Meu Colega de Quarto

Festa às Escondidas

Antes de vestir o meu vestido, as meninas me colocaram para sentar, elas iam me maquiar. Eu estava com um pouquinho de receio, ao ver suas maquiagens coloridas. Quando eu me maquiava, significava só um blush nas bochechas e batom rosa claro nos labios. Mas o que eu via em suas mãos eram tudo que você podia imaginar que um maquiador tem. Felizmente elas me deixaram escolher alguns tons de cores. Quando elas terminaram, satisfeita, me viraram para o espelho.

Eu me surpreendi que não estava exagerado. Me passaram um blush cor de pele, batom rosa claro com um brilho labial, rimel nos cilios e ainda tiraram minha sobrancelha, e nem demorou tanto. Elas ja estavam maquiadas e só precisariamos nos vestir e ir pra festa.

A Bia vestiu seu vestido vinho e calçou um salto alto vermelho, ela era um pouco mais baixa que eu, e eu não era tão alta assim. Ela ficou praticamente do meu tamanho quando eu calcei meu salto pequeno. A Mara tambem vestiu seu vestido azul turquesa que escolhi para ela e seu salto alto era azul escuro, e ela ficou mais alta do que normalmente é. A Juliana vestiu uma calça jeans que comprou e uma blusa de alcinha, sua pele ainda mais palida realçava suas tatuagens coloridas no braço. Todas elas estavam lindas, talvez até eu. Quando terminamos, ja eram 8:55.

Tivemos que esperar pelo namorado da Mara e enquanto isso conversamos sobre as nossas familias. Eu contei que tinha alem de pais, um irmão mais novo. E me lembrei que ainda não tinha nem ligado para eles desde que cheguei aqui, e eles nem imaginam que eu vou para uma festa no meu segundo dia de aula, eles iam surtar. Tirei isso da minha cabeça, eu ja sou adulta e praticamente vivo por mim mesma. A Mara tinha ainda duas irmãs, todas mais velhas, uma era modelo e outra aeromoça. A Bia era filha unica e sempre reclamou de sempre estar sozinha quando criança, pois ela tambem nunca teve amigos de escola antes de Mara e Juliana. E a Juliana preferiu ficar no celular, respondendo só o basico. Ela era discreta. Ouvimos um bater na porta.

— É o Rael, vamos. — a Mara anunciou. Nos olhamos uma ultima vez no espelho e ela abriu a porta.

Um cara alto estava parado na frente da porta, ele tinha cabelos longos escuros e era de aparencia magra. Logo de primeira, vi um alargador em sua orelha. A primeira vista, pareceu não nos notar e abraço e beijou Mara na boca, depois pareceu nos ver. Ele me olhou instataneamente.

— Olá, garotas... — ele falou para nós. Confusão estampado no rosto. Mas ele sorriu, seus dentes brancos. — Acho que vou ter que guardar garotas para a festa. — ele fez um gesto de educação como um segurança e nós rimos.

— Essa é a Vitoria. Ela é nova e nossa amiga. — a Mara disse, sorrindo.

— Ah, sim. Que bom conhecer você. — ele sorriu. Ele tinha um jeito calmo de se expressar, parecia um cara legal. — eu sou Rael. Acho que ela ja me falou para você. — ele piscou para ela e para mim, brincando.

— Ha ha, é um prazer conhece-lo pessoalmente! — eu disse e nós rimos.

O local da festa era em outro predio e não era dos dormitorios, este predio era proximo ao refeitorio. Eles me falaram que era debaixo da cozinha do refeitorio e, ao verem minha cara de confusão, me explicaram que era subterraneo e um antigo deposito. Então, sem ninguem poder nos ver, tivemos que ir pela porta dos fundos da cozinha e lá teria um pequeno e estreito corredor que levaria a unica porta da escada do subterraneo.

Fizemos todo o caminho e quando chegamos a porta do subterraneo, batimos nela. Como alguem poderia nos ouvir dali? Conseguia ouvir fracamente a musica ressoar debaixo da porta e logico que ninguem conseguiria nos ouvir. Mas esperamos mesmo assim, Rael pegou seu celular e mexeu nele.

Poucos minutos depois, a porta se abriu e a musica soou alta aos meus ouvidos. Uma garota mediana de cabelos tingidos de pretos com uma bebida na mão nos atendeu. Seu rosto era de completo choque. Rael levantou as sobrancelhas para ela, como que se desculpando por trazer convidados demais. Ela suspirou e revirou os olhos, abrindo mais a porta, falou: