Já se tinham passado uma semana e Gonzalo ainda continuava a lançar olhares para Anna , que como na maioria das vezes , se sentia mal e preferia estar longe. Sandra , percebia e tentava de alguma maneira chamar a atenção de Gonzalo.
Era a hora do jantar e os três já estavam sentados à mesa e em silêncio , até que Sandra quebrou o mesmo.
-, Então amor, como é que foi o teu dia? - pergunta passando a mão no rosto de Gonzalo.
- Ahh, foi - bom ...! -respondeu pausadamente , como se estivesse surpreendido com o comportamento de Sandra.
Anna , encontrava - se sentada e em silêncio , os olhava e depois baixava os olhos em direcção ao prato.
- Porquê que respondeste assim? Alguma coisa? - pergunta Sandra com expressão confusa.
- Não, nada! Só fiquei surpreendido com a pergunta , tu dificilmente pareces te preocupar.- Mas , agora as coisas vão ser diferentes . - diz se levantando e indo em direcção a Gonzalo , sentando -, se no seu colo com as pernas de um lado - Acho que está na Hirã de mudarmos as coisas. - disse beijando lentamente os seu lábios e passando as suas mãos brancas sobre o rosto e cabelo de Gonzalo.
Por incrível que parecesse , Sandra , simplesmente estava durante esse tempo , arranjar formas de incomodar Anna , fazendo cenas como " beijar " e "abraçar" Gonzalo para a tentar mostrar de que quem estava no comando era ela , o que era inútil porque, Anna nunca olhou Gonzalo se não como a pessoa que havia assassinado o seu pai , o que seria impossível que ela se apaixonasse pela pessoa que mais a feriu na vida.
Anna , ainda sentada , bebe a sua água e levanta - se da mesa , tirando os seus talheres e o prato , se dirigindo até ao lavatório onde depositou a loiça e já ia em direcção ao seu quarto quando Sandra a chamou.
- Hey!
Anna , sem responder , apenas virou e olhou para ela.
- E os nossos pratos ?? Por acaso sairão daqui sozinhos ou o teu pai virá tirá - los ????
Por mais que Anna tentasse não responder às provocações de Sandra , como toda a gente no Mundo , a sua paciência já tinha se esgotado.
- Que tal tu própria os tirares ! - responde .
- O quê que tu disseste? - pergunta Sandra se levantado do colo de Gonzalo.
- Eu disse : " Que tal tu própria os tirares " - repete Anna aproximando - se mais da mesa.
Sandra sem falar absolutamente dirige - se até onde Anna estava e tenta dar - lhe um estalo ( tapa ) na cara até que Gonzalo a travasse segurando no seu braço .
- O quê que tu estás a fazer? - pergunta Sandra a Gonzalo tentando se soltar .
- Não é preciso fazeres isso. - disse Gonzalo
- Tu estás louco? - pergunta conseguindo se soltar e empurrando Gonzalo - Agira vais defender essa puta .
- Eu não estou a defender ninguém .
- Sério que não? Então l quê que tu estás a fazer???
- Só não acho necessidade disso tudo. Tu mesmo disseste que as coisas mudariam .
- Eu não admito que me tires a autoridade perante a essa...
- Essa o quê? - interrompe Anna .
- Anna pára. - ordena Gonzalo furioso - Já para o teu quarto , agora .
- Senão...
- Eu estou a mandar e já não vou repetir , porra. - grita Gonzalo e Anna no mesmo instante vai para o seu quarto e fecha a porta.
- Tu queres que eu admita isso? - pergunta Sandra já com o rosto vermelho de tanta raiva que quase não se aguentava mais .
- Hey, Sandra, vamos! - disse Gonzalo a levando a força para o quarto deles , e ao passarem em frente ao quarto de Anna , Sandra tentou entrar mas, Gonzalo a travou e a levou para o quarto a puxando com ainda mais força pelo braço , fechando a porta , Sandra no mesmo instante consegue se soltar e vai do outro lado da cama distante da porta e Gonzalo ficou parado em frente a mesma .
- Eu não acredito que tu fizeste isso? - disse andando de um lado para o outro com uma mão na cintura e outra na testa .
- Sandra ...
- Não diz o meu nome , porra ! - grita o apontado- O quê que é isso que tu estas a tentar fazer , Gonzalo ? Que porra é essa ?
- Sandra...
- Cala a boca - grita ainda mais alto. - Tu estás louco por essa criança , não é?
- Meu Deus , Sandra, achas que isso tem lógica .
- Tem , tem sim , tem muita até.
- Sandra...
- Sandra o caralho , porque sabes bem do que estou a falar.
- Eu só acho que tu vais longe demais.
- Ha Ha Ha - ri irónica - Sério , longe demais , por favor...
- Sim Sandra . Porquê que tu falaste sobre o pai dela? Não havia necessidade . Já foi muito doloroso pra ela , eu acho que não há necessidade de falares mais sobre isso. Tenha um pouco de pena .
- Você não teve pena quando matou o pai dela . - disse Sandra o encarando .
- Eu sei e tu não tens o porquê de repetir isso .
-- Tenho , tenho sim. Porque tu nem sequer gostavas dela .
- Eu nunca a odiei - disse Gonzalo já chateado . - Nunca tive motivos para isso , eu nem a conheço. Tu é que a ideias eu não
- Mas tu mataste o pai dela , meu querido , e por mais que te esteja a doer , por mais apaixonado que tu estejas pela " menina " , tu nunca vais ficar com ela e nem nunca terás o amor dela porque tu matastes o pai dela , tá!
- Tu estás louca , Sandra! Eu já disse e repito , eu não sinto nada pela Anna.
- Então prova.
- O quê? - pergunta confuso.
- Vai agora para o quarto dela e a dê uma surra.
- Tu estás completamente fora de si.
- Era o que eu esperava. Frouxo ! Tu és uma grande vergonha. Além de assassino és pedófilo .
Gonzalo, já furioso , vai em direcção à Sandra e tenta dar - lhe um estalo ( tapa ) na cara.
- Vem , bate , bate mesmo. Quero te ver a morar por baixo da ponte . Bate e bate muito forte.
Ao ouvir tais palavras , Gonzalo, pára com o braço no ar e logo baixa .
- Esqueceste, de que estás por baixo no meu tecto ? Pois , pela próxima não te esqueças, tá!?
Gonzalo , dá as costas e vai embora .
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Echoes Of Silence (UNFINISHED)
AzioneEchoes Of Silence retrata a história de Anna , uma rapariga que devido a tudo que passou na sua infância e adolescência transformou - se em uma assassina fria e sem coração , comete assassinatos frios contra todos que já a fizeram mal, uma vingança...