CORAÇÃO DE GELO

Despedidas não deveriam existir

Sento em um puf e pego o livro o depositando em meu colo,sua aparência é de um livro conservando mas a poeira que está nele me faz pensar que a muito tempo ele não é lido,abro a primeira folha em que está escrito com letras em itálico e em negrito as palavras As vezes devemos fazer escolhas ",esta simples frase conseguiu atiçar minha curiosidade,como assim "escolhas ",que escolha ele se refere ?um apito alto que ecoa pela base me assusta,não sei o que ele significa,deixo o livro no lugar de antes e caminho para fora da biblioteca,ao sair no corredor vejo várias pessoas andando rapidamente,não chegavam a correr mas pareciam querer chegar logo em algum luga,não iria perguntar a alguém o que estava acontecendo,por isso resolvi seguir o caminho que eles faziam e este caminho me levou a um enorme salão onde estava bastante pessoas,eu até diria que todos estavam aqui, eles olhavam para um palco onde estava o diretor com um microfone em mãos
--Olá pessoas,bom vocês provavelmente devem saber o motivo de estarem aqui mas para os novatos,esse sinal é tocado quando um grupo de pessoas partiram em uma missão -ao falar isso um grupo de pessoas sobem no palco e entre eles está Diogo com uma roupa justa e preta,em suas costas há uma mochila e em suas mãos uma arma,seus olhos parecem procurar os meus e ao encontrarem me lança um sorriso,mas não retribuo,não estou contente por ele está partindo -e agora será a hora da despedida,vocês tem apenas 5 minutos-ao falar isso coloca o microfone numa espécie de mesa e se retira do local,as pessoas vão em direção aos integrantes do grupo,Diogo caminha até mim com um sorriso carinhoso no rosto
--espero que você se cuide em minha ausência,voltarei logo -ele acaricia meu rosto
--mas você acabou de chegar de uma tragédia como eles podem te mandar ?-finalmente a ficha cai e eu entro em desespero,ele não pode ir
--você já sabia que eu iria,porque essa cara de surpresa agora ?-pergunta sem entender e agora segura minha mão como se tentasse me acalmar
--eu sabia,mas ...eu...-tento procurar palavras para falar mas não consigo -eu...Você ....-começo a tremer sem saber o que falar,ele percebe minha situação e me puxa para um abraço
--eu vou ficar bem,não precisa se preocupar -sua voz entra em meus ouvidos e de uma certa forma me trás uma calma,mesmo que seja instantâneo
--Diogo -uma voz que não me é desconhecida me faz sair do aconchego do abraço
--Oi -Diogo responde com um sorriso no rosto
Ao eu ver quem era me encho de raiva e me seguro para não pegar essa garota e puxa-la pelo cabelo até onde eu não possa ve-la mais,porque sempre que eu estou com Diogo ela surgi do nada,a atenção dele deveria ser para mim e não para ela,eu que vou ficar sozinha não ela.
--vim me despedir de você,e também em nome dos meninos,eles tiveram que sair e não puderam vim -ela sorri e abraça ele
Bufo sem deixar que eles percebam e caminho para fora dali,ao atravessar as portas do salão o ar puro invade meus pulmões e ao mesmo tempo o vazio,e se acontecer algo com ele,e se ele se ferir,e se ele morrer,a culpa vai ser minha por não ter o impedido,a culpa vai ser minha por não o ter convencido de ficar,mais que Droga,o que eu fiz para o mundo ?
Deixo os ar do meus pulmões saírem,nem sabia que estava segurando,ele não pode ir e simplesmente me deixar aqui,ele prometeu que não me deixaria sozinha,se algo acontecer com ele eu não sei o que farei,tenho até medo de pensar.
--ei- a voz surge atrás de mim e meu coração da uma batida a menos,sei que já chegou a hora,ele leva a sua mão até meu rosto e o vira me fazendo encara-lo,pela sua expressão percebo que ele entendeu que não quero que vá,admito que estou me segurando para não chorar,uma palavra e eu solto tudo,mas ele não fala pois ele me conhece,ele sabe que não sou tão forte assim e me abraça,estar em seus braços é como se fosse um porto seguro para mim,ali eu me sinto protegida,feliz e amada.Aperto ele como se isso fosse depender da minha vida,sua mão vai em minhas costas e aos poucos ele vai me acalmando
--promete voltar ?-saio de seu abraço e olho em seus olhos,ele me da um sorriso,mas não quero sorriso quero uma promessa -promete ? -insisto,tenho que ter certeza de que haja o que houver ele fará de tudo para voltar
--eu prometo Alice- ele aperta minhas mãos como se fosse para eu ter certeza -prometo que enquanto eu estiver vivo farei de tudo para estar ao seu lado -sorri e ponha uma mexa do meu cabelo para trás
--vamos Diogo -uma voz masculina o chama,e sei que agora não tem mais volta,ele me da um beijo na testa e vai