13: O começo do fim! ✅

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- Isabela narrando:

Entrei na escola assustada, Henrique ao meu lado não pronunciou uma palavra, mas eu sei que no fundo ele tava chateado por eu dizer que o filho era só meu. Mas ele tinha que me entender, eu não poderia simplesmente falar que ele era o pai de uma criança que não é dele.

Mas apesar de tudo ele parecia preocupado.

- VC ta bem Isa?
- to sim! - menti.
- certeza? - balancei a cabeca positivamente.
- OK então. Tenho que ir pra aula, qualquer coisa me chama.
- boa aula Rique, e... - o abracei apertado - obrigada por tudo! - ele sorriu e foi pra sua sala.

As horas passaram rápido, falei com a Mari pelo celular, ela contou que o Dado chegou no morro passando mal, vomitando e com dor de cabeça.
Disse também que ele estava péssimo com a minha gravidez e que achava que o meu bebe era do Henrique - melhor assim.

Naquela noite fiquei sozinha, preferi assim. Conversei tanto com o meu bebe, senti ele mexer pela primeira vez. Foi incrível.

Naquele final de semana era aniversário da Mari, ia ter uma festona no salão da comunidade. Ela insistiu tanto pra mim ir que não pude negar.

Afogada em meus pensamentos acabei dormindo.

- Dado narrando:

Eu estava no hospital ha dois dias, vários exames feitos e ninguém me falava nada. A Lorena se mostrou uma boa companheira, não saia do meu lado pra nada.

- melhorou? - ela perguntou enquanto me entregava um copo com água.
- minha cabeça não para de doer...
- quer que eu procure a enfermeira pra ti?
- quero.. - ela assentiu.

A enfermeira disse que era pra mim esperar, que a medica já viria falar comigo.

Minutos depois um senhor baixo, gorducho, de cabelos brancos e grandes óculos de grau adentrou meu quarto.

- sr. Eduardo?
- é ele mesmo. - a Lorena disse já que eu estava ocupado vomitando.
- eu sou o dr. Roberto, vou cuidar de VC de agora em diante.. Sou oncologista..
- hã? Onco? Isso é medico de câncer não é?
- sim rapaz.. VC esta com um tumor avançado na cabeca, precisamos começar o tratamento e te preparar caso precise da cirurgia. Vamos começar agora mesmo, e depois vou te dar alta. Qualquer duvide pergunte pra enfermeira ou me procure.

Coloquei as maos no rosto e só soube chorar, Lorena me abraçou sem expressão nenhuma. E ali ficamos ate trazerem os primeiros medicamentos.

(COMPLETA) A MENINA DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora