(COMPLETA) A MENINA DO MORRO

30: Sob todas as coisas! ✅

- Dado narrando:

Três dias depois de toda a confusão iria receber alta. Eu estava curado, gracas a Deus e ao meu filho, Enzo.

Ela já havia recebido alta, não a vi esses dias. Ela teve que cuidar do velório e enterro da Vera, já que era a única da família. Fiquei esperando o Pedro me buscar, estava impaciente. Queria ver o Daniel também. Ele iria sair hoje também. Esperei por minutos longos a Lorena e nada. Fui ate a recepção e me encaminharam pra uma enfermeira.

- O sr. é pai do Daniel? - assenti - Me acompanhe.

Ela me guiou ate a sala da assistência social, não estava entendendo.

- Sr. Eduardo. - um rapaz bem vestido me cumprimentou - Preciso falar com o sr. sobre Daniel, ele é seu filho certo? - assenti sem exitar - Pois bem, a mãe dele, teve alta juntamente com o bebê hoje de manhã, mas ela foi embora deixando o menino sozinho no quarto. Onde foi encontrado chorando por uma das enfermeiras. Enfim, ela não fez nem a certidão de nascimento dele. Então preciso saber de o sr. vai ficar com a guarda ou deixa-lo pra adoção.
- Claro que ele vai comigo, eu nunca o deixaria. A Lorena é uma louca!
- Então, assine esses papeis da certidão dele. Enquanto isso vou pedir pra busca-lo no berçário.

Fiz os tramites legais e segui ate a sala de espera. Pedro já estava lá, logo me trouxeram meu filho. A médica passou um leite especial pra RN e me deu umas dicas.

Que Deus me ajude!

Sai pra minha casa, minha esperança era uma das meninas estarem por lá, mas elas tinham ido pra casa da vó da Suelen com o Tiago, contar da gravidez.

Começou meu terror, eu e o Pedro ficamos loucos, era fralda pra trocar, banho, e a mamadeira. Daniel chorava sem parar, estava ate sem folego. Ele não tomava o leite. Acabou dormindo, acho que de cansaço. Meu celular tocou, era a Isabela.

- Oi amor..
- Oi branquinha, tudo suave ai?
- Sim. Tive muitas coisas pra resolver, papeis pra assinar. Enfim. E ai?
- To bem, mas o Daniel me deu um baile. Não quis mamar nada desde que chegamos em casa e agora dormiu.
- Cadê a Lorena?
- Deixou ele na maternidade e sumiu. As coisas dela também sumiram daqui.
- Entendi... Pera dado, ele dormiu sem.mamar? Do nada?
- Sim, porque?
- Eduardo acorda ele agora! To indo ai, ele pode ta tendo hipoglicemia.

Tentei o acordar mais nada o fazia abrir os olhos, em.meia hora a Isabela chegou. Correu pra dentro me entregando o Enzo. Ela pegou o Dan e o levou pro banheiro, tirou sua roupa o deixando só de fralda. Quando ele abriu levemente os olhos ela enfiou praticamento o peito na boca dele. O bichinho Mamou como louco, ele estava faminto. Me senti o pior pai do mundo.

- Agora ele vai ficar bem! - Isabela falou o olhando meigamente.
- Como vou cuidar dele? A Lorena não presta!
- Lembra o que você me falou? - me encarou - Amar é estar com o outro sempre. Não me importa quem deu a luz, eu vou cuidar dele como se fosse meu.

Ele colocou os dois bebes pra dormirem juntos no mesmo berço, e fomos pra sala. Eu estava com um papel do laboratório do hospital na mão.

- Que isso? - perguntou-me curiosa.
- O teste de DNA! Não tive coragem de abrir ainda. - respirei fundo.
- O que acha?
- Eu amo ele, sendo ou não do meu sangue.
- Então abre de coração tranquilo amor. Isso não vai mudar o que ele significa pra você.

Sentei ao seu lado e abri o envelope, tirei o papel de dentro e passei os olhos ate achar o resultado. Quando vi, amacei o papel nas minhas mãos e com os olhos cheios de lagrimas falei alto, mas como se fosse pra mim mesmo entender.

- Teste de paternidade, resultado: POSITIVO!

Ele era meu filho!

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