Eu simplesmente não aceito essa realidade

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Já faz uma semana que estou nessa base,estou num quarto,não consegui engolir isso,todos estavam mortos,eu vou me vingar por todos,vou matar cada um,a morte mais dolorosa e lenta possível,vou querer ouvir cada grito,gemido de dor deles,vou querer ver eles de joelhos e implorando perdão,eles vão pagar,muito caro,se não adiantar a família deles também pagará,a porta do quarto é aberta me tirando dos meus pensamentos,vejo Diogo com uma bandeja de comida na mão,será que ele não intende que não tenho fome
--nem precisa perde seu tempo -falo seria e fria,o mundo para mim agora estava preto e branco,não havia mais motivos para mim sorrir,lágrimas congelaram dentro de mim
Ele coloca a comida na mesa e se senta ao meu lado
--Alice por favor você precisa comer -ele fala pegando na minha mão
--já disse que não tenho fome,da para me deixar sozinha ?-falo sem emoção
--não,não dá -ele fala com um tom de voz que me assusta -cansei de ver você assim,você vai comer e sair desse quarto,eu também sofro por eles,você não acha que dói em mim também ?-ele fala com os olhos vermelhos mais não chora,ele era como um irmão para nos,ele é 5 anos mais velhos que todos nós éramos,um tipo de irmão -pai -só que eu estou sendo forte por você,só que a cada dia que eu entro aqui e você não come,a cada dia que eu vou dormi sabendo que você não saiu da cama,me doí mais -ele fala e aquilo doeu eu não queria que ele sofresse mais por minha culpa,minha vingança vai acontecer
--tudo bem eu como -falo e ele me olha e sorri
--graças a deus -fala
Me levanto da cama mais sinto uma tontura ao tocar ao chão,minhas pernas ficam mole,sinto os braços de Diogo me sustentar e me ajudar a sentar na mesa
--viu isso que dá não comer,deis do acidente você não sai da cama,suas pernas pararam de se exercitar por isso a moleza -fala e se senta ao meu lado -anda come eu não vou sair daqui -fala
Olho a bandeja a minha frente,o cheiro da comida entra pelo meu nariz,e começo a comer,quando finamente acabo me levanto e ele me abraça,as lágrimas começam a sair,é muita dor,não aguento mais segurar
--você promete que nunca vai me deixar ?-falo e ele me olha -promete ? -falo e ele seca uma lágrima
--prometo minha pequena -fala me abraçando mais forte -agora vai se trocar,vamos dar uma volta pela base -fala
--não tô com vontade -falo
--você tem 5 minutos -fala e eu sorrio
Ele e seu jeito mandão,seu jeito único de me fazer sorrir
--é esse sorriso que sempre quero ver -fala
--desculpa Diogo,mais será você a única pessoa a ver ele -falo
--você vai melhorar,agora banho -fala e sai do quarto,vou até o banheiro e me assusto com minha imagem,cabelos bagunçados,olheiras,aquela não sou eu, suspiro,a velha Alice morreu junto meus amigos,tomo um banho e depois coloco uma roupa que nem sei de onde saiu,ponho um sutiã e a calcinha,olho no espelho,eu emagreci muito,e tem uma cicatriz na minhas costas e as cenas voltam a minha mente
As mãos forte do meu inimigo seguram com força minha garganta me deixando sem ar,sua força é tanto que estou pendurada no ar
--sua vadia -ele fala e me joga contra a mesinha de vidro da sala,ela se despedaça toda e cacos vem em mim,uma dor enorme nas minhas costas
Saio dos pensamentos,eles vão pagar por isso,ponho uma blusa branca com uma leque preta,ponho um tenis allsatar e deixo meu cabelo solto para tentar esconder os hematomas que ainda não saíram totalmente do meu pescoços,escuto batidas e a porta é aberta
--minha pequena,esta muito melhor assim -fala Diogo vindo até mim e me abraçando
--promete que vai ser rápido ?-falo
--sim -fala e sai me puxando,vou ao seu lado,e uma sensação estranha me invade,é como se eu estivesse na base,mais ao mesmo tempo não estivesse,deve ser porque elas foram desenhadas iguais,é estranhos sair do quarto e não ver mais as mesma pessoas,não encontrar Kate e Matt se agarrando pelos cantos,suspiro e sinto Diogo aperta minha mão
--você se acostuma -fala e eu assinto
Depois de andar um pouco,nos entramos no refeitório,era hora do almoço,não tinha muitas pessoas,deve ser por causa que já comeram,pegamos nossos pratos e nos sentamos na mesa,e mais uma vez a sensação estranha de não ver meus amigos ao meu lado comendo e fazendo gracinha
--oi Diogo,podemos nos sentar aqui ?-uma voz que me lembro de algum lugar chama a minha atenção,olho e vejo a ruiva,a qual entrei no quarto quando acordei,e ao seu lado o garoto que estava em sua cama e um outro de cabelos loiros que não conheço
--pode sim pessoal -Diogo fala sorrindo
Volto a focar meu prato e eles se sentam
--que bom que saiu do quarto -a garota fala,mais não respondo
--consegui tirar ela,só que não se recuperou ainda -Diogo fala
--e nem vou -falo sem olhar ninguém
--Alice esse são,Maia e Tiago,aqueles que você entrou no quarto e o outro é Caio,chegou ontem de uma missão -Diogo fala
Ele já achou amigos bem rápido,a comida perdeu o gosto já
--licença,perdi a fome -falo me levantando e saindo de lá,começo a caminhar,até que me lembro do jardim, na antiga base ninguém ia lá,vamos ver aqui,sigo o caminho e acho,não te ninguém aqui,ainda bem,vou até o banco que é do lado do lago e me sento nele

Por Diogo
-me desculpe,ela não superou isso tudo,não achem que ela é má, ela é a pessoa mais boa que já conheci na vida,ela é capaz de fazer os outros sorri mesmo triste,mais isso a desestruturou -falo suspirando
--tudo bem,deve está sendo difícil para ela,vou tentar me aproximar dela,as vezes uma amizade pode ajudar -ela fala e eu sorrio
--obrigado,mais creio que não vai ser fácil,ela está diferente,ela custará muito aceitar novas pessoas na vida dela,quase estava sendo eu mesmo excluído -falo
--ela ainda vai ser minha amiga,vai sorrir como antes,se não,não me chamo Maia -fala ela sorrindo --muito obrigado -falo sorrindo
--e nos ajudaremos -os meninos falam
--serie muito grato a vocês se conseguirem fazer ela sorri como antes novamente -falo sorrindo

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