Pensar e agir - urgente!

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A gente nunca imagina o desfecho da própria história porque tem muita vida pela frente. Até romance que termina com o casalzinho junto e "feliz pra sempre" pode reverter após o final e as coisas não terminarem bem. Então resolvi contar meu romance perfeito e mais imperfeito que aconteceu. Quem leu até aqui, deve ter me achado uma puta louca, porém não pode discordar que a vida é feita de tentativas onde a gente busca aquela pessoa, aquele momento e aquela química.

Tonho, Alejandro, Biel e outros que nem comentei, são pessoas importantes e lindas, mas aquele que me deixa sem sono às vezes, molhado (de suor, tá) e duro (...... cadê o argumento?)... é ele... o S.enhor miS.tério.

Eu rolei algumas noites até quando o Tonho tava comigo e ficava pensando nele, mas não como um amigo de foda, um cara que valia a pena conhecer melhor, dar aquela oportunidade sem a pressão de por um título de namorado ou ficante, apenas o cara que eu queria muito e quero inclusive.

Bora ficar mais uma noite a me revirar, isso com o Tonho dormindo só de cueca e sem camisa bem do meu lado. Muito gostoso por sinal... mas não desligo do S. e dá um medo enorme de tomar um fora ao chamar ele no zap.

A gente pode ser meio quenga, mas sabe por quem nosso coração quase para às vezes, então antes de eu puxar assunto com o boy, resolvo as coisas com Tonho que nunca aceitou bem nossos rompimentos. Não foi diferente, ele insistiu um tanto pra eu pensar direito e no quanto gosta da minha pessoa. Mas não posso prender um cara que quer namorar sério (olha a ironia), quando eu gosto da minha liberdade tal como o meu moreno de Brasília.

Nossa, é falar nele que já reviro atrás do balcão da minha loja. Vou atender um casal de meninas que gastam muito quando aparecem, Alessandra e Vanda (que não é tão menina assim, aliás, é mais cara que eu).

— Avilson! A Lelê quer aquelas porcarias com feromônio... tem um troço que é roll-on...

— Mana tu é bronca, Lelê é princesa, deixa que ela pede.

— Acho isso caro demais e desnecessário.

— Vanda!

— Que é guria? Gosto de pepeca ao natural tu sabe. Lavadinha já é gostosa.

— Gente! Eu não tô ouvindo nada. Não curto pepeca em estado nenhum. — Olha que bruacas! Ficam rindo. — Vocês duas estão juntas há um tempo né?

— Sete, né amora? Por isso que a gente incrementa a coisa. — Alê argumenta.

— Eu prefiro sem incremento, meu negócio é língua no grelo sem gosto de perfume.

— Vanda tu é ogra, mas concordo. Também gosto de mamadeira com sabor de mingau.

— Cruzes, Abi!

Não quer dizer que entre casal gay só rola sexo e aqui na sex shop, recebo todo o tipo de configuração de casal que vem atrás do complemento pra animar as coisas que começam a cair na mesmice. Inclusive pessoas com bastante idade me procuram e eu acho isso incrível. Tirando de lado o lance financeiro que é óbvio que seja importante, vale muito a pena levar uma novidade pro quarto, recomendo e o autor também. (vadia mesmo)

— Abi, me diz o que tu faria pra seduzir um boy com alguma coisa da tua loja.

— Ah, Liseu, que pergunta! Sabe que não sei.

— Tu não usa teus produtos?

— Claro que sim. Depende né. Se o cara é versátil, levo uns brinquedos pra nós dois, tipo um massageador anal. Se ele é do tipo machão EEEE eu estiver muito afim de curtir, uso uma fantasia e fio dental pra brincar de CD, que às vezes é um tesão e se for meniníssima, a gente bate bolacha, hahaha.

Com quem Abi vai ficar?Onde histórias criam vida. Descubra agora