Com quem Abi vai ficar?

Un hombre muy apasionado

Um esclarecimento: Não sei escrever em espanhol, então rolou um "portunhol" no conto a seguir, hehe... 

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— Ah, não creio! — Encosta uma caminhonete em frente a minha lojinha e desce o Esteban ou Estevan, o Chileno. Não, não... é Pablo, Enrique ou Antônio Banderas. — Ola que tal?

— Buenas tardes, Abi como está?

Ai que ódio desse argentino com sotaque castelhano que o deixa ainda mais caliente.

— Ramón!

— Quién?

— Nada não, esquece. — Não ficaria bem pra minha cara, eu não lembrar o nome do gostoso. Mas pensa gente, o cara é um charme, alto, magro, olhos muito escuros, cabelo curto e ondulado, cheiroso, aff... Detecto o cheiro de Fahrenheit à milhas. Calça social com risca de giz, el "demonho". E essa camisa branca meio aberta na frente? Apelação. Odeio ele. Mentira! Gosto, mas bem pouco desse gringo, chamado... Roberto Carlo. 

— Yo "tenho" viajado mucho para representar mis productos. Yo sentí "saudadi". Usted no quiere ir a tomar un vino, la "genti" podría ir en mi apartamento, "cocinho" para usted. Después...

— Ah olha só, eu até que queria, mas tô "escangalhado" hoje. Não dava pra ser no sábado? Tipo, eu tô com a virilha cabeluda.

— Claro... — Ele ficou sem graça. Haha, isso afasta os bofes indesejáveis, meninas.

Pensando bem... não quero nem saber, eu que não vou transar com um macho desse naipe, sem me depilar,  eu "tando" todo cabeludo nas partes fico parecendo o Elmo da Vila Sésamo. E depois, toquei a realidade pra ele. Esse bofe é tipo o Tonho, quer "sair do aluguel e ir pra casa própria", ou seja, se "amigar", amasiar, ajuntar, amancebar... Eu só quero ser libre.

— Olha Armando, eu não quero que fique chateado, entende que tô na idade de curtir a vida. Depois eu não quero ir lá pro Chile.

— Abi, mi nombre es Alejandro. E por qué Chile? Soy mitad brasileño e mitad colombiano, mi familia que vive en Colombia..

— AHHHH misericórdia. Não é onde nasceu aquele guerrilheiro, o Che Guevara? Pablo Escobar e o Pinochet?

— Sólo Pablo que es colombiano. Che es argentino e Pinochet es chileno, pero...

— O problema é que tem esse bandido lá na Colômbia...

— Pablo "morrio" en 93. Abi aqui en Brasil tiene un montón de políticos que no vale nada. Unos bandidos sinverguenzas.

— Espera lá. Tá falando mal dos brasileiros.

— Yo también "nasció" en Brasil, pero me "criei" en Colômbia.

— Ok... Olha Pablo Enrique, eu não tô numa maré boa. Sabe quando a gente tá meio triste? Nada dá certo... nem se eu pisar na merda de cachorro é capaz de me dar sorte.

— Pisar en mierda? No entiendo.

— Eu também não entendo mais da metade do que você diz. Veio comprar alguma coisa? Tô sozinho na loja e fica difícil de te dar atencion.

— No te preocupes, mi moreno guapo. Te busco en su casa, esta noche ... Voy te llevar en la playa, "touxe" de mi viaje un "bom" viño e tengo algo para mostrarte.

O bofe é gostoso, é cheiroso, apaixonado e pega pesado falando assim tão suave, manso, sussurrando "Abi" com o bafo mentolado do Trident. Tá, não resisto a uns dentes bonitos, boca boa de beijar e esse sotaque... tem hora que ele esquece de "aportuguesar" a fala e eu percebo que a carne é fraca só depois de deixar ele me beijar. Esse macho de lábios sensuais, quentes, língua sem vergonha, atrevida, mãos macias que seguram meu rosto, dá-me de beber o mel de sua saliva. Acaricia minha bochecha quando me beija, un beso caliente y sensual.