O baseado queimava lentamente. Já não havia um real motivo para tantas palavras, porém o que disse se manteve: " antes gastar papel e caneta do que perder a minha lucidez."
A fumaça embaçava a vista, seu caderno turvo, a caneta leve. As letras dançavam nas linhas como nunca antes. Ele realmente a feriu. Só realmente ferindo-a para haver tantos contos, pontos, perdas.
O copo vazio não trazia saudade, carregava era dor, desilusão, passo à passo, a dor da perda da paixão, partir o peito que dava dor ao coração.
A bebida hidratava o choro, o baseado elevava a mente, sedenta, atenta. As letras escorriam como lágrimas pelas linhas de tristeza, contando histórias, proezas, Proerd...? Não existe não às drogas depois da perda do amor!... E que droga é o amor!!
Ah, a mente desliga no embalo do relógio que a mantém sã, diz que o tempo ainda passa com o som de cada segundo se perdendo em minutos, horas, vidas.
O fechar dos olhos tira a mão do peito, acalma, exala a dor do amor. O baseado apaga, o copo seca, o texto acaba.
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Cartas lacradas para um amante em aberto
Roman d'amourAqui estão alguns dos meus textos escritos em um momento amável... Espero que gostem das minhas cartas lacradas para meu amante em aberto.