Caminho em direção ao café novamente, um pouco tonta.
Após Yugyeom ir embora, bebi tanto que sequer lembrava de maneira coerente como pegar o metrô. E embora esse ato de burrice fosse imperdoável, ao menos o caminho do café, eu lembrava de cor.
— Aquele idiota... — murmuro, sentando-me na calçada, sentindo meu corpo pesado e sonolento. Yugyeom havia levado as duas malditas chaves, e eu sequer poderia abrir e dormir lá dentro. — Vou matar você amanhã. Definitivamente irei.
Suspiro e pego meu celular, as letrinhas que estavam na tela dançando em minha frente, fazendo-me rir como uma idiota com isso.
Céus, por que eu simplesmente não fui para casa assim que o café fechou?
Digito os números que considero ser de Youngjae, um de meus colegas de apartamento, e logo desligo a ligação quando uma mulher atende e pede para eu pare de ligar, pois ela era casada e amava muito o seu marido. Novamente, outra gargalhada escapa, agora em frustração.
— Pelo visto, passaremos a noite toda aqui. — Disse a mim mesma, batendo levemente a cabeça na porta, o cansaço crescendo ao me apoiar ali e fecha meus olhos. — Parabéns, Anna. Parabéns!. Você é uma idiota.
Não sei quanto tempo passa, quando sinto algumas batidas leves em meu ombro, trazendo-me novamente para a realidade.
Não sabia como, mas havia conseguido pegar no sono naquele lugar estranho em plena noite. Que loucura.
— Você está bem? — uma voz conhecida pergunta, fazendo-me tentar focar em seu rosto e falhar miseravelmente.
— Mark? — murmuro, observando seus lábios, que formam um pequeno sorriso.
— Você é a garota de mais cedo, não é? Anna?
— Depende. Mais cedo quanto?
Ele ri leve, apreciando a minha embriaguez.
— O que está fazendo aqui, Anna? Sei que está um pouco alterada, mas por que não vai para casa?
— Se eu lembrasse onde fica, pode ter certeza, eu iria.
— Mas o que aconteceu exatamente? Alguém tentou algo com você ou... algo do tipo?
Eu ri.
— Não foi nada demais. Yugyeom apenas resolveu ir embora após receber uma ligação e me deixou no bar sozinha. — falo e passo a mão pelo meu cabelo bagunçado. — Ele deveria saber que me deixar sozinha com bebidas alcoólicas não é uma boa ideia. Eu também deveria saber, mas fui teimosa.
A risada de Mark ecoa levemente pelo local e me sinto um pouco envergonhada.
Só agora eu havia percebido que a pessoa de quem eu gosto estava parada na minha frente, observando-me em um estado totalmente deplorável.