nem comece. Se vai você tentar, vá até o fim" As lágrimas escorrem dos olhos limpando a sujeira da mente.
"Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes, empregos. E talvez sua mente. Vá até o fim" Eu não conseguiria sorrir em um mundo onde Edward não estivesse lá, lá fora pra mim.
"Isso pode significar ficar sem comer por 3 ou 4 dias. Isso pode significar passar frio num banco da praça. Pode significar cadeia. Pode significar menosprezo, insultos, isolamento. Isolamento, é o presente. Todos os outros são um teste a sua resistência, do quanto você realmente quer fazer isso. E você fará." As vezes eu realmente não consigo, mas a voz de Edward, e as palavras de Charles tornam tudo melhor.
"Apesar da rejeição, e dos piores infortúnios. É isso será melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar. Se você vai tentar, vá até o fim. Não há outro sentimento como este. Você ficará sozinho, com os Deuses. E as noites irão flamejar como fogo." Eu queria abraçar meu noivo agora, pedir perdão, mas não consigo.
"Faça, faça, faça, faça. Até o fim, até o fim. Você cavalgarará a vida direto até a gargalhada perfeita. Essa é a única boa luta que existe. Esteja atento, os Deuses vão lhe oferecer oportunidades.Reconheçe-as, agarre-as. Você não pode vencer a morte, mas você pode vencer a morte durante a vida" Sorrio, as lágrimas já secas no rosto, o vento da jenela, tudo me lembra, lar, Edward.
"E quando mais você aprender a fazer isso, mas luz vai existir. Sua vida é sua vida. Conheça-a enquanto ela ainda é sua. Você é fabuloso. Os Deuses esperam para se deliciarem em você." Depois que a voz do meu noivo se encerra eu abro os olhos.
"Ed, porque esse poema?" Pergunto e eu quase vejo meio noivo sorrindo do outro lado.
"Pela primeira vez, talvez eu não saiba o porquê, talvez seja mais alguma coisa da vida" Ele diz calmamente do outro lado.
"Eu sinto tanto a sua falta" Digo enfiando meu rosto no lençol amarelo, não percebi o momento em que cheguei no quarto, só sei que estou aqui, procurando rostos no teto e tem um copo vazio de whisky velho na cômoda escura.
"Eu também, amor. Quero chegar aí, te levar em um café, ver a chuva pela sacada, te beijar de novo, e perguntar sobre o que a vida aprontou dessa vez" Edward sussurra e eu esfrego o lençol amarelo no rosto sentido a seda fria esquentar com minhas lágrimas.
"Eu amo tanto você, Edward" Digo e ele respira fundo.
"Eu também amo você, mais do que você possa imaginar".

Say something [M.preg] l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora