Ⅰ- 𝔱𝔥𝔢 𝔭𝔲𝔫𝔦𝔰𝔥𝔪𝔢𝔫𝔱 ☠︎

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– Tragam-no oquem me saqueias! - ordenou o rei, diante de todos na sala do trono.

Assim, os guardas reais em uma aula de sincronismo marcharam, trazendo e colocando de joelhos diante do rei, um de seus criados.
Um homem já com seus sessenta anos, cabelos calvos e grisalhos, roupas esfarrapadas e mãos algemadas foi jogado por um dos guardas, que não escondia um semblante sorridente.

Por mais um, castigo do rei.

– Você... senhor Sonn... me saqueando? - ergueu seu queixo, analisando bem seu lustrador de ouro e prata. – Tens-me um bom motivo para o qual eu não o deva jogar diretamente na masmorra?

– Porque daí-mês a opção da piedade, vossa majestade?

– Porque vossa majestade é muito piedosa. Anda-te, diga.

Um dos guardas posicionou seu pé, nas costas do pobre velho. Forçando-o a falar de uma vez.

– Vossa-majestade, peço misericórdia. A vila está cada vez mais pobre desde a última vinda dos saqueadores. Passo muita fome em casa e tenho uma esposa e um filho para alimentar. - baixou sua cabeça. – Peço-lhe piedade sob mim.

– Um erro honesto. - sentou-se em seu trono, segurando sua caneca de ouro em suas mãos repletas de anéis e pulseiras brilhantes. – Estou em dívida com meus súditos... mas não o suficiente.

– Masmorra? Vossa-majestade? - o guarda-líder perguntou ao seu rei.

Ignorou-o. Levantando-se e descendo os poucos degraus, indo em direção ao velho, arrastando suas longas e pesadas vestes sob o chão perfeito de seu palácio.

– Diga-me, ancião, a vila está... em fúria comigo?

O velho permaneceu seu olhar baixo, em silêncio.

– Responda ao rei! - pisoteou-o novamente o guarda.

– Sim! - disse, trêmulo. – A vila está escassa... muitos passam fome, estamos nos privando cada vez mais.

O rei massageou as têmporas. – Isso é tudo culpa daqueles malditos saqueadores! - esbravejava. – Eles não trazem o meu ouro! Eles não voltam á semanas... eu deveria mandar uma patrulha para caçá-los, matá-los e expor suas cabeças na praça!

Todos ali permaneceram em silêncio.

– Darei seus sangues para meus leões saciarem-se! seus olhos para minhas najas e então os picarei em pedacinhos e-

– ABRAM-SE AS FRONTEIRAS! - ouviram-se.

Calado o rei, arregalou seus olhos, em um breve momento de felicidades.

– Então... eles voltaram... - sorriu. – Vamos! E tragam o velho! - partiu em seu palácio.

– São eles! Finalmente! - ouviam-se nas ruas.

– Eles voltaram! Louvado seja a vossa majestade que permitiu que voltassem!

– Nós estamos a salvo!

Então, a gigantesca embarcação passava pelo meio da vila, onde haviam aberto o caminho para sua triunfante chegada.
Os piratas, todos pendurados nos cabos de amura e de pinho.
Sendo aplaudidos, reverenciados, e eles gostavam disso... mas não tanto quanto ele.

O inerente, impiedoso, temido e amado, capitão Jeon jungkook.
Posto-se em pé na proa do barco, bem à frente, com seus braços abertos ouvindo toda aquela incrível saudação e podendo sentir o cheiro doce do que era o amor em forma de desespero.

– Hora do show. - arrumou a gola de sua camiseta branca, com respingos de sangue. – Agora, rapazes! - gritou, ordenando.

E todos seus tripulantes jogavam moedas de ouro para a população que cada vez mais se juntava a chegada do enorme barco.
Sorria de forma travessa. Vendo todas aquelas pessoas gritando seu nome. Em sua mente, sua volta era motivo de graça a todos daquela vila.

Yes, captain {jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora